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- 19 de junho de 2020
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Pesquisa revela extrema vulnerabilidade de crianças venezuelanas migrantes, em meio à pandemia do coronavírus
Estudo aponta que uma em cada quatro crianças migrantes venezuelanas está separada de seus pais e uma em cada três crianças dorme com fome
Por Phelipe Reis
Na última quinta-feira, 18/05, a agência internacional de ajuda humanitária Visão Mundial (World Vision) publicou uma pesquisa sobre o risco de pobreza e exploração de crianças venezuelanas migrantes em meio à pandemia do coronavírus.
A pesquisa “Migração & COVID-19: Infância venezuelana entre a espada e a parede”, publicada alguns dias antes do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho), alerta para o risco que as crianças correm à medida que buscam segurança durante a pandemia. O estudo teve a participação de 392 crianças venezuelanas e foi realizado durante o mês de abril no Brasil, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Bolívia e Chile.
De acordo com João Diniz, líder regional da Visão Mundial para América Latina e Caribe, a situação de meninos e meninas migrantes já era de extrema vulnerabilidade antes da pandemia. Diniz relata que, com a crise, “pais e mães perderam o emprego, as famílias estão sendo despejadas de suas casas, a xenofobia está aumentando e muitas crianças não sabem de onde virá sua próxima refeição. Este estudo mostra uma imagem desanimadora da realidade em que muitas crianças vivem hoje”.
Os resultados mostram que, durante a pandemia de coronavírus, uma em cada quatro crianças foi separada dos pais e uma em cada três dorme com fome. 60% relatam aumento da xenofobia e discriminação; 63% dizem que não podem continuar seus estudos durante a pandemia; 34% dizem não ter acesso a serviços de saúde e 20% dizem que não têm acesso a água e sabão para manter uma boa higiene durante a quarentena.
A pesquisa revela ainda que, devido à perda de renda, 63% das famílias tiveram que encontrar acomodações mais baratas, encontrar um abrigo ou ir para a rua. Outros 28% estão em risco de despejo devido à incapacidade de pagar o aluguel.
Sobre a questão da moradia, Diniz comenta que “as medidas tomadas para impedir a propagação da Covid-19, embora de importância crítica, estão obrigando as famílias a se mudarem porque já não conseguem mais sobreviver até o fim do mês. Há relatos do aumento no fluxo de pessoas dormindo nas fronteiras ou atravessando sem documentação, fazendo com que as crianças fiquem extremamente vulneráveis a abusos e exploração. Sabemos que o tráfico de pessoas e o abuso sexual estão ocorrendo e tememos que muitos casos não sejam detectados durante o caos da pandemia”.
No Brasil, a maioria das crianças pesquisadas (77%) não frequenta as aulas, porque foram suspensas ou porque não estão matriculadas. A discriminação é um dos aspectos que mais afetou os migrantes venezuelanos, já que metade disse que podia perceber um tratamento diferencial negativo em relação a algumas pessoas e dois terços deles sentiram discriminação devido ao status de refugiados.
A diretora de compromissos públicos da Visão Mundial Internacional, Dana Buzducea, comenta que a situação é uma crise muito grave e que é fundamental intervir nesta realidade. “A Visão Mundial e outras agências de ajuda humanitária continuarão trabalhando com famílias vulneráveis enquanto combatem os impactos secundários da Covid-19, mas não podemos fazê-lo sozinhos. A comunidade internacional deve fornecer os fundos necessários para apoiar essas crianças e protegê-las de perigos inimagináveis”, conclui Buzducea.
A campanha “Como Nascidos Entre Nós” convida a igreja evangélica brasileira a participar em oração do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho). Materiais sobre o assunto estão disponíveis aqui.
Para saber mais sobre os resultados da pesquisa “Migração & COVID-19: Infância venezuelana entre a espada e a parede”, clique aqui.
