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- 20 de junho de 2017
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Pesquisa realizada durante Marcha para Jesus traça perfil político de evangélicos
Na data da celebração de Corpus Christi (quinta-feira, 15), a Marcha para Jesus chegou à sua 25ª edição na cidade de São Paulo. Os organizadores estimam que milhões de pessoas se reuniram pelas ruas, declarando que Jesus Cristo é o Senhor de suas vidas e acompanhando os trios elétricos nas cerca de 10 horas de shows de música gospel, com mais de 20 atrações.
A Marcha teve início em 1993, e no ano seguinte, segundo o Instituto Datafolha, os evangélicos formavam 10% da população brasileira. Em 2016, esse número chegou a 22%. Ou seja, cerca de 45 milhões de brasileiros declaram-se evangélicos atualmente.
Tendo em vista esse crescimento, que também se refletiu em numa maior representação no Congresso - a Frente Parlamentar Evangélica conta com 178 dos 513 membros da Câmara dos Deputados -, durante a Marcha um grupo de pesquisadores coordenado por professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e da USP (Universidade de São Paulo) apurou o perfil dos participantes. O estudo teve apoio da Fundação Friedrich Ebert Brasil, com 4,5% de margem de erro, e os resultados foram publicados no jornal Nexo.
Resultados revelam um público conservador, mas nem tanto
Perguntas sobre identidades políticas, disputas culturais e posicionamento frente a debates atuais foram a base do questionário aplicado a 484 dos presentes no evento. Os dados coletados mostram que os participantes da Marcha para Jesus se dividem: metade se considera conservador (45,5%), metade se considera pouco (34,5%) ou nada conservador (14,5).
Quando perguntados em quais políticos confiam muito, as porcentagens não foram altas: 13,6% confia em Marco Feliciano, 10,3% em Jair Bolsonaro, 8,1% em Marina Silva, mesma porcentagem dos que confiam em Marcelo Crivela. Geraldo Alckmin e Lula também aparecem, com 3,9% e 3,5% da confiança, respectivamente. A grande maioria dos entrevistados (76,9%) não se identifica com partidos políticos tradicionais. Dos que mais aparecem na pesquisa, estão PSDB, com 7% e PT, com 5,8%.
Ao jornal Nexo, a pesquisadora Esther Solano, da Unifesp, disse que o intuito da pesquisa é entender quem é o público evangélico e medir sua adesão à agenda política polarizada do país, normalmente associados à pauta conservadora. “De certa forma, nos surpreendeu perceber que os participantes da Marcha para Jesus, sim, são conservadores em muitos aspectos, mas em determinados tópicos, como direito das mulheres, às vezes se alinham com ideias mais progressistas. Essa pesquisa desfaz alguns preconceitos”, disse.
Com informações do Jornal Nexo.
Foto: Divulgação @marchaparajesus
A Marcha teve início em 1993, e no ano seguinte, segundo o Instituto Datafolha, os evangélicos formavam 10% da população brasileira. Em 2016, esse número chegou a 22%. Ou seja, cerca de 45 milhões de brasileiros declaram-se evangélicos atualmente.
Tendo em vista esse crescimento, que também se refletiu em numa maior representação no Congresso - a Frente Parlamentar Evangélica conta com 178 dos 513 membros da Câmara dos Deputados -, durante a Marcha um grupo de pesquisadores coordenado por professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e da USP (Universidade de São Paulo) apurou o perfil dos participantes. O estudo teve apoio da Fundação Friedrich Ebert Brasil, com 4,5% de margem de erro, e os resultados foram publicados no jornal Nexo.
Resultados revelam um público conservador, mas nem tanto
Perguntas sobre identidades políticas, disputas culturais e posicionamento frente a debates atuais foram a base do questionário aplicado a 484 dos presentes no evento. Os dados coletados mostram que os participantes da Marcha para Jesus se dividem: metade se considera conservador (45,5%), metade se considera pouco (34,5%) ou nada conservador (14,5).
Quando perguntados em quais políticos confiam muito, as porcentagens não foram altas: 13,6% confia em Marco Feliciano, 10,3% em Jair Bolsonaro, 8,1% em Marina Silva, mesma porcentagem dos que confiam em Marcelo Crivela. Geraldo Alckmin e Lula também aparecem, com 3,9% e 3,5% da confiança, respectivamente. A grande maioria dos entrevistados (76,9%) não se identifica com partidos políticos tradicionais. Dos que mais aparecem na pesquisa, estão PSDB, com 7% e PT, com 5,8%.
Ao jornal Nexo, a pesquisadora Esther Solano, da Unifesp, disse que o intuito da pesquisa é entender quem é o público evangélico e medir sua adesão à agenda política polarizada do país, normalmente associados à pauta conservadora. “De certa forma, nos surpreendeu perceber que os participantes da Marcha para Jesus, sim, são conservadores em muitos aspectos, mas em determinados tópicos, como direito das mulheres, às vezes se alinham com ideias mais progressistas. Essa pesquisa desfaz alguns preconceitos”, disse.
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