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- 20 de outubro de 2017
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Organização cristã completa dez anos ajudando pessoas em situação de rua, em São Paulo
Por Carlos Fernandes
De Santo André, na Grande São Paulo, uma entidade de orientação cristã evangélica mostra que a reabilitação de marginalizados não passa, necessariamente, por internações, tratamentos de desintoxicação ou outras modalidades tradicionalmente empregadas a este público. Ali, o que faz a diferença é a experiência comunitária, a delegação de responsabilidades e, sobretudo, o cuidado de um pelo outro. Atuando há dez anos de maneira ininterrupta, a Missão Sal atende moradores de rua ou prostitutas que, geralmente, são identificados como desajustados, mas que, ali, são conhecidos pelo nome, têm a dignidade respeitada e a oportunidade de dar uma guinada na vida. E o maior motivo de transformação não é outro senão o evangelho de Jesus Cristo.
O nome da missão faz menção ao trinômio “salvação, amor e libertação”, e é exatamente isso que centenas de pessoas já encontraram ali. Tantas, que o pastor de confissão batista, Paulo Cappelletti, fundador e dirigente do trabalho, perdeu a conta. “Minha esposa Silvia e eu decidimos não contar a quantidade de pessoas que foram atendidas nesses dez anos, nem mesmo fazer fichas”, simplifica o missionário. Cappelletti, um engenheiro mecânico que estudou Teologia e tem mestrado em Missões Urbanas, é um veterano em empreendedorismo social e lidera uma pequena equipe de voluntários que se dividem entre a Comunidade Nova Chance, na sede, e outras três unidades no Estado de São Paulo.
O método de trabalho, se é que se pode chamar assim, é bem pouco convencional. Na Missão Sal, não há um regime rígido de horários e disciplina. O pastor explica que a ênfase é nos relacionamentos: “Procuramos oferecer-lhes uma experiência de família, que muitos não têm, através do convívio e do amor que há em Cristo Jesus”. Por isso, o pessoal atendido não é chamado de “assistidos” ou “abrigados”, e sim, de família. Uma companhia que, segundo Cappelletti, tem sido uma experiência maravilhosa para si mesmo e sua própria família – o pastor é casado e tem dois filhos. “Nossa proposta é de uma missão relacional que se inicia nas ruas dos centros urbanos, até que alguns cheguem a morar juntamente conosco para que percebam o quanto é bom viver com Cristo.”
Amor que impulsiona
O processo não é simples. O ambiente social em que a Missão Sal trabalha é complexo e problemático. Há gente que chega com vícios em drogas ou álcool e um histórico de desajustes. Perseverança, rotina e constância na evangelização são essenciais. “Para que as pessoas comecem a ter confiança no missionário, muitas vezes, são muitos anos de amizade e cuidado até que alguém queira sair dessa vida para experimentar a verdadeira vida com Cristo.”
Na Missão Sal, atenção especial é dada às crianças. Cerca de 150 meninos e meninas contam com oficinas de música, informática e capoeira, e reforço escolar em matemática e português. Os obreiros também atuam em zonas de prostituição e nas diversas “cracolândias” espalhadas pela Região Metropolitana de São Paulo.
Para uma instituição que começou se sustentando com lixo reciclado, a atual crise econômica não chega a assustar tanto. Mesmo assim, como os recursos vêm de ofertas de igrejas, instituições e pessoas físicas, os tempos estão, realmente, bicudos. “Vivemos, dia após dia, contando moedas”, brinca o pastor Cappelletti. Os missionários não têm remuneração e todas as entradas são direcionadas para o custeio e ampliação das atividades.
Um dos novos projetos da Sal entrou em funcionamento em outubro. Trata-se de uma carreta de saúde, com profissionais voluntários, para atender cidades que não têm acesso a serviços públicos de qualidade nesta área. Também há previsão de construção de novas acomodações, a fim de melhorar e aumentar a capacidade de atendimento. Conforme o projeto vai avançando, Paulo Cappelletti diz que “O amor ao Senhor tem sido, e sempre será, o que nos impulsiona a continuar”.
