Opinião
- 20 de outubro de 2023
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Os movimentos da igreja: influência (externa) e cuidado (interno)
Se a igreja proclama a sua fé, mas não a guarda, ela se torna um mero grupo religioso. E se a igreja guarda a sua fé, mas não a proclama, ela se torna infrutífera e inútil
Por Ronaldo Lidório
O evangelho nos alcançou, sua mensagem nos transformou, nele encontramos paz e devemos proclamá-lo. Refletir sobre a natureza, mensagem e efeito do evangelho é um exercício de fé que devemos cultivar ao longo de toda nossa vida.
A falta de equilíbrio ao lidar com o evangelho tem sido um dos maiores motivos de enfraquecimento do povo de Deus. O desafio da igreja perante a sociedade é multifacetado e podemos reduzi-lo a dois movimentos: um de influência (externo) e outro de cuidado (interno). Ou, usando imagens mais shaefferianas, de intervenção e refúgio. A igreja é chamada para confrontar, transformar, influenciar a sociedade intervindo diretamente no cerne de suas mazelas, quebras e angústias e, ao mesmo tempo, é orientada a se prevenir, se guardar, se proteger das pressões, opressões e tentações ao redor, refugiando-se em Cristo e na Sua Palavra.
Esses dois movimentos jamais podem ser dissociados. Se a igreja proclama a sua fé, mas não a guarda, ela se torna um mero grupo religioso, não uma comunidade redimida pelo sangue do Cordeiro Jesus. Perde a sua essência. E se a igreja guarda a sua fé, mas não a proclama, ela se torna infrutífera e inútil. Sal que não salga e luz que não brilha. Perde a sua missão.
Assim, é importante lembrar que um dos efeitos mais alarmantes quando não proclamamos e não guardamos a nossa fé, simultaneamente, é a perda da capacidade de transmitir os valores de Cristo à nova geração, incluindo os nossos próprios filhos. Manter esses dois movimentos como igreja, de intervenção e refúgio, em uma sociedade que questiona diariamente a nossa fé, é um desafio teológico e prático que todos os cristãos partilham.
Nessa caminhada, é preciso conhecer o evangelho. Estou convencido que o povo de Deus é fortalecido no Senhor à medida que compreende, crê e abraça o evangelho em sua vida diária. Compreendemos o evangelho na Palavra. Cremos no evangelho pela graça que se manifesta na fé. Abraçamos o evangelho quando nossas vidas são moldadas por ele. E ao proclamarmos o evangelho cumprimos a missão.
Artigo originalmente publicado em @ronaldo.lidorio. Reproduzido com permissão.
REVISTA ULTIMATO | DOXOLOGIA NO CULTO PÚBLICO E NA VIDA DIÁRIA
A matéria de capa desta edição convida o leitor ao exercício da doxologia: a afirmação vibrante sobre o que Deus é e o que ele faz. Uma afirmação que traduz a nossa opinião sobre Deus forjada pelas Escrituras e pelas experiências com ele. Isso vai contra a correnteza do mundo em que vivemos, tão pouco propício à solitude, à contemplação e à adoração.
É disso que trata a matéria de capa da edição 403 da Revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» O que é Igreja Missional, Timóteo Carriker
» A Igreja – Uma comunidade singular de pessoas, John Stott e Tim Chester
» A Missão da Igreja Hoje, Michael Goheen
» Evangelização urbana em um mundo líquido, pluralístico e multirreligioso
» Cristo, e não a igreja, é o evangelho
Por Ronaldo Lidório
O evangelho nos alcançou, sua mensagem nos transformou, nele encontramos paz e devemos proclamá-lo. Refletir sobre a natureza, mensagem e efeito do evangelho é um exercício de fé que devemos cultivar ao longo de toda nossa vida.
A falta de equilíbrio ao lidar com o evangelho tem sido um dos maiores motivos de enfraquecimento do povo de Deus. O desafio da igreja perante a sociedade é multifacetado e podemos reduzi-lo a dois movimentos: um de influência (externo) e outro de cuidado (interno). Ou, usando imagens mais shaefferianas, de intervenção e refúgio. A igreja é chamada para confrontar, transformar, influenciar a sociedade intervindo diretamente no cerne de suas mazelas, quebras e angústias e, ao mesmo tempo, é orientada a se prevenir, se guardar, se proteger das pressões, opressões e tentações ao redor, refugiando-se em Cristo e na Sua Palavra.
Esses dois movimentos jamais podem ser dissociados. Se a igreja proclama a sua fé, mas não a guarda, ela se torna um mero grupo religioso, não uma comunidade redimida pelo sangue do Cordeiro Jesus. Perde a sua essência. E se a igreja guarda a sua fé, mas não a proclama, ela se torna infrutífera e inútil. Sal que não salga e luz que não brilha. Perde a sua missão.
Assim, é importante lembrar que um dos efeitos mais alarmantes quando não proclamamos e não guardamos a nossa fé, simultaneamente, é a perda da capacidade de transmitir os valores de Cristo à nova geração, incluindo os nossos próprios filhos. Manter esses dois movimentos como igreja, de intervenção e refúgio, em uma sociedade que questiona diariamente a nossa fé, é um desafio teológico e prático que todos os cristãos partilham.
Nessa caminhada, é preciso conhecer o evangelho. Estou convencido que o povo de Deus é fortalecido no Senhor à medida que compreende, crê e abraça o evangelho em sua vida diária. Compreendemos o evangelho na Palavra. Cremos no evangelho pela graça que se manifesta na fé. Abraçamos o evangelho quando nossas vidas são moldadas por ele. E ao proclamarmos o evangelho cumprimos a missão.
Artigo originalmente publicado em @ronaldo.lidorio. Reproduzido com permissão.
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A matéria de capa desta edição convida o leitor ao exercício da doxologia: a afirmação vibrante sobre o que Deus é e o que ele faz. Uma afirmação que traduz a nossa opinião sobre Deus forjada pelas Escrituras e pelas experiências com ele. Isso vai contra a correnteza do mundo em que vivemos, tão pouco propício à solitude, à contemplação e à adoração.
É disso que trata a matéria de capa da edição 403 da Revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
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» O que é Igreja Missional, Timóteo Carriker
» A Igreja – Uma comunidade singular de pessoas, John Stott e Tim Chester
» A Missão da Igreja Hoje, Michael Goheen
» Evangelização urbana em um mundo líquido, pluralístico e multirreligioso
» Cristo, e não a igreja, é o evangelho
Ronaldo Lidório é teólogo e antropólogo, missionário (APMT e WEC) entre grupos pouco ou não evangelizados. É organizador de Indígenas do Brasil -- avaliando a missão da igreja e A Questão Indígena -- Uma Luta Desigual.
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