Opinião
- 16 de junho de 2015
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Que não aconteça um novo genocídio na África!
Os menos jovens entre nós devem lembrar-se da tragédia que aconteceu em Ruanda e Burundi, dois pequenos países bem verdejantes, no coração da África, em 1994.
Por influências bem negativas dos poderes coloniais foi se estimulando uma rivalidade crescente entre os Hutus e Tutsis, povos que conviviam em paz há séculos. Houve vários momentos de conflito violento onde as igrejas ajudavam e protegiam os que se refugiavam em seus templos. Mas em 1994 foi diferente, pessoas foram convidadas a refugiar-se em igrejas, e aí os responsáveis chamaram os assassinos para vir e massacrar centenas de refugiados, mulheres e crianças. Foi horrível, principalmente porque a maioria do povo se considerava cristão. Houve alguns líderes e grupos que se manifestaram contrariamente e muitos acabaram sendo assassinados também.
Agora surgiu um novo momento de grande tensão em Burundi, e milhares já se refugiaram em países vizinhos. O presidente, Nkurunziza, que se declara cristão protestante, declarou em abril que vai concorrer uma terceira vez à reeleição -- o que é contrário à constituição. Houve muitos protestos e uma resposta violenta da polícia. A igreja protestante está dividida entre os que apoiam o presidente e os que são contra, enquanto a igreja católica, da maioria da população, é contra.
Por enquanto, o exército é respeitado, mas há muitos desertores. Se surgir uma rebelião armada, será trágico! O partido jovem (Imbonerakure) foi acusado de estar envolvido em violência e intimidação do povo no país. As escolas estão fechadas.
O governo adiou as eleições e tenta apoio internacional, mas os líderes da oposição agora estão trancados em suas casas, sem coragem de se manifestar, e o apoio internacional já desapareceu, há fome, a economia já está em frangalhos. A maioria da população vive de agricultura, mas não tem como adquirir sementes para plantar. Há muita fome e o apoio internacional acabou.
Estudantes da Universidade Nacional estão acampados há mais de um mês em volta da Embaixada dos Estados Unidos, por se sentirem menos ameaçados naquele lugar público.
Existe um movimento de pacificadores, “Great Lkes Outreach”, que promove iniciativas pela paz, com trabalho na Radio e TV, com apoio de pastores e juventude cristã, produzindo folhetos, mensagens, promovendo a cooperação entre organizações, procurando ser uma influência de sal e luz. Que Deus proteja esses líderes ativos.
• Antonia Leonora van der Meer, a Tonica, é missionária e professora experiente de missiologia. Trabalhou durante 10 anos em Angola. É autora de Eu, um missionário?, Missionários Feridos e O Estudo Bíblico Indutivo.
Legenda da foto: Criança de Burundi (http://www.simonguillebaud.com/)
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Choro e graça em Ruanda
Por influências bem negativas dos poderes coloniais foi se estimulando uma rivalidade crescente entre os Hutus e Tutsis, povos que conviviam em paz há séculos. Houve vários momentos de conflito violento onde as igrejas ajudavam e protegiam os que se refugiavam em seus templos. Mas em 1994 foi diferente, pessoas foram convidadas a refugiar-se em igrejas, e aí os responsáveis chamaram os assassinos para vir e massacrar centenas de refugiados, mulheres e crianças. Foi horrível, principalmente porque a maioria do povo se considerava cristão. Houve alguns líderes e grupos que se manifestaram contrariamente e muitos acabaram sendo assassinados também.
Agora surgiu um novo momento de grande tensão em Burundi, e milhares já se refugiaram em países vizinhos. O presidente, Nkurunziza, que se declara cristão protestante, declarou em abril que vai concorrer uma terceira vez à reeleição -- o que é contrário à constituição. Houve muitos protestos e uma resposta violenta da polícia. A igreja protestante está dividida entre os que apoiam o presidente e os que são contra, enquanto a igreja católica, da maioria da população, é contra.
Por enquanto, o exército é respeitado, mas há muitos desertores. Se surgir uma rebelião armada, será trágico! O partido jovem (Imbonerakure) foi acusado de estar envolvido em violência e intimidação do povo no país. As escolas estão fechadas.
O governo adiou as eleições e tenta apoio internacional, mas os líderes da oposição agora estão trancados em suas casas, sem coragem de se manifestar, e o apoio internacional já desapareceu, há fome, a economia já está em frangalhos. A maioria da população vive de agricultura, mas não tem como adquirir sementes para plantar. Há muita fome e o apoio internacional acabou.
Estudantes da Universidade Nacional estão acampados há mais de um mês em volta da Embaixada dos Estados Unidos, por se sentirem menos ameaçados naquele lugar público.
Existe um movimento de pacificadores, “Great Lkes Outreach”, que promove iniciativas pela paz, com trabalho na Radio e TV, com apoio de pastores e juventude cristã, produzindo folhetos, mensagens, promovendo a cooperação entre organizações, procurando ser uma influência de sal e luz. Que Deus proteja esses líderes ativos.
• Antonia Leonora van der Meer, a Tonica, é missionária e professora experiente de missiologia. Trabalhou durante 10 anos em Angola. É autora de Eu, um missionário?, Missionários Feridos e O Estudo Bíblico Indutivo.
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