Opinião
- 12 de setembro de 2013
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Os evangélicos nas ondas da rádio WEB
“ Meu nome é rádio, minha mãe é dona Ciência, meu pai é Marconi. Sou descendente longínquo do telégrafo, sou o pai da televisão.”
Helio Ribeiro, radialista.
Quem diria… um italiano inventou um jeito de falar sem usar as mãos. Marconi, o pai do rádio, conseguiu em 1895, na cidade de Bologna, transmitir um sinal de áudio por uma distância de umas 20 quadras. 115 anos depois um sinal de rádio, pode sair da mesma Bologna e pelas ondas da internet chegar, a qualquer lugar do planeta, num piscar de olhos. É o veterano rádio, se renovando, se energizando, a cada dia. O rádio é um camaleão da comunicação, sobrevivendo aos modismos dos novos tempos, tempos onde pouco se lê, mas muito se vê. Tempos onde, como já disse alguém, “uma imagem vale mais que mil palavras”.
Rádio o eterno companheiro
Como pode então, um veículo de comunicação tão antigo, que nos ocupa apenas um dos sentidos ser ainda tão querido e tão presente em quase cem por cento dos lares brasileiros?
Talvez esteja aí o segredo. O rádio é o único veículo de comunicação que nos permite ouvi-lo sem atrapalhar nossas tarefas cotidianas.
Se até os anos 50 o rádio ocupava lugar de destaque na sala de estar, onde famílias inteiras se reuniam ao redor dele para ouvir notícias e os grandes shows e novelas da época, hoje o rádio se individualizou. O rádio esta no bolso, nos carros, no computador e nos smartphones.
Segmentação
E outro grande trunfo do veículo rádio é seu alto grau de segmentação. Assim como as revistas, as emissoras também tentam se especializar em seus nichos de mercado. E um dos segmentos que mais tiram proveito na utilização do veículo rádio, é o setor das igrejas.
Hoje das 3 mil e setecentas emissoras outorgadas no Brasil, cerca de 260 são vinculdas a igrejas, geralmente católicas ou neo-pentecostais. As igrejas clássicas, reformadas como a Metodista, Luterana e Presbiteriana, apesar de sua longa e histórica presença em solo brasileiro, são as que menos possuem emissoras de radiodifusão. A Igreja Presbiteriana do Brasil por exemplo, com seus mais de 151 anos e quase um milhão de membros, só mais recentemente acordou para os novos tempos mediáticos.
Rádio IPB
Há 6 anos, numa iniciativa pioneira entre as igrejas reformadas, a Igreja Presbiteriana, pôs no ar sua primeira estação de rádio, a Rádio IPB. De seus estúdios em Campinas, a IPB transmite para todo mundo, via internet, uma programação basicamente musical cristã contemporânea, entremeada de programetes curtos com mensagens pastorais a cada meia hora.
Vanguarda
Com a rádio IPB, a Igreja Presbiteriana colhe os frutos do seu vanguardismo. Segundo o secretário executivo da APECOM, Agência Presbiteriana de Comunicacão, reverendo Ricardo Mota, “hoje mais de 60 mil ouvintes por mês, oriundos de diversas denominanções evangélicas, ouvem e participam ativamente do chat da emissôra, interagindo com ouvintes e com os apresentadores da rádio”, reitera Mota.
Igreja virtual
Já a centenária igreja Assembléia de Deus, fez uma opção mais ousada, ainda. Além dos seus 100 mil templos com mais de 8,5 milhões de membros, a Assembléia de Deus criou a primeira filial virtual que se tem notícia em meio as igrejas evangélicas. É a Assembléia de Deus on Line. Nessa filial virtual, com endereço na internet apenas, o membro dessa igreja, tem a sua disposição um pastor virtual, uma tv e uma rádio web. A rádio Assembléia, recebe mensalmente mais de 80 mil ouvintes que podem acessá-la pelo site ou até pelo iPhone.
Paz e Vida no ar e na web
A Comunidade Cristã Paz e Vida, proprietária de uma das rádios mais possantes do interior de São Paulo, a rádio Vida, baseada em São José dos Campos, mas com antenas apontadas para a cidade de São Paulo, além de espargir suas poderosas ondas pelo ar, não despreza a força e a penetração da internet. “A internet amplia a audiência e nos da a interatividade que precisamos para falar e ouvir nossos 80 mil ouvintes de todo o Brasil e do mundo, que nos acompanham todo o mês” - afirma o pastor Juanribe Pagliarin, pastor da igreja Paz e Vida e diretor da rádio Vida.
