Opinião
16 de setembro de 2020
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Os dons da igreja para o bem comum
Por Carol Kingston-Smith
![](/image/atualiza_home/principal/destaques/2020/09_set/opi_16_09_20_lausanne_igreja_pandemia.jpg)
Contexto Político
É esperado que uma pandemia fortaleça a musculatura das instituições globais destinadas a administrar os impactos de tais eventos. Contudo, nesses primeiros seis meses da pandemia, é o braço do Estado-nação que tem sido fortalecido.[1] Muitos governos têm exercido poderes sem precedentes, de forma ostensiva, visando conter e administrar os impactos da pandemia. O risco da infiltração do autoritarismo – o aumento das medidas de segurança, do monitoramento e do patrulhamento – tem abalado os estimados valores democráticos em muitos países e gerado incerteza e medo do futuro em muitas pessoas. Há também, no entanto, sinais de fortalecimento da sociedade civil: um nível crescente do “espírito de boa vizinhança” local e uma visão com foco no bem-estar social e em ações voluntárias e democratizantes impulsionam o senso de responsabilidade e estimulam uma economia mais humana em muitas regiões.
Contexto Econômico
Em 2014, Ian Goldin, especialista mundial em riscos sistêmicos criados pela globalização e autor de The Butterfly Defect, previu que uma pandemia seria a causa da próxima crise financeira. A análise do atual impacto econômico traça paralelos com a Grande Depressão de 1929 e projeta retrações no PIB nunca vistas desde a Segunda Guerra Mundial. Até mesmo as análises mais positivas preveem uma recessão global como consequência da COVID-19.[2]
Os impactos de uma pandemia afetam todos nós, porém não de modo igual, tampouco da mesma maneira; no que se refere ao mercado de trabalho e às empresas, podemos ver que a crise gerou um impacto diferencial, com elevação e queda ocorrendo simultaneamente. Embora tenha havido uma “desglobalização” constante das cadeias de suprimentos ao longo dos últimos anos, a interrupção do comércio global e do fluxo de trabalho provocada pela pandemia acelerará a mudança para indústrias essenciais que sejam “onshore” [no próprio país], nas regiões com condições financeiras para tal.[3] Os impactos mais a longo prazo sobre o turismo e as viagens podem resultar em até 50 milhões de empregos perdidos, e um período mínimo de recuperação de 10 meses atingirá a economia da Ásia de forma particularmente severa.[4]
Contexto Ambiental
A relação entre o surgimento de novas enfermidades e as mudanças no clima e na biodiversidade é cada vez mais reconhecida por especialistas que consideram a pandemia atual um sinal de alerta que não pode ser ignorado. O comércio ilegal de animais, o desmatamento e as práticas agrícolas intensivas contribuem para intensificar a degradação e os riscos ambientais.[5]
Embora haja benefícios imediatos das medidas de “lockdown”, tais como a redução da poluição do ar,[6] é provável que, em muitas áreas urbanas, eles se tornem passageiros, à medida que a reinicialização da economia global ganhar impulso.
Contexto Social
O impacto social da pandemia é amplo e profundo e afeta todas as pessoas, sem exceção. O aumento da desintegração social é extremamente provável se os governos e as comunidades não oferecerem o apoio necessário aos que foram desprovidos de trabalho e de esperança. A evidência de deterioração da saúde mental é apenas um elemento entre o crescente número de problemas globais relacionados à saúde pública. Uma preocupação significativa é a possibilidade de um aumento da fome, capaz de atingir 265 milhões de pessoas – mais do que o dobro da estimativa atual das pessoas que sofrem de fome aguda em todo o mundo, a maioria delas na África e no sul da Ásia.[7]
Os desafios atuais impostos pela pandemia exigem que pensemos e ajamos de forma globalmente conectada, porém com enfoque local.
Que história prevalece?
É evidente que os desafios atuais impostos pela pandemia exigem que pensemos e ajamos de forma globalmente conectada, porém com enfoque local, a fim de enfrentarmos as grandes ameaças da pobreza, da desigualdade, das mudanças climáticas, da perda da biodiversidade, da resistência aos antibióticos, das crises financeiras e das várias formas pelas quais esses aspectos afetam o mercado de trabalho e os meios de subsistência em todo o mundo.
