Opinião
- 14 de abril de 2023
- Visualizações: 11908
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
Páscoa: coelho, chocolate e até bacalhau
O paganismo consumista tem um time de marketing excelente
Por Tati Bitencourt
Existe mais de um tipo de páscoa. Esqueça coelhos, ovos e chocolates, vamos falar de coisa que de fato faz sentido para nós: a páscoa judaica e a páscoa cristã. A palavra páscoa vem do hebraico pessach e significa pular, passar, passagem.
Judeus comemoravam e ainda comemoram a Páscoa como marco da libertação da escravidão no Egito antigo. Seguem os rituais da cerimônia por sete dias, onde relembram a história do povo judeu e consomem pão ázimo, aquele sem fermento, ervas amargas e cordeiro. Esses elementos típicos da festa da páscoa celebrada pelos judeus, são os mesmos consumidos até os dias de hoje.
O simbolismo da festa judaica serve ainda hoje para nós cristãos entendermos definitivamente o mistério realizado em Cristo, mas não são mais elementos litúrgicos que usamos para nossas celebrações.
Do ponto de vista cristão, a Páscoa é uma celebração da ressurreição de Jesus Cristo. É o feriado mais significativo do calendário cristão, pois comemora o evento fundamental da fé cristã. Simboliza a vitória de Jesus sobre a morte e o pecado.
Cristãos no mundo inteiro, guardam como a semana santa aquela que se inicia com o domingo de ramos, passando pela devastadora sexta-feira da paixão e terminando com o final mais feliz possível. E a prática de abstinência da carne vermelha durante esse período, vem do catolicismo. Que lá na Idade Média também ensinava aos seus fiéis a jejuarem toda sexta-feira em memória ao sofrimento de Cristo.
Essa história de coelhos e ovos começou no hemisfério norte, já que a Páscoa é celebrada no início da primavera, e são elementos que remetem a renovação da vida, ao novo. Também é verdade que o uso de ovos e coelhos nas celebrações da Páscoa tem raízes em tradições pagãs anteriores ao cristianismo.
Com o tempo, esses símbolos pagãos foram assimilados pela tradição cristã e receberam novos significados que refletiam as crenças cristãs. Hoje, muitas pessoas celebram a Páscoa com uma combinação de tradições religiosas e seculares, incluindo caça aos ovos, cestas de Páscoa e visitas do Coelhinho da Páscoa.
Os vendedores de bacalhau e chocolate faturam nessa época do ano. Afinal, o paganismo consumista tem um time de marketing excelente.
Ouça também o Sabores e Saberes no Spotify, clicando aqui.
Saiba mais:
» Os Últimos Dias de Jesus, O que de fato aconteceu?, N. T. Wright | Craig A. Evans
» Surpreendido Pela Esperança, N. T. Wright
» Jerusalém, Ano 33: três dias de tensão
Por Tati Bitencourt
Existe mais de um tipo de páscoa. Esqueça coelhos, ovos e chocolates, vamos falar de coisa que de fato faz sentido para nós: a páscoa judaica e a páscoa cristã. A palavra páscoa vem do hebraico pessach e significa pular, passar, passagem.
Judeus comemoravam e ainda comemoram a Páscoa como marco da libertação da escravidão no Egito antigo. Seguem os rituais da cerimônia por sete dias, onde relembram a história do povo judeu e consomem pão ázimo, aquele sem fermento, ervas amargas e cordeiro. Esses elementos típicos da festa da páscoa celebrada pelos judeus, são os mesmos consumidos até os dias de hoje.
O simbolismo da festa judaica serve ainda hoje para nós cristãos entendermos definitivamente o mistério realizado em Cristo, mas não são mais elementos litúrgicos que usamos para nossas celebrações.
Do ponto de vista cristão, a Páscoa é uma celebração da ressurreição de Jesus Cristo. É o feriado mais significativo do calendário cristão, pois comemora o evento fundamental da fé cristã. Simboliza a vitória de Jesus sobre a morte e o pecado.
Cristãos no mundo inteiro, guardam como a semana santa aquela que se inicia com o domingo de ramos, passando pela devastadora sexta-feira da paixão e terminando com o final mais feliz possível. E a prática de abstinência da carne vermelha durante esse período, vem do catolicismo. Que lá na Idade Média também ensinava aos seus fiéis a jejuarem toda sexta-feira em memória ao sofrimento de Cristo.
Essa história de coelhos e ovos começou no hemisfério norte, já que a Páscoa é celebrada no início da primavera, e são elementos que remetem a renovação da vida, ao novo. Também é verdade que o uso de ovos e coelhos nas celebrações da Páscoa tem raízes em tradições pagãs anteriores ao cristianismo.
Com o tempo, esses símbolos pagãos foram assimilados pela tradição cristã e receberam novos significados que refletiam as crenças cristãs. Hoje, muitas pessoas celebram a Páscoa com uma combinação de tradições religiosas e seculares, incluindo caça aos ovos, cestas de Páscoa e visitas do Coelhinho da Páscoa.
Os vendedores de bacalhau e chocolate faturam nessa época do ano. Afinal, o paganismo consumista tem um time de marketing excelente.
Ouça também o Sabores e Saberes no Spotify, clicando aqui.
- Tati Bitencourt é membro da Sexta Igreja Presbiteriana de Uberlândia. Dentista, técnica em design de interiores, real food lover e comentarista do podcast Sabores & Saberes das rádios Pense Bem e Teomídia.
O QUE ESPERAM OS CRISTÃOS? | REVISTA ULTIMATO
A esperança cristã possibilita alegria hoje, guia os nossos afetos e o modo como vivemos, nos relembra da nossa condição de peregrinos, nos anima na evangelização e na missão, nos dá a perspectiva correta com relação ao sofrimento atual, alinha os nossos planos aos de Deus, não permite que nos acomodemos às facilidades do mundo.
Saiba mais:
» Os Últimos Dias de Jesus, O que de fato aconteceu?, N. T. Wright | Craig A. Evans
» Surpreendido Pela Esperança, N. T. Wright
» Jerusalém, Ano 33: três dias de tensão
- 14 de abril de 2023
- Visualizações: 11908
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Leia mais em Opinião
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Assuntos em Últimas
- 500AnosReforma
- Aconteceu Comigo
- Aconteceu há...
- Agenda50anos
- Arte e Cultura
- Biografia e História
- Casamento e Família
- Ciência
- Devocionário
- Espiritualidade
- Estudo Bíblico
- Evangelização e Missões
- Ética e Comportamento
- Igreja e Liderança
- Igreja em ação
- Institucional
- Juventude
- Legado e Louvor
- Meio Ambiente
- Política e Sociedade
- Reportagem
- Resenha
- Série Ciência e Fé Cristã
- Teologia e Doutrina
- Testemunho
- Vida Cristã
Revista Ultimato
+ lidos
- Corpos doentes [fracos, limitados, mutilados] também adoram
- Pesquisa Força Missionária Brasileira 2025 quer saber como e onde estão os missionários brasileiros
- Perigo à vista ! - Vulnerabilidades que tornam filhos de missionários mais suscetíveis ao abuso e ao silêncio
- As 97 teses de Martinho Lutero
- Lutar pelos sonhos é possível após os 60. Sempre pela bondade do Senhor
- A urgência da reconciliação: Reflexões a partir do 4º Congresso de Lausanne, um ano após o 7 de outubro
- Para fissurados por controle, cancelamento é saída fácil
- Diálogos de Esperança: nova temporada conversa sobre a Igreja e Lausanne 4
- A última revista do ano
- Vem aí "The Connect Faith 2024"