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- 16 de janeiro de 2008
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Protesto estudantil faz papa cancelar visita à universidade
(ALC) O protesto de estudantes e professores levou o papa Bento XVI a cancelar sua visita à universidade romana La Sapienza, informaram hoje diferentes veículos de imprensa. O papa pretendia participar, nesta quinta-feira, 17, da inauguração de novo curso acadêmico na maior universidade italiana.
Na segunda-feira, 67 professores de La Sapienza divulgaram carta pedindo o cancelamento da visita do líder espiritual católico, que qualificaram de “obscurantista”. Segundo os signatários da missiva, a visita do prelado é “incongruente” à laicidade da investigação científica.
Na carta, os professores fizeram menção ao discurso pronunciado em março de 1990 pelo então cardeal Joseph Ratzinger, na cidade de Parma, quando afirmou que “na época de Galileu, a Igreja permaneceu muito mais fiel à razão do que o próprio Galileu”. O papa considerou o julgamento contra o pensador italiano “razoável e justo”. As palavras do Sumo Pontífice, na análise de “cientistas fiéis à razão”, “ofendem-nos e humilham”, argumentaram.
L’Osservatorio Romano, jornal oficial do Vaticano, qualificou os signatários da carta como “um setor da cultura laica que não tem argumentos e demoniza, não discute como a verdadeira cultura laica, mas cria monstros”.
Cerca de cem estudantes ocuparam na manhã de hoje a sala do Senado acadêmico para exigir do reitor da instituição, Renato Guarini, o direito de manifestar oposição à visita papal dentro do prédio universitário. Guarini autorizou a manifestação, mas na área do campus compreendida entre a Faculdade de Letras e a estátua de Minerva.
Em vários lugares da universidade os estudantes estamparam cartazes para demonstrar oposição à presença de Bento XVI no recinto. “A ciência é laica”, rezava um cartaz. Em outro se lia: “La Sapienza está seqüestrada pelo papa. Libertemos o saber”.
A polêmica não tinha acabado quando o Vaticano anunciou o cancelamento da visita e informou que o papa se limitaria a enviar o discurso que pensava pronunciar no mais antigo ateneu romano. A notícia foi recebida com grande contentamento pelos estudantes reunidos na sala das Ciências Políticas, noticiou o jornal italiano “Corriere della Sera”.
Antes de receberem a notícia do cancelameto, o reitor Guarini assinalara que o papa visitava a universidade como “mensageiro da paz” e que somente uma minoria se opunha ao encontro. “Não sei se o Santo Padre decidirá renunciar a visita à universidade, mas a polêmica que surgiu em torno de sua presença na inauguração do ano acadêmico foi muito amarga”, declarou Guarini.
La Sapienza foi fundada em Roma, em 1303, por vontade do papa Bonifácio VIII e representa o mais prestigiado centro universitário da Itália. Bento XVI teria sido o terceiro pontífice a visitá-la, depois de João Paulo II, em 1991, e Paulo VI, em 1964.
Fonte: www.alcnoticias.org
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• Bento XVI: a ignorância religiosa assola a igreja e o mundo*, ed. 307
• O que vai mudar com o pontificado do papa Bento XVI?, ed. 294
Na segunda-feira, 67 professores de La Sapienza divulgaram carta pedindo o cancelamento da visita do líder espiritual católico, que qualificaram de “obscurantista”. Segundo os signatários da missiva, a visita do prelado é “incongruente” à laicidade da investigação científica.
Na carta, os professores fizeram menção ao discurso pronunciado em março de 1990 pelo então cardeal Joseph Ratzinger, na cidade de Parma, quando afirmou que “na época de Galileu, a Igreja permaneceu muito mais fiel à razão do que o próprio Galileu”. O papa considerou o julgamento contra o pensador italiano “razoável e justo”. As palavras do Sumo Pontífice, na análise de “cientistas fiéis à razão”, “ofendem-nos e humilham”, argumentaram.
L’Osservatorio Romano, jornal oficial do Vaticano, qualificou os signatários da carta como “um setor da cultura laica que não tem argumentos e demoniza, não discute como a verdadeira cultura laica, mas cria monstros”.
Cerca de cem estudantes ocuparam na manhã de hoje a sala do Senado acadêmico para exigir do reitor da instituição, Renato Guarini, o direito de manifestar oposição à visita papal dentro do prédio universitário. Guarini autorizou a manifestação, mas na área do campus compreendida entre a Faculdade de Letras e a estátua de Minerva.
Em vários lugares da universidade os estudantes estamparam cartazes para demonstrar oposição à presença de Bento XVI no recinto. “A ciência é laica”, rezava um cartaz. Em outro se lia: “La Sapienza está seqüestrada pelo papa. Libertemos o saber”.
A polêmica não tinha acabado quando o Vaticano anunciou o cancelamento da visita e informou que o papa se limitaria a enviar o discurso que pensava pronunciar no mais antigo ateneu romano. A notícia foi recebida com grande contentamento pelos estudantes reunidos na sala das Ciências Políticas, noticiou o jornal italiano “Corriere della Sera”.
Antes de receberem a notícia do cancelameto, o reitor Guarini assinalara que o papa visitava a universidade como “mensageiro da paz” e que somente uma minoria se opunha ao encontro. “Não sei se o Santo Padre decidirá renunciar a visita à universidade, mas a polêmica que surgiu em torno de sua presença na inauguração do ano acadêmico foi muito amarga”, declarou Guarini.
La Sapienza foi fundada em Roma, em 1303, por vontade do papa Bonifácio VIII e representa o mais prestigiado centro universitário da Itália. Bento XVI teria sido o terceiro pontífice a visitá-la, depois de João Paulo II, em 1991, e Paulo VI, em 1964.
Fonte: www.alcnoticias.org
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