A bola da vez
Igrejas novas, baseadas em targets específicos como a Bola de Neve, têm na internet o seu braço forte de comunicação. A Bola de Neve Church, fundada pelo apostólo Rina, em 1993, em plena geração web, também aportou na internet sua famosa prancha. Além do site, todinho voltado para o seu público jovem, a Bola de Neve criou a sua estacão de rádio web. Aliás, não uma apenas, mas duas rádios com a mesma linguagem jovem mas com estilos diferenciados. A Bola Rádio Worship é recheada de louvores, adoração e ministração. Já Bola Rádio Extreme é repleta de sonzeira gospel da pesada.
Estilos variados
Seja qual for seu estilo, a internet tem mais de 50 mil estações de rádio catalogadas. Das quais, pelo menos algumas milhares de rádios evangélicas nacionais e outras dezenas de milhares espalhadas pelo mundo afora. Rádios suficientes para atender aos 90 milhões de internautas brasileiros e mais de 2 bilhões espalhados pelo mundo.
Outorgas
A internet é um território livre, democrático, de baixo custo, onde qualquer um pode instalar sua rádio sem nenhum tipo de outorga. Basta querer e fazer. E com o aumento das cidades wireless e as convergências dos meios de comunicacão, em breve qualquer um vai poder ouvir sua rádio predileta em qualquer lugar do planeta num radinho doméstico. Hoje já existem aparelhos de rádio, tipo rádio relógio de cabeceira, ou mesmo receiver e até rádios automotivos, que captam sem computadores as estações de rádio web como se fossem rádios locais. Você pode por exemplo, caminhar pelas ruas de Bologna ouvindo a rádio IPB da Igreja Presbiteriana do Brasil, como se fosse uma rádio local em plena comuna de Bologna.
Enfim… a internet imortalizou o rádio. Rádio web, não é mais futuro. É presente cada vez mais presente na vida do homem 2.0.
_____
Artur Mendes, publicitário e jornalista, é coordenador de producao da Agencia Presbiteriana de Evangelizacao e Comunicacao (APECOM)
Helio Ribeiro, radialista.
Quem diria… um italiano inventou um jeito de falar sem usar as mãos. Marconi, o pai do rádio, conseguiu em 1895, na cidade de Bologna, transmitir um sinal de áudio por uma distância de umas 20 quadras. 115 anos depois um sinal de rádio, pode sair da mesma Bologna e pelas ondas da internet chegar, a qualquer lugar do planeta, num piscar de olhos. É o veterano rádio, se renovando, se energizando, a cada dia. O rádio é um camaleão da comunicação, sobrevivendo aos modismos dos novos tempos, tempos onde pouco se lê, mas muito se vê. Tempos onde, como já disse alguém, “uma imagem vale mais que mil palavras”.
Rádio o eterno companheiro
Como pode então, um veículo de comunicação tão antigo, que nos ocupa apenas um dos sentidos ser ainda tão querido e tão presente em quase cem por cento dos lares brasileiros?
Talvez esteja aí o segredo. O rádio é o único veículo de comunicação que nos permite ouvi-lo sem atrapalhar nossas tarefas cotidianas.
Se até os anos 50 o rádio ocupava lugar de destaque na sala de estar, onde famílias inteiras se reuniam ao redor dele para ouvir notícias e os grandes shows e novelas da época, hoje o rádio se individualizou. O rádio esta no bolso, nos carros, no computador e nos smartphones.
Segmentação
E outro grande trunfo do veículo rádio é seu alto grau de segmentação. Assim como as revistas, as emissoras também tentam se especializar em seus nichos de mercado. E um dos segmentos que mais tiram proveito na utilização do veículo rádio, é o setor das igrejas.
Hoje das 3 mil e setecentas emissoras outorgadas no Brasil, cerca de 260 são vinculdas a igrejas, geralmente católicas ou neo-pentecostais. As igrejas clássicas, reformadas como a Metodista, Luterana e Presbiteriana, apesar de sua longa e histórica presença em solo brasileiro, são as que menos possuem emissoras de radiodifusão. A Igreja Presbiteriana do Brasil por exemplo, com seus mais de 151 anos e quase um milhão de membros, só mais recentemente acordou para os novos tempos mediáticos.
