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- 24 de outubro de 2006
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Prisões, fome e morte afetam indígenas
(Adital) Prisões, fome e morte deixam a comunidade de Passo Piraju, em Porto Cambira, Estado do Mato Grosso do Sul, acuada e amedrontada. Além disso, eles são prejudicados pela forma como a situação é abordada pelos jornais da região. Muitos moradores deixaram a aldeia, cansados das ameaças constantes e após terem sido discriminados pelos moradores da cidade.
A comunidade do Passo Piraju vive em 60 hectares e, apesar de anos de reivindicação e violência, ainda não foi iniciado o processo de identificação da terra.
Sem homens na aldeia para fazer reparos, os barracos que estão se desfazendo devido às fortes chuvas não são mais reerguidos, pelo menos um terço está no chão. Plácida, uma senhora com cerca de 50 anos, mas acostumada com tanto sofrimento, resignou-se com a situação. Teresa, uma jovem de 22 anos, mãe de quatro filhos, o mais velho de sete, e a mais nova de seis meses, não. Sem ter o que dar de comer aos filhos, com um barraco sem cobertura, disse a dona Plácida que havia tomado a decisão de ir embora.
Na manhã da última sexta-feira, o filho mais velho de Teresa correu pela comunidade pedindo socorro. Teresa foi encontrada por seus parentes dentro do que restava do seu barraco, com os pés a pouco mais de um metro do chão, pendurada pelo pescoço em uma corda amarrada na madeira que sustentava um teto destelhado.
Segundo o relatório "A violência contra os povos indígenas no Brasil", entre os anos de 2003 e 2005, no Estado do Mato Grosso do Sul, 68 pessoas do povo Guarani Kaiowá cometeram suicídio. A principal causa apontada destas mortes está na falta de terra. Segundo os estudos da Fundação Nacional do Índio, ainda existem mais de 100 terras tradicionais Guarani Kaiowá aguardando o início do processo de demarcação. Leia mais em Agência Adital
A comunidade do Passo Piraju vive em 60 hectares e, apesar de anos de reivindicação e violência, ainda não foi iniciado o processo de identificação da terra.
Sem homens na aldeia para fazer reparos, os barracos que estão se desfazendo devido às fortes chuvas não são mais reerguidos, pelo menos um terço está no chão. Plácida, uma senhora com cerca de 50 anos, mas acostumada com tanto sofrimento, resignou-se com a situação. Teresa, uma jovem de 22 anos, mãe de quatro filhos, o mais velho de sete, e a mais nova de seis meses, não. Sem ter o que dar de comer aos filhos, com um barraco sem cobertura, disse a dona Plácida que havia tomado a decisão de ir embora.
Na manhã da última sexta-feira, o filho mais velho de Teresa correu pela comunidade pedindo socorro. Teresa foi encontrada por seus parentes dentro do que restava do seu barraco, com os pés a pouco mais de um metro do chão, pendurada pelo pescoço em uma corda amarrada na madeira que sustentava um teto destelhado.
Segundo o relatório "A violência contra os povos indígenas no Brasil", entre os anos de 2003 e 2005, no Estado do Mato Grosso do Sul, 68 pessoas do povo Guarani Kaiowá cometeram suicídio. A principal causa apontada destas mortes está na falta de terra. Segundo os estudos da Fundação Nacional do Índio, ainda existem mais de 100 terras tradicionais Guarani Kaiowá aguardando o início do processo de demarcação. Leia mais em Agência Adital
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