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Opinião

Pastorado inteligente

Por Vacilius Santos
 
"Dar-vos-ei pastores segundo o Seu coração, que vos pastoreiam com sabedoria e inteligência." (Jr. 3.15)
 
Estes tempos difíceis e desafiadores requerem pastores inteligentes. E se o caminho estiver “cinzento” também para eles, os pastores? 
 
Hoje, nestes dias de maiores incertezas, e nebulosidade, precisamos ainda mais destes pastores inteligentes. Sempre os pastores estiveram sujeitos a errar, mas hoje talvez um erro estratégico pode significar uma perda ainda maior. 
 
Pastores adjetivados assim, não o são em si mesmos, não tem a ver com QI (Quociente de Inteligência), nem são alcançados com o currículo de mercado. Eles são um presente da graça de Deus à Igreja, porque eles são levantados a partir de uma promessa divina e não de uma procura humana. É providência do Sumo-Pastor.
 
“Dar-vos-ei pastores segundo o Seu coração, que vos pastoreiam com sabedoria e inteligência." (Jr. 3.15)
 
Quais os caminhos que Deus usa para efetivar os pastores inteligentes? 
 
Há um “caminho interno”, onde os pastores dão ouvidos ao que dizem as Escrituras, e um “caminho externo”, quando fazem uma leitura coerente da realidade que os cerca. É mesmo assim, como já dizia Karl Barth: “É preciso segurar numa mão a Bíblia, e na outra o jornal”.
 
O “jornal”, em suas múltiplas formas digitalizadas, o que teria a nos dizer?
 
Vemos a partir do “jornal” que a sociedade se tornou não apenas humanista, como mais claramente apresentou-se a partir do Renascentismo, mas sobretudo tem-se tornado centrada no eu. Guilherme de Carvalho, diretor de L’Abri Brasil, partilhou no Encontro Sepal 2020, a este respeito e afirmou: “Quanto mais "selfizada" é a sociedade, mais Cristocêntrica precisa ser a Igreja”
 
O caminho da simplicidade 
 
O caminho da simplicidade é um “caminho interno”, quando se usa as tecnologias como meios, reconhece os seus limites e perigos, e que não abre mão dos olhos nos olhos.  É um caminho que considera as Cartas Pastorais à Timóteo e Tito – que ainda desafiam de maneira clara, não esquecer dos idosos, das viúvas, dos desfavorecidos, e da juventude. 
 
Este é o caminho da simplicidade do Evangelho, porque resgata aquele espírito que havia na comunidade dos discípulos, onde a segurança estava em Jesus e não num lugar onde reclinar a cabeça, onde a alegria estava na comunhão e não no pão em si.
 
O caminho da visibilidade
 
O caminho da visibilidade é um “caminho externo”. Tem a ver com os outros, a partir de nós. 
 
O diretor da Sepal, Marcos Prudêncio, com base em Isaías 40:9-10, fala sobre a importância de mesclar a proclamação corajosa com a visibilidade nesta era digital:
 
“Você, que traz boas novas a Sião, suba num alto monte. Você, que traz boas novas a Jerusalém, erga a sua voz com fortes gritos, erga-a, não tenha medo; diga às cidades de Judá: "Aqui está o seu Deus!" O Soberano Senhor vem com poder! Com seu braço forte Ele governa. A sua recompensa com ele está, e seu galardão o acompanha.”
 
Precisamos explorar todas as oportunidades de alcance, no entanto, a essência da proclamação precisa ser mantida, e a sua essência é encarnacional. “O Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1.14) é uma verdade vital que precisa ser visualizada hoje, a partir de relacionamentos reais, cheios de compaixão e verdade (1 Co. 5:7). 
 
Estes relacionamentos marcados pelo amor fraternal, que a priori é interno, é também missional porque inclue os pobres, as viúvas e os órfãos (Tiago 1:27), cujo resultado é que o mundo que vê, também crê (Jo. 17:21).
 
O caminho da humildade
 
Na tensão entre o que acontece fora e dentro da comunidade dos discípulos, está o pastor. Às vezes, pode parecer um “fogo-cruzado”, entretanto, pode ser visto como os polos necessários para a produção de energia. 
 
E a energia do pastor precisa vir de uma postura de humildade, quando ele reconhece suas limitações e virtudes. Ele ajusta o foco, crê no Deus do Impossível, e aquieta-se nos braços do Sumo-Pastor. Ele não está preocupado com os resultados, mas sobretudo, com a sua missão, e por isso descansa na promessa.
 
“Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho. Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória.” (1 Pe. 5:2-4)
 
Assim, será humilde o suficiente para trabalhar duro, confiar seriamente, e ser flexível e ensinável, frente aos novos desafios e diferentes configurações. 
 
Podemos agora mensurar a inteligência pastoral? 
 
Uma inteligência que discerne as épocas (1 Cr. 12:32), que se sensibiliza com os oprimidos, e que se utiliza dos recursos para chamar para perto, e dizer: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl. 2.20).
 
Assim, a Igreja dirá por sua vez: “Emanuel!” (Mt. 1.23). E os incrédulos dirão: “Deus está verdadeiramente entre vós!” (1 Co. 14.25).

• Vacilius Santos é missionário da Sepal em Portugal. Instragam: @vacilius.lima

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