Opinião
- 24 de agosto de 2018
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Onde Cristo está, há esperança
Por Luiz Fernando dos Santos
“Quem tem o Filho, tem a vida” (1 Jo 5.12).
É comum ouvirmos a frase: “Enquanto houver vida, há esperança”. Todavia, para nós cristãos, o mais certo a dizer é: “Onde Cristo está, há esperança”. Nem mesmo a realidade assustadora da morte pode roubar a esperança do coração crente.
Lázaro, por exemplo, há quatro dias estava morto e sepultado. Suas irmãs estavam inconsoláveis e choravam a perda definitiva do irmão amado – ainda que fizessem uma lindíssima profissão de fé na certeza de que se Jesus estivesse present e durante o agravamento do quadro geral de Lázaro, este não teria morrido.
Jesus, entretanto, antecipando um sinal de sua vida imortal e de sua gloriosa ressurreição, após orar, ao comando de sua voz, a morte não teve escolha, teve que soltar Lázaro de suas duríssimas cadeias, e Lázaro irrompeu das trevas da fria sepultura para a luz do sol e da vida.
Também foi assim nos episódios da filha de Jairo e do filho da viúva de Naim. Onde Jesus está há esperança mesmo em face das situações mais absurdas e inauditas. As ciências, de qualquer natureza, com todo o conhecimento testado e aprovado, não podem e não têm a última palavra sobre coisa alguma da vida ou da morte.
Jesus é o Senhor de tudo e de todos: “Porque dele, por ele, e para ele, são todas as coisas...” (Rm 11.36). Mas, infelizmente nós temos a tentação de fabricar nossas próprias esperanças, assim, colocamos a nossa expectativa de dias melhores e soluções definitivas em sistemas políticos e ideologias, em personalidades da política e projetos de poder.
Não raras vezes ainda depositamos a nossa confiança cega e acriticamente em denominações religiosas, sistemas teológicos e seus líderes