Leia mais:
» Organizações cristãs atuam em favor de refugiados
» Qual o papel dos cristãos diante da crise humanitária de refugiados
Por Phelipe Reis
Na última quinta-feira, 18/05, a agência internacional de ajuda humanitária Visão Mundial (World Vision) publicou uma pesquisa sobre o risco de pobreza e exploração de crianças venezuelanas migrantes em meio à pandemia do coronavírus.
A pesquisa “Migração & COVID-19: Infância venezuelana entre a espada e a parede”, publicada alguns dias antes do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho), alerta para o risco que as crianças correm à medida que buscam segurança durante a pandemia. O estudo teve a participação de 392 crianças venezuelanas e foi realizado durante o mês de abril no Brasil, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Bolívia e Chile.
De acordo com João Diniz, líder regional da Visão Mundial para América Latina e Caribe, a situação de meninos e meninas migrantes já era de extrema vulnerabilidade antes da pandemia. Diniz relata que, com a crise, “pais e mães perderam o emprego, as famílias estão sendo despejadas de suas casas, a xenofobia está aumentando e muitas crianças não sabem de onde virá sua próxima refeição. Este estudo mostra uma imagem desanimadora da realidade em que muitas crianças vivem hoje”.
Os resultados mostram que, durante a pandemia de coronavírus, uma em cada quatro crianças foi separada dos pais e uma em cada três dorme com fome. 60% relatam aumento da xenofobia e discriminação; 63% dizem que não podem continuar seus estudos durante a pandemia; 34% dizem não ter acesso a serviços de saúde e 20% dizem que não têm acesso a água e sabão para manter uma boa higiene durante a quarentena.
A pesquisa revela ainda que, devido à perda de renda, 63% das famílias tiveram que encontrar acomodações mais baratas, encontrar um abrigo ou ir para a rua. Outros 28% estão em risco de despejo devido à incapacidade de pagar o aluguel.
Sobre a questão da moradia, Diniz comenta que “as medidas tomadas para impedir a propagação da Covid-19, embora de importância crítica, estão obrigando as famílias a se mudarem porque já não conseguem mais sobreviver até o fim do mês. Há relatos do aumento no fluxo de pessoas dormindo nas fronteiras ou atravessando sem documentação, fazendo com que as crianças fiquem extremamente vulneráveis a abusos e exploração. Sabemos que o tráfico de pessoas e o abuso sexual estão ocorrendo e tememos que muitos casos não sejam detectados durante o caos da pandemia”.
No Brasil, a maioria das crianças pesquisadas (77%) não frequenta as aulas, porque foram suspensas ou porque não estão matriculadas. A discriminação é um dos aspectos que mais afetou os migrantes venezuelanos, já que metade disse que podia perceber um tratamento diferencial negativo em relação a algumas pessoas e dois terços deles sentiram discriminação devido ao status de refugiados.
A diretora de compromissos públicos da Visão Mundial Internacional, Dana Buzducea, comenta que a situação é uma crise muito grave e que é fundamental intervir nesta realidade. “A Visão Mundial e outras agências de ajuda humanitária continuarão trabalhando com famílias vulneráveis enquanto combatem os impactos secundários da Covid-19, mas não podemos fazê-lo sozinhos. A comunidade internacional deve fornecer os fundos necessários para apoiar essas crianças e protegê-las de perigos inimagináveis”, conclui Buzducea.
A campanha “Como Nascidos Entre Nós” convida a igreja evangélica brasileira a participar em oração do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho). Materiais sobre o assunto estão disponíveis aqui.
Para saber mais sobre os resultados da pesquisa “Migração & COVID-19: Infância venezuelana entre a espada e a parede”, clique aqui.
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» Organizações cristãs atuam em favor de refugiados
» Qual o papel dos cristãos diante da crise humanitária de refugiados
É natural do Amazonas, casado com Luíze e pai da Elis e do Joaquim. Graduado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e mestre em Missiologia no Centro Evangélico de Missões (CEM). É missionário e colaborador do Portal Ultimato.
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