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- 18 de junho de 2020
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Os evangélicos têm algo a aprender sobre missões com a Teologia da Libertação?
Por Phelipe Reis
O Centro de Reflexão Missiológica Martureo lançou uma série de vídeos sobre aspectos missiológicos da Teologia da Libertação. Coordenado por Marcos Amado, o Martureo é uma organização cristã que contribui para o fortalecimento do movimento missionário brasileiro. A série lançada recentemente no YouTube apresenta três vídeos curtos, abordando as raízes históricas, definições da Teologia da Libertação e as implicações missiológicas para a igreja evangélica de hoje.
No primeiro vídeo da série, Marcos Amado menciona a raridade em abordar a Teologia da Libertação no meio evangélico, principalmente entre os mais conservadores. De acordo com a explicação do vídeo, o imaginário evangélico relaciona a Teologia da Libertação com o marxismo, comunismo, grupos revolucionários e luta de classes, destacando apenas aspectos políticos, em detrimento dos teológicos ou missiológicos. Amado faz ainda um breve apanhado histórico, passando por Tomás de Aquino, Renascimento, Iluminismo, Capitalismo até chegar ao contexto político que propiciou o surgimento da Teologia da Libertação, na década de 60, na América Latina.
No segundo vídeo, Marcos Amado cita o missiólogo David Bosch para explicar a mudança de postura na igreja católica após ser confrontada com o mal do Nazismo, o que desembocou no Vaticano II, uma série de reuniões dos bispos para repensar a postura e a missiologia da igreja católica. Neste cenário, o marco do surgimento da Teologia da Libertação se deu na Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-americano (CELAM), em 1968, na cidade de Medelín, Colômbia.
De acordo com o vídeo, a Teologia da Libertação não diminui a importância das Escrituras, como fazem os teólogos liberais, entretanto, faz uso de lentes hermenêuticas e categorias marxistas para interpretar o texto sagrado, com ênfase no episódio do êxodo dos israelitas, profetas, Evangelho de Lucas e outros textos que destacam justiça política, social e econômica.
No último vídeo da série, Marcos Amado faz uma crítica aos postulados da Teologia da Libertação. Para ele, esta teologia não promoveu libertação, diminuiu a divindade de Jesus e se apoiou em uma ideologia que resultou em muitos malefícios para a humanidade. Por outro lado, a indignação dos teólogos da libertação contra as injustiças, desigualdades e opressões é um sentimento legítimo que deveria ser de todo cristão evangélico.
De acordo com Amado, no mundo globalizado que acentua a desigualdade social, a indignação dos teólogos da libertação serviria como motivação para que cristãos, por exemplo, não apoiem empresas que lucram bilhões com atividades que extorquem, empobrecem, envenenam, abusam, oprimem e matam. O missiólogo conclui enfatizando que os evangélicos não concordam com vários aspectos teóricos e práticos da Teologia da Libertação, mas que os evangélicos devem buscar amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como si mesmo, pois nisto consiste o cerne da missão cristã, finaliza Amado.
Para assistir aos vídeos da série, basta acessar o canal do Martureo no YouTube.
>> Conheça o livro O Novo Rosto da Missão (Editora Ultimato, 2002)
Leia também:
» O Que é Missão Integral? | René Padilla
» Missão Integral: o Reino de Deus e a Igreja | René Padilla
No primeiro vídeo da série, Marcos Amado menciona a raridade em abordar a Teologia da Libertação no meio evangélico, principalmente entre os mais conservadores. De acordo com a explicação do vídeo, o imaginário evangélico relaciona a Teologia da Libertação com o marxismo, comunismo, grupos revolucionários e luta de classes, destacando apenas aspectos políticos, em detrimento dos teológicos ou missiológicos. Amado faz ainda um breve apanhado histórico, passando por Tomás de Aquino, Renascimento, Iluminismo, Capitalismo até chegar ao contexto político que propiciou o surgimento da Teologia da Libertação, na década de 60, na América Latina.
No segundo vídeo, Marcos Amado cita o missiólogo David Bosch para explicar a mudança de postura na igreja católica após ser confrontada com o mal do Nazismo, o que desembocou no Vaticano II, uma série de reuniões dos bispos para repensar a postura e a missiologia da igreja católica. Neste cenário, o marco do surgimento da Teologia da Libertação se deu na Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-americano (CELAM), em 1968, na cidade de Medelín, Colômbia.
De acordo com o vídeo, a Teologia da Libertação não diminui a importância das Escrituras, como fazem os teólogos liberais, entretanto, faz uso de lentes hermenêuticas e categorias marxistas para interpretar o texto sagrado, com ênfase no episódio do êxodo dos israelitas, profetas, Evangelho de Lucas e outros textos que destacam justiça política, social e econômica.
No último vídeo da série, Marcos Amado faz uma crítica aos postulados da Teologia da Libertação. Para ele, esta teologia não promoveu libertação, diminuiu a divindade de Jesus e se apoiou em uma ideologia que resultou em muitos malefícios para a humanidade. Por outro lado, a indignação dos teólogos da libertação contra as injustiças, desigualdades e opressões é um sentimento legítimo que deveria ser de todo cristão evangélico.
De acordo com Amado, no mundo globalizado que acentua a desigualdade social, a indignação dos teólogos da libertação serviria como motivação para que cristãos, por exemplo, não apoiem empresas que lucram bilhões com atividades que extorquem, empobrecem, envenenam, abusam, oprimem e matam. O missiólogo conclui enfatizando que os evangélicos não concordam com vários aspectos teóricos e práticos da Teologia da Libertação, mas que os evangélicos devem buscar amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como si mesmo, pois nisto consiste o cerne da missão cristã, finaliza Amado.
Para assistir aos vídeos da série, basta acessar o canal do Martureo no YouTube.
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É natural do Amazonas, casado com Luíze e pai da Elis e do Joaquim. Graduado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e mestre em Missiologia no Centro Evangélico de Missões (CEM). É missionário e colaborador do Portal Ultimato.
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