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Opinião

Os avós de Jesus, os pais de Maria

Valorizar e respeitar os idosos é bíblico e qualquer oportunidade de fazê-lo deve ser aproveitada ao máximo

Por Lidice Meyer Pinto Ribeiro


No dia 26 de julho, foi o dia dos avós. Um dia comemorado em muitas igrejas e lares evangélicos. Mas poucos sabem que a origem deste dia está na história dos avós de Jesus. Os nomes dos pais de Maria, Ana e Joaquim, não estão na Bíblia, mas aparecem em um texto datado do século 1 ao início do século 2 chamado de protoevangelho de Tiago. Este texto conta que Ana e Joaquim eram um casal de judeus ricos mas sem filhos. Joaquim e Ana sofrem pela falta de um herdeiro, o que era considerado inclusive um castigo divino. Joaquim se retira para o deserto para jejuar e orar por 40 dias pedindo um herdeiro e Ana, sob uma árvore de louro, ora a Deus solicitando um filho. É então que um anjo aparece a Ana e lhe diz: “Ana, Ana, o Senhor escutou teus rogos! Conceberás e darás à luz e de tua prole se falará em todo o mundo.” Alegrando-se com a promessa do anjo, Ana faz um voto de dedicar seu filho ou filha ao serviço da casa de Deus. Na mesma hora em que o anjo aparece a Ana, outro anjo também diz a Joaquim que Ana conceberia um filho. Joaquim retorna e celebra oferecendo dez ovelhas em sacrifício, presenteando os sacerdotes com doze novilhas de leite e oferecendo cem cabritos para todo o povoado. Quando Maria nasce, é cercada de cuidados e proteção pelos pais até os 3 anos de idade quando então é entregue no templo aos cuidados do sacerdote Zacarias.

Como as genealogias são muito importantes para os israelitas, textos como o protoevangelho de Tiago que traziam detalhes sobre os ancestrais de Jesus eram muito apreciados pelos primeiros cristãos. Daí a sua preservação até os dias de hoje, mesmo não fazendo parte da Bíblia. Em 1584 o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Santa Ana em 26 de julho e na década de 1960 o Papa Paulo VI juntou a esta data a comemoração de São Joaquim. A partir de então, a Igreja Católica relembra os avós de Jesus no dia 26 de julho. Em 2003 a data passou a ser também considerada como o dia dos avós em Portugal e logo foi adotada em todo o mundo. Em 2021 passou a ser chamada de Dia Mundial do Avós e dos Idosos.

Apesar da origem da data, valorizar e respeitar os idosos é bíblico e qualquer oportunidade de fazê-lo deve ser aproveitada ao máximo. Num tempo em que o etarismo tem prevalecido nas empresas e a cultura do descarte cresce na sociedade, é essencial que a igreja aja diferente. A Igreja de Cristo precisa mostrar ao mundo que os idosos são preciosos pelo seu conhecimento e experiências acumulados. A angústia da solidão na velhice é bem exposta pelo salmista que implora ao Senhor: “Não me abandones na minha velhice” (Sl 71.9). São muitos os idosos em lares que se sentem abandonados. Há até idosos dentro de nossas casas que também podem sentir-se como um peso, um fardo sem utilidade. Noemi sentia-se assim quando se despediu de suas noras: Orfa e Rute. Orfa agiu de forma prática: virou as costas para a sogra idosa e foi cuidar de sua vida. Mas Rute, ao contrário, respondeu corajosa e amorosamente: “Não te abandonarei” (Rt 1.16). O mundo precisa de Rutes que encarem o desafio da convivência intergeracional sabendo que os ganhos do aprendizado com os idosos vale a pena. Por ter ouvido e atendido aos conselhos da idosa Noemi, Rute foi abençoada sendo a bisavó de Davi e ancestral de Jesus.

Não importa a data, a Igreja de Cristo deve sempre mostrar amor e cuidado pelos idosos, sejam os de nossa família, sejam aqueles que enfrentam a solidão e o desânimo dos abrigos, aguardando a visita de um familiar que nunca chega. Sejamos os portadores da maravilhosa mensagem de Deus: “Mesmo na sua velhice, quando tiverem cabelos brancos, sou eu aquele, aquele que os susterá. Eu os fiz e eu os levarei; eu os sustentarei e eu os salvarei.” (Is. 46.4).


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Saiba mais:
» Aprender a Envelhecer, Paul Tournier
» A alegria e a responsabilidade de ser avós, Silas e Márcia Tostes
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» Envelhecimento global da população
Lidice Meyer P. Ribeiro é doutora em Antropologia e professora na Universidade Lusófona, Portugal.
  • Textos publicados: 27 [ver]

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