Opinião
- 11 de novembro de 2020
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Por que os evangélicos discordam sobre o presidente
Por Timothy Dalrymple
Todos os quatro evangelhos descrevem a violência no Getsêmani. Jesus chorou sozinho entre as oliveiras, orando para que o cálice do sofrimento passasse dele. Quando ele voltou para junto de seus discípulos cansados, soldados e líderes religiosos os confrontaram. Pedro respondeu com um golpe de espada e cortou fora a orelha de um homem chamado Malco. “Guarde sua espada”, disse Jesus, enquanto curava Malco. “Acaso não beberei o cálice que o Pai me deu?” (Jo 18.11).
Todos os quatro evangelhos descrevem a violência no Getsêmani. Jesus chorou sozinho entre as oliveiras, orando para que o cálice do sofrimento passasse dele. Quando ele voltou para junto de seus discípulos cansados, soldados e líderes religiosos os confrontaram. Pedro respondeu com um golpe de espada e cortou fora a orelha de um homem chamado Malco. “Guarde sua espada”, disse Jesus, enquanto curava Malco. “Acaso não beberei o cálice que o Pai me deu?” (Jo 18.11).
Jesus foi levado ao sumo sacerdote, e depois ao governador romano. “Meu reino não é deste mundo”, disse ele a Pilatos. “Se fosse, meus seguidores lutariam para impedir que eu fosse entregue aos líderes judeus. Mas meu reino não procede deste mundo”(18.36).
O reino dos céus é um mistério. Não vem com uma espada, mas com um sacrifício; não vem com uma coroa de metal, mas com uma coroa de espinhos. Ele vem não por meio dos poderes do mundo, mas pelo poder invertido da cruz, ou seja, o poder da impotência. Pedro atacou com a espada. Jesus bebeu do cálice.
Essa história vem à mente quando nos aproximamos de uma eleição presidencial com profundas divisões entre nós. Cristãos evangélicos que labutaram por muito tempo no mesmo lado, agora se encontram em campos adversários. Um lado declara que não consegue compreender como homens e mulheres que compartilham sua fé podem, em sã consciência, apoiar o candidato da situação. O outro se pergunta como alguém que se guia pela Palavra pode rejeitar o candidato da situação. Os dois lados não discordam apenas, mas não conseguem se entender. Incapaz de enxergar lógica no argumento do outro, cada lado afirma que o outro sucumbiu à falta de razão, ao preconceito ou ao desejo de poder ou de aprovação.
Nossa incapacidade de compreender a racionalidade de um ponto de vista oposto é mais frequentemente uma falha de imaginação de nossa parte do que uma falha de racionalidade da parte deles. A diferença entre os dois lados não pode ser que um lado seja verdadeiramente cristão e o outro não, ou que um dos lados detenha o monopólio das boas ideias e boas intenções. Incontáveis homens e mulheres, que lutam com todas as suas fibras para seguir a Jesus, encontram-se dos dois lados.
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» Evangélicos: estamos divididos ou somos desequilibrados?
» Política, religião e vocação: qual a motivação dos candidatos?
• Timothy Dalrymple é presidente e CEO da Christianity Today. Siga-o no Twitter @TimDalrymple_.
Traduzido por Maurício Zágari.
>> Conheça o livro Religião e Política, sim; Igreja e Estado, não, de Paul Freston
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