Goldin crê que podemos estar às portas de um período de significativa cooperação global e de redefinição positiva em muitas esferas da vida. Neste “mais incrível século para a humanidade”, não importa “de quem é o exército vencedor, mas que história prevalece”. [8] Ele admite que é preciso haver um reconhecimento global da dignidade e da preciosidade da vida bem como da nossa interdependência com a criação não humana. Não é necessário ter muita imaginação para enxergar o papel que a testemunha cristã fiel pode desempenhar visando esse objetivo.
As implicações para a missão
“A cooperação para um bem maior é o que nos levará a superar essa pandemia.”[9] Os relatos da imprensa secular sobre os sinais de despertamento religioso e espiritual evidenciam que a insegurança destes tempos está produzindo novos níveis de receptividade. Rowan Williams resume bem a nossa tarefa nestes tempos: “Precisamos de uma verdadeira redescoberta de uma política moral e espiritual – uma que tenha o senso do bem público, da responsabilidade e do serviço. Uma política que produza confiança”.[10]
Como resposta, sugiro que a Igreja em missão ofereça três dons-chave para servir ao bem comum com fé, esperança e amor em um mundo intra e interpandêmico:
1. O dom da presença fiel, “enraizada”
Não precisamos olhar muito longe para perceber os impactos negativos de “perdermos o passo”. Vivemos um tempo em que o número de pessoas deslocadas à força atingiu o nível mais alto já registrado. São 70.8 milhões[11] de pessoas que não vivem em casas e comunidades familiares, mas foram arrancadas de suas raízes e têm de lidar com todas as inseguranças e todos os riscos associados. Temos um pacto não revogado de proteger e cuidar dos vulneráveis de nossas comunidades que são impactados pelos efeitos da pandemia de forma negativa e desproporcional, entre eles, os desalojados. O princípio da subsidiariedade descentraliza o poder e o devolve aos que estão mais próximos dos problemas iminentes. Desse modo, os cristãos podem ser eficazes tanto na conscientização de grupos vulneráveis quanto no engajamento prático para suprir necessidades onde a infraestrutura de apoio for insuficiente ou inexistente. Dessa maneira, podemos contribuir significativamente para o fortalecimento da sociedade civil e da resiliência, especialmente em regiões onde houver um Estado deficiente ou, pelo contrário, autoritário.
Wendell Berry, agricultor, teólogo e profeta de nosso tempo, vem chamando nossa atenção à importância de amar e cuidar das comunidades físicas em que vivemos; o que é bom para a vizinhança, incluindo o meio ambiente – nosso lar e dádiva que nos foi concedida por Deus – é bom para nós. Ele também vê uma clara relação entre a mentalidade que apoia a degradação do mundo natural e a que tolera ou até promove o abuso e os maus-tratos de minorias raciais e econômicas.[12] A pandemia atual chamou a atenção para os numerosos problemas que criamos com a nossa má gestão do mundo natural (incluindo nossos próprios corpos), por isso Berry, unindo-se a outros ambientalistas cristãos, nos lembra da necessidade de um compromisso fiel com uma postura que encare com seriedade a oração para que seja feita a vontade de Deus assim na terra como nos céus, reconciliando e restaurando assim tanto a criação humana quanto a não humana.
Portanto, sempre que possível, precisamos garantir que o local e o trabalho mantenham a dignidade e a integridade tanto da terra quanto de seus habitantes, que estão unidos no pacto. Essa é a sabedoria autóctone, negligenciada por muitos de nós, em missão.
2. O dom de “amor e de equilíbrio”
No rastro da “infodemia do coronavírus”, devemos, mais do que nunca, discernir a importância da veracidade e da confiança na sociedade. No mundo digitalmente interconectado da pós-verdade, um dos papéis fundamentais da missão é continuar a cultivar um discipulado de “amor e de equilíbrio” (2 Tm 1.7). O orgulho, os direitos adquiridos e a ignorância têm contribuído para confundir e corromper a verdade, dominando o discurso público, semeando o medo e a desconfiança. A Igreja em missão tem uma contribuição vital a oferecer, e esta exige que estejamos imersos no contexto, com uma atuação relevante e um testemunho de humilde serviço à verdade, por mais que isso possa desafiar nossas associações atuais.
