Opinião
- 07 de novembro de 2008
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Quem é o dono do seu nariz?
Elben M. Lenz César
Você diz que é o dono de seu nariz. Será verdade? Pode ser pura bazófia. Ou apenas falta de observação. O assunto não deve ser abordado tão superficialmente. Pare um pouco. Observe-se. Lembre-se de suas experiências anteriores. Caminhe com elas a partir do presente momento até o passado mais distante. Faça uma auto-análise. Talvez você se aborreça. Ou se levante indignado ante a descoberta de que não tem sido tão dono assim do seu nariz. Mas, não desanime. Neste exato momento, Deus quer falar-lhe. E quando ele fala e o homem se dispõe a ouvi-lo, algo acontece.
A vontade dos outros
Aperceba-se de que na maior parte das vezes você tem feito a vontade dos outros. Não se trata de fazer a vontade de quem verdadeiramente o ama e quer o seu bem. Você tem feito a vontade de quem não conhece, a vontade de quem quer passar-lhe a perna, a vontade de quem pretende usá-lo para alcançar algum fim. Veja quantas vezes você já foi aquilo que se chama de inocente útil. Conte os trastes que você tem em casa, comprados não por sua vontade, mas graças à habilidade ou à insistência do vendedor. Observe como você faz exatamente o que a propaganda dita. Verifique como a simples tentação consegue alterar a sua vontade, despertando-lhe o ânimo para a prática de coisas estranhas, que você na verdade não quer fazer. Repare na facilidade e na rapidez com que você entra na onda, simplesmente porque todo mundo está no bolo. Agora, responda: você é dono de seu nariz?
A vontade da carne
Paulo faz dissociação entre a vontade do indivíduo e a vontade da carne. A expressão “vontade da carne” aparece em Efésios 2.3 e refere-se aos desejos pecaminosos enraizados no próprio corpo (Romanos 7.13-25). A carne está em rebelião contra Deus e deseja exatamente aquilo que a Lei condena. Ela pode ser vencida, esmagada, deixada de lado, mas não pode ser extirpada do corpo atual. Realiza trabalho de oposição, age como desmancha-prazeres. É forte, audaciosa e persistente. Você está sujeito a fazer, não o bem que prefere, mas o mal que não quer, em virtude das exigências da carne. Neste caso, quem faz isto já não é você, mas o pecado que habita em sua carne. E você ainda pensa ou diz que é dono de seu nariz. No entanto, não sabe que o seu “eu” foi atraído e seduzido pela cobiça, acabando por coabitar com ela. “Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1.15). Este é o ciclo de todo aquele que faz a vontade da carne.
A vontade de Deus
Você tem outra opção: realizar a vontade de Deus. Não pense que é a mesma coisa, a mesma perda da individualidade, a mesma dominação alheia. Na experiência de muitos, fazer a vontade de Deus é proteger a felicidade, é guardar-se da loucura e confusão, é manter a estabilidade emocional, é entender o sentido da vida. A vontade de Deus é “boa, agradável e perfeita” (Romanos 12.2). Não é interesseira. Ao contrário, é dada para o seu aprazimento. “O mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1João 2.17). Não é imposta: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9.23). Observe como o próprio Jesus submeteu-se alegremente à vontade de Deus: “Eu desci do céu não para fazer a minha vontade; e, sim, a vontade daquele que me enviou” (João 6.38). “A minha comida”, disse junto à fonte de Jacó, “consiste em fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (4.34). A expiação foi consumada porque Jesus se dispôs a fazer a vontade de Deus especialmente na angústia do Getsêmani: “Se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e, sim como tu queres” (Mateus 26.39). Ora, se Jesus não hesitou em abrir mão da vontade própria em favor da vontade de Deus, por que você não pode fazer o mesmo? Sabe de uma coisa, amigo? É melhor você deixar Deus ser o dono de seu nariz!
• Elben M. Lenz César é diretor-fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato.
Você diz que é o dono de seu nariz. Será verdade? Pode ser pura bazófia. Ou apenas falta de observação. O assunto não deve ser abordado tão superficialmente. Pare um pouco. Observe-se. Lembre-se de suas experiências anteriores. Caminhe com elas a partir do presente momento até o passado mais distante. Faça uma auto-análise. Talvez você se aborreça. Ou se levante indignado ante a descoberta de que não tem sido tão dono assim do seu nariz. Mas, não desanime. Neste exato momento, Deus quer falar-lhe. E quando ele fala e o homem se dispõe a ouvi-lo, algo acontece.
A vontade dos outros
Aperceba-se de que na maior parte das vezes você tem feito a vontade dos outros. Não se trata de fazer a vontade de quem verdadeiramente o ama e quer o seu bem. Você tem feito a vontade de quem não conhece, a vontade de quem quer passar-lhe a perna, a vontade de quem pretende usá-lo para alcançar algum fim. Veja quantas vezes você já foi aquilo que se chama de inocente útil. Conte os trastes que você tem em casa, comprados não por sua vontade, mas graças à habilidade ou à insistência do vendedor. Observe como você faz exatamente o que a propaganda dita. Verifique como a simples tentação consegue alterar a sua vontade, despertando-lhe o ânimo para a prática de coisas estranhas, que você na verdade não quer fazer. Repare na facilidade e na rapidez com que você entra na onda, simplesmente porque todo mundo está no bolo. Agora, responda: você é dono de seu nariz?
A vontade da carne
Paulo faz dissociação entre a vontade do indivíduo e a vontade da carne. A expressão “vontade da carne” aparece em Efésios 2.3 e refere-se aos desejos pecaminosos enraizados no próprio corpo (Romanos 7.13-25). A carne está em rebelião contra Deus e deseja exatamente aquilo que a Lei condena. Ela pode ser vencida, esmagada, deixada de lado, mas não pode ser extirpada do corpo atual. Realiza trabalho de oposição, age como desmancha-prazeres. É forte, audaciosa e persistente. Você está sujeito a fazer, não o bem que prefere, mas o mal que não quer, em virtude das exigências da carne. Neste caso, quem faz isto já não é você, mas o pecado que habita em sua carne. E você ainda pensa ou diz que é dono de seu nariz. No entanto, não sabe que o seu “eu” foi atraído e seduzido pela cobiça, acabando por coabitar com ela. “Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1.15). Este é o ciclo de todo aquele que faz a vontade da carne.
A vontade de Deus
Você tem outra opção: realizar a vontade de Deus. Não pense que é a mesma coisa, a mesma perda da individualidade, a mesma dominação alheia. Na experiência de muitos, fazer a vontade de Deus é proteger a felicidade, é guardar-se da loucura e confusão, é manter a estabilidade emocional, é entender o sentido da vida. A vontade de Deus é “boa, agradável e perfeita” (Romanos 12.2). Não é interesseira. Ao contrário, é dada para o seu aprazimento. “O mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1João 2.17). Não é imposta: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9.23). Observe como o próprio Jesus submeteu-se alegremente à vontade de Deus: “Eu desci do céu não para fazer a minha vontade; e, sim, a vontade daquele que me enviou” (João 6.38). “A minha comida”, disse junto à fonte de Jacó, “consiste em fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (4.34). A expiação foi consumada porque Jesus se dispôs a fazer a vontade de Deus especialmente na angústia do Getsêmani: “Se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e, sim como tu queres” (Mateus 26.39). Ora, se Jesus não hesitou em abrir mão da vontade própria em favor da vontade de Deus, por que você não pode fazer o mesmo? Sabe de uma coisa, amigo? É melhor você deixar Deus ser o dono de seu nariz!
• Elben M. Lenz César é diretor-fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato.
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