Clique aqui e saiba mais sobre a Missão SAL.
De Santo André, na Grande São Paulo, uma entidade de orientação cristã evangélica mostra que a reabilitação de marginalizados não passa, necessariamente, por internações, tratamentos de desintoxicação ou outras modalidades tradicionalmente empregadas a este público. Ali, o que faz a diferença é a experiência comunitária, a delegação de responsabilidades e, sobretudo, o cuidado de um pelo outro. Atuando há dez anos de maneira ininterrupta, a Missão Sal atende moradores de rua ou prostitutas que, geralmente, são identificados como desajustados, mas que, ali, são conhecidos pelo nome, têm a dignidade respeitada e a oportunidade de dar uma guinada na vida. E o maior motivo de transformação não é outro senão o evangelho de Jesus Cristo.
O nome da missão faz menção ao trinômio “salvação, amor e libertação”, e é exatamente isso que centenas de pessoas já encontraram ali. Tantas, que o pastor de confissão batista, Paulo Cappelletti, fundador e dirigente do trabalho, perdeu a conta. “Minha esposa Silvia e eu decidimos não contar a quantidade de pessoas que foram atendidas nesses dez anos, nem mesmo fazer fichas”, simplifica o missionário. Cappelletti, um engenheiro mecânico que estudou Teologia e tem mestrado em Missões Urbanas, é um veterano em empreendedorismo social e lidera uma pequena equipe de voluntários que se dividem entre a Comunidade Nova Chance, na sede, e outras três unidades no Estado de São Paulo.
O método de trabalho, se é que se pode chamar assim, é bem pouco convencional. Na Missão Sal, não há um regime rígido de horários e disciplina. O pastor explica que a ênfase é nos relacionamentos: “Procuramos oferecer-lhes uma experiência de família, que muitos não têm, através do convívio e do amor que há em Cristo Jesus”. Por isso, o pessoal atendido não é chamado de “assistidos” ou “abrigados”, e sim, de família. Uma companhia que, segundo Cappelletti, tem sido uma experiência maravilhosa para si mesmo e sua própria família – o pastor é casado e tem dois filhos. “Nossa proposta é de uma missão relacional que se inicia nas ruas dos centros urbanos, até que alguns cheguem a morar juntamente conosco para que percebam o quanto é bom viver com Cristo.”
Amor que impulsiona
O processo não é simples. O ambiente social em que a Missão Sal trabalha é complexo e problemático. Há gente que chega com vícios em drogas ou álcool e um histórico de desajustes. Perseverança, rotina e constância na evangelização são essenciais. “Para que as pessoas comecem a ter confiança no missionário, muitas vezes, são muitos anos de amizade e cuidado até que alguém queira sair dessa vida para experimentar a verdadeira vida com Cristo.”
Na Missão Sal, atenção especial é dada às crianças. Cerca de 150 meninos e meninas contam com oficinas de música, informática e capoeira, e reforço escolar em matemática e português. Os obreiros também atuam em zonas de prostituição e nas diversas “cracolândias” espalhadas pela Região Metropolitana de São Paulo.
Para uma instituição que começou se sustentando com lixo reciclado, a atual crise econômica não chega a assustar tanto. Mesmo assim, como os recursos vêm de ofertas de igrejas, instituições e pessoas físicas, os tempos estão, realmente, bicudos. “Vivemos, dia após dia, contando moedas”, brinca o pastor Cappelletti. Os missionários não têm remuneração e todas as entradas são direcionadas para o custeio e ampliação das atividades.
Um dos novos projetos da Sal entrou em funcionamento em outubro. Trata-se de uma carreta de saúde, com profissionais voluntários, para atender cidades que não têm acesso a serviços públicos de qualidade nesta área. Também há previsão de construção de novas acomodações, a fim de melhorar e aumentar a capacidade de atendimento. Conforme o projeto vai avançando, Paulo Cappelletti diz que “O amor ao Senhor tem sido, e sempre será, o que nos impulsiona a continuar”.
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