Opinião
- 20 de janeiro de 2012
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Paul Simon e John Stott
O último álbum de Paul Simon, "So Beautiful or So What", é parte de uma lista dos melhores de 2011, incluindo a própria lista de Christianity Today.
Que Simon é aclamado por sua música não é novidade, mas o fato do álbum "So Beautiful" explorar profundamente temas espirituais é fascinante.
“Para alguém que não é uma pessoa religiosa, Deus aparece muito em minhas canções”, declarou Simon em impressos que acompanham o lançamento de seu álbum.
Simon discorreu sobre seus interesses espirituais em uma entrevista para o programa Religion & Ethics NeusWeekly da PBS (Public Broadcasting Services).
Simon, que é de origem judaica, não o descreve como um religioso, mas me disse que as coisas espirituais são “parte de meus pensamentos de uma maneira muito frequente. Eu penso sobre elas como um sentimento espiritual. É algo que eu reconheço dentro de mim e que eu aprecio, mas não entendo muito bem”.
Simon já se envolveu em várias conversas sobre assuntos espirituais com grandes ícones da fé, incluindo Dalai Lama. Em minha entrevista, ele falou longamente sobre uma discussão que teve com o falecido teólogo evangélico britânico, John Stott.
Simon disse que estava gravando na Inglaterra quando viu uma coluna do New York Times de 2004, assinada por David Brooks, que descrevia como foi a aproximação de John Stott à fé cristã.
“A matéria era sobre como alguns cristãos estavam decepcionados com alguns tele-evangelistas, e dizia que ninguém falava sobre esse homem [Stott], mas que ele é realmente um bom pensador”, disse Simon.
Então ele decidiu se encontrar com Stott, e um amigo o ajudou no contato. Simon ligou para o teólogo e ofereceu saírem para jantar. Então disse que Stott lhe falou que não poderia naquele momento, mas convidou o músico para um chá com biscoitos em seu flat.
“Eu diria que passamos de duas a três horas ali”, relembrou Simon. “Eu falei sobre tudo que estava em minha mente sobre as coisas que se pareciam não ter lógica, e ele falou sobre porque ele chegou às suas conclusões”.
Simon ficou muito impressionado com Stott. “Eu gostei dele imensamente”, ele me disse. “Deixei aquele lugar com a sensação de que eu tinha uma compreensão maior da origem da fé, embora não exista uma agenda”.
“Eu não mudei meu modo de pensar”, acrescentou, “mas o que eu gostei sobre tudo foi que fomos capazes de conversar e ter um diálogo”.
Simon disse que a conversa foi muito significativa para ele porque ele estava muito desacreditado na divisão da retórica da cultura americana, especialmente quando se trata de religião.
“Eu estava interessado em conversar com John Stott sobre o mundo e sobre outros evangélicos, porque meu instinto dizia que a animosidade não era tão profunda quanto retratada na mídia, e despretensiosamente falando, eu descobri que essa era a verdade”, ele disse.
Simon disse que está satisfeito e um pouco espantado em saber que sua música tenha tido um impacto espiritual.
“Com frequência as pessoas lêem ou ouvem coisas em minhas canções que eu acho que são mais verdadeiras do que o que escrevi”, ele me disse. “Eu sinto que sou como um vaso, e essas coisas fluem através de mim e eu fico feliz”.
Texto originalmente publicado na revista Christianity Today e reproduzido com permissão.
Texto originalmente publicado na revista Christianity Today e reproduzido com permissão.
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Kim Lawton é editor chefe do programa Religion & Ethics NewsWeekly. Assista esta entrevista na íntegra online ou nas estações da PBS Television.
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