Nossa busca pela verdade exige uma firmeza inabalável de espírito fundamentada não no medo, mas no amor e no serviço do evangelho da paz.
É preocupante que cristãos, do passado e do presente, estejam associados à criação de conspirações cheias de medo que têm incitado condutas perigosas e até a violência contra outros grupos da sociedade. Ao mesmo tempo, os cristãos, juntamente com outros grupos minoritários, também têm sido vítimas de teorias da conspiração.[13]
Nossa busca pela verdade exige uma firmeza inabalável de espírito fundamentada não no medo, mas no amor e no serviço do evangelho da paz. Em tempos de crise, precisamos encontrar maneiras de descobrir e comunicar a verdade de forma eficaz. Precisamos também desenvolver a competência para as conexões proféticas e vivificadoras entre as “grandes histórias” de nossa fé e as “pequenas histórias” de nossa vida diária; histórias que comunicam esperança pela vontade restauradora de Deus sendo feita “assim na terra como no céu”.
3. O dom da colaboração
Moussa Faki Mahamat, Presidente da African Union Commission, observou que a pandemia deve “servir como um cântico, um hino pelo multilateralismo e pela solidariedade”.[14] É da nossa natureza e vocação cooperar e suplantar divisões e diferenças para trabalhar pelo bem comum. Quando encararmos com seriedade o nosso chamado para participar com amor, imaginação, compromisso e vigor na construção e no fortalecimento de nossas comunidades locais, desenvolveremos a imunidade cívica e a resiliência local em tempos incertos. Dessa forma, nosso serviço de amor expressa a mensagem central da encarnação, que Deus ama este mundo e deseja que ele seja restaurado nos caminhos de sabedoria e amor dos quais poetas e profetas repetidas vezes nos lembraram: a mensagem central do evangelho das boas novas.
As lições da história nos convidam a avaliar se nossas estruturas e condutas estão à altura do propósito.
Conclusão
As lições da história nos convidam a avaliar se nossas estruturas e condutas estão à altura do propósito. O que precisa ser mudado para que possamos contribuir eficazmente para o bem comum de nossas comunidades? Os relatos do evangelho demonstram como Jesus muitas vezes reagia quando era interrompido por alguém com uma necessidade premente. É possível que a COVID-19 seja uma interrupção extraordinária à qual podemos responder, manifestando, assim como fez Jesus, que o reino de amor de Deus veio assim na terra como no céu.
Os impactos da pandemia, embora de longo alcance, servem para ressaltar a importância de que a Igreja se reconecte com a natureza holística do discipulado – primeiramente, abraçando fielmente nossas responsabilidades pactuais e locais, no amor à terra e aos seus habitantes; em segundo lugar, cultivando a veracidade e a confiança; e terceiro, reconhecendo a sabedoria de trabalhar de forma colaborativa para o bem comum.
Para esse fim, e, assim como fizeram os primeiros seguidores de Jesus, devemos abandonar nosso orgulho e nossas convicções egoístas e, com humildade, entrar em nossas comunidades, colaborando com os homens de paz que encontrarmos. Desse modo, em palavra e ação, manifestaremos a sabedoria e o amor do reino de justiça e paz que não tem fim.
• Carol Kingston-Smith é conferencista, escritora, mentora e cofundadora da jusTice Initiative. Com experiência em missões na América do Sul e mestrado no Redcliffe College, Reino Unido, ela tem ensinado nos últimos 12 anos sobre Missões e capacitação para o ministério. Seu grande desejo é envolver pessoas em um discipulado missional que seja fundamentado em uma visão integrada do evangelho da paz. Seu e-mail de contato é: carolkingstonsmith@gmail.com.
• Carol Kingston-Smith é conferencista, escritora, mentora e cofundadora da jusTice Initiative. Com experiência em missões na América do Sul e mestrado no Redcliffe College, Reino Unido, ela tem ensinado nos últimos 12 anos sobre Missões e capacitação para o ministério. Seu grande desejo é envolver pessoas em um discipulado missional que seja fundamentado em uma visão integrada do evangelho da paz. Seu e-mail de contato é: carolkingstonsmith@gmail.com.
