Opinião
- 11 de junho de 2015
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Parada gay: não estou ofendido
Quando vi as imagens da transexual "crucificada" na parada gay não me senti ofendido, como cristão. É óbvio que discordei da estratégia de marketing dos organizadores e sem dúvida percebi que o alvo era mesmo a provocação aos cristãos. Embora o episódio tenha sido justificado como sendo uma forma de expor a humilhação sofrida pelos gays, a impressão que dá é outra.
Mas, afora isto, não me senti provocado, atingido ou ofendido. Por uma razão simples. Ali não estava acontecendo uma profanação de objetos sagrados para mim - no caso, a cruz - simplesmente por que para mim uma cruz de madeira nada tem de sagrada nela. Meu cristianismo evangélico reformado não tem templos sagrados, objetos sagrados, imagens sagradas, símbolos sagrados ou líderes sagrados. Por isto não ficamos explodindo bombas quando zombam de Lutero, Zuinglio ou Calvino, quando tripudiam sobre a Bíblia ou quando picham as igrejas. E por isto eu não me sinto ofendido quando alguém usa uma cruz de madeira para suas manifestações anticristãs ou para outros objetivos.
As coisas que considero santas estão muito além do alcance dos homens, para que estes possam profaná-las. O meu Salvador está nos céus, o meu Deus é rei do universo, minha morada é celestial, a Palavra de Deus está escrita nos céus e é eterna, o pão e o vinho nada mais são que representações materiais daquele que se assenta no trono do universo. Realmente, não há nada no meu cristianismo que esteja ao alcance de quem deseja me ofender através da profanação.
Claro, para quem a cruz é sagrada, as imagens são sagradas, os templos são sagrados, seus líderes são sagrados... estes ficarão ofendidos. Eu os entendo. Devemos respeitar toda crença. Mas, no meu caso, uma transexual pendurada numa cruz provoca, no máximo, a confirmação do que eu já sei, que nenhum pecador consegue se livrar de Deus, ou daquilo que ele pensa que é Deus.
Só me vem à mente o Salmo 2:
1 Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs?
2 Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo:
3 Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas.
4 Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles.
5 Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá.
Foto: Fernando Frazão/ABr
Mas, afora isto, não me senti provocado, atingido ou ofendido. Por uma razão simples. Ali não estava acontecendo uma profanação de objetos sagrados para mim - no caso, a cruz - simplesmente por que para mim uma cruz de madeira nada tem de sagrada nela. Meu cristianismo evangélico reformado não tem templos sagrados, objetos sagrados, imagens sagradas, símbolos sagrados ou líderes sagrados. Por isto não ficamos explodindo bombas quando zombam de Lutero, Zuinglio ou Calvino, quando tripudiam sobre a Bíblia ou quando picham as igrejas. E por isto eu não me sinto ofendido quando alguém usa uma cruz de madeira para suas manifestações anticristãs ou para outros objetivos.
As coisas que considero santas estão muito além do alcance dos homens, para que estes possam profaná-las. O meu Salvador está nos céus, o meu Deus é rei do universo, minha morada é celestial, a Palavra de Deus está escrita nos céus e é eterna, o pão e o vinho nada mais são que representações materiais daquele que se assenta no trono do universo. Realmente, não há nada no meu cristianismo que esteja ao alcance de quem deseja me ofender através da profanação.
Claro, para quem a cruz é sagrada, as imagens são sagradas, os templos são sagrados, seus líderes são sagrados... estes ficarão ofendidos. Eu os entendo. Devemos respeitar toda crença. Mas, no meu caso, uma transexual pendurada numa cruz provoca, no máximo, a confirmação do que eu já sei, que nenhum pecador consegue se livrar de Deus, ou daquilo que ele pensa que é Deus.
Só me vem à mente o Salmo 2:
1 Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs?
2 Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo:
3 Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas.
4 Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles.
5 Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá.
Foto: Fernando Frazão/ABr
Augustus Nicodemus Lopes é bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife, mestre em Novo Testamento pela Universidade Cristã de Potchefstroom, na África do Sul, e doutor em Hermenêutica e Estudos Bíblicos pelo Seminário Teológico de Westminster, na Filadélfia (EUA), com estudos adicionais na Universidade Reformada de Kampen, na Holanda. Foi chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie por dez anos e professor do Centro Presbiteriano de Pós Graduação Andrew Jumper. Atualmente é pastor auxiliar da Primeira Igreja Presbiteriana de Recife, vice-presidente do Supremo Concílio da IPB e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB. É autor de mais de vinte livros.
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