Rádio IPB
Há 6 anos, numa iniciativa pioneira entre as igrejas reformadas, a Igreja Presbiteriana, pôs no ar sua primeira estação de rádio, a Rádio IPB. De seus estúdios em Campinas, a IPB transmite para todo mundo, via internet, uma programação basicamente musical cristã contemporânea, entremeada de programetes curtos com mensagens pastorais a cada meia hora.
Vanguarda
Com a rádio IPB, a Igreja Presbiteriana colhe os frutos do seu vanguardismo. Segundo o secretário executivo da APECOM, Agência Presbiteriana de Comunicacão, reverendo Ricardo Mota, “hoje mais de 60 mil ouvintes por mês, oriundos de diversas denominanções evangélicas, ouvem e participam ativamente do chat da emissôra, interagindo com ouvintes e com os apresentadores da rádio”, reitera Mota.
Igreja virtual
Já a centenária igreja Assembléia de Deus, fez uma opção mais ousada, ainda. Além dos seus 100 mil templos com mais de 8,5 milhões de membros, a Assembléia de Deus criou a primeira filial virtual que se tem notícia em meio as igrejas evangélicas. É a Assembléia de Deus on Line. Nessa filial virtual, com endereço na internet apenas, o membro dessa igreja, tem a sua disposição um pastor virtual, uma tv e uma rádio web. A rádio Assembléia, recebe mensalmente mais de 80 mil ouvintes que podem acessá-la pelo site ou até pelo iPhone.
Paz e Vida no ar e na web
A Comunidade Cristã Paz e Vida, proprietária de uma das rádios mais possantes do interior de São Paulo, a rádio Vida, baseada em São José dos Campos, mas com antenas apontadas para a cidade de São Paulo, além de espargir suas poderosas ondas pelo ar, não despreza a força e a penetração da internet. “A internet amplia a audiência e nos da a interatividade que precisamos para falar e ouvir nossos 80 mil ouvintes de todo o Brasil e do mundo, que nos acompanham todo o mês” - afirma o pastor Juanribe Pagliarin, pastor da igreja Paz e Vida e diretor da rádio Vida.
A bola da vez
Igrejas novas, baseadas em targets específicos como a Bola de Neve, têm na internet o seu braço forte de comunicação. A Bola de Neve Church, fundada pelo apostólo Rina, em 1993, em plena geração web, também aportou na internet sua famosa prancha. Além do site, todinho voltado para o seu público jovem, a Bola de Neve criou a sua estacão de rádio web. Aliás, não uma apenas, mas duas rádios com a mesma linguagem jovem mas com estilos diferenciados. A Bola Rádio Worship é recheada de louvores, adoração e ministração. Já Bola Rádio Extreme é repleta de sonzeira gospel da pesada.
Estilos variados
Seja qual for seu estilo, a internet tem mais de 50 mil estações de rádio catalogadas. Das quais, pelo menos algumas milhares de rádios evangélicas nacionais e outras dezenas de milhares espalhadas pelo mundo afora. Rádios suficientes para atender aos 90 milhões de internautas brasileiros e mais de 2 bilhões espalhados pelo mundo.
Outorgas
A internet é um território livre, democrático, de baixo custo, onde qualquer um pode instalar sua rádio sem nenhum tipo de outorga. Basta querer e fazer. E com o aumento das cidades wireless e as convergências dos meios de comunicacão, em breve qualquer um vai poder ouvir sua rádio predileta em qualquer lugar do planeta num radinho doméstico. Hoje já existem aparelhos de rádio, tipo rádio relógio de cabeceira, ou mesmo receiver e até rádios automotivos, que captam sem computadores as estações de rádio web como se fossem rádios locais. Você pode por exemplo, caminhar pelas ruas de Bologna ouvindo a rádio IPB da Igreja Presbiteriana do Brasil, como se fosse uma rádio local em plena comuna de Bologna.
Enfim… a internet imortalizou o rádio. Rádio web, não é mais futuro. É presente cada vez mais presente na vida do homem 2.0.
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Artur Mendes, publicitário e jornalista, é coordenador de producao da Agencia Presbiteriana de Evangelizacao e Comunicacao (APECOM)
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