*Texto originalmente publicado no site de Lausanne. Reproduzido com permissão.
Notas finais
1. Karen DeYoung & Liz Sly, ‘Global Institutions are Flailing in the Face of the Pandemic,’ The Washington Post, 15 April 2020, accessed 13 May 2020, https://www.washingtonpost.com/world/national-security/global-institutions-are-flailing-in-the-face-of-the-pandemic/2020/04/14/39630b96-7e8e-11ea-9040-68981f488eed_story.html.
2. ‘Four Scenarios for the Global Economy after COVID-19,’ Think Economic and Financial Analysis, 2 April 2020, accessed 30 April 2020, https://think.ing.com/articles/four-scenarios-for-the-global-economy-after-covid-19/.
2. ‘Four Scenarios for the Global Economy after COVID-19,’ Think Economic and Financial Analysis, 2 April 2020, accessed 30 April 2020, https://think.ing.com/articles/four-scenarios-for-the-global-economy-after-covid-19/.
3. Richard Fontaine, ‘Globalization Will Look Very Different After the Coronavirus Pandemic,’ Foreign Policy, 17 April 2020, , accessed 13 May 2020, https://foreignpolicy.com/2020/04/17/globalization-trade-war-after-coronavirus-pandemic/.
4. Joan Faus, ‘This Is How the Coronavirus Could Affect Travel and Tourism Industry,’ WEF COVID Action Platform, 20 March 2020, accessed 13 May 2020, https://www.weforum.org/agenda/2020/03/world-travel-coronavirus-covid19-jobs-pandemic-tourism-aviation/.
5. The Geneva Environmental Network publishes a number of helpful papers addressing these and related issues under Covid-19 & the environment, accessed 13 May 2020, https://www.genevaenvironmentnetwork.org/covid19.html.
6. Paul Monks, ‘Here’s How Lockdowns Have Improved Air Quality Around the World,’ World Economic Forum, 20 April 2020, https://www.weforum.org/agenda/2020/04/coronavirus-lockdowns-air-pollution.
7 ‘Wider Working Paper 2020/43 Estimates of the Impact of COVID-19 on Global Poverty,’ United Nations University UNU-Wider, accessed 5 May 2020, https://www.wider.unu.edu/sites/default/files/Publications/Working-paper/PDF/wp2020-43.pdf.
8. Ian Goldin, ‘The World After Corona-Globalisation, Risk and the Future,’ Online lecture, 23 April 2020, accessed 11 May 2020, https://www.howtoacademy.com/events/the-world-after-corona-globalisation-risk-and-the-future/.
9. Eugene Linden, ‘What Might the Post-Pandemic World Look Like?’ TIME, 9 April 2020, accessed 13 May 2020, https://time.com/5818578/post-pandemic-world-look-like/.
10. Sebastian Shehadi & Miriam Partington, ‘How Coronavirus is Leading to a Religious Revival,’ NewStatesman, 27 April 2020, accessed 11 May 2020, https://www.newstatesman.com/politics/religion/2020/04/how-coronavirus-leading-religious-revival.
11. ‘UNHCR’s annual Global Trends Report’ released on 19 June 2019, accessed 30 April 2020 https://www.unhcr.org/ph/figures-at-a-glance.
12. Wendell Berry, ‘Think little, From A Continuous Harmony: Essays Cultural and Agricultural,’ reprinted in the Whole Earth Catalog 1969, accessed 14 May 2020, https://berrycenter.org/2017/03/26/think-little-wendell-berry/.
13. Ben Cohen, ‘Covid-19 Conspiracy Theories Putting Christian Minorities at Risk,’ EAUK News and Views, 22 April 2020, accessed 11 May 2020, https://www.eauk.org/news-and-views/covid-19-conspiracy-theories-putting-christian-minorities-at-risk.
14. Anastasia Kalinina, ‘What the World Can Learn from Regional Responses to COVID-19, World Economic Forum, 1 May 2020, accessed 7 May 2020, https://www.weforum.org/agenda/2020/05/covid-19-what-the-world-can-learn-from-regional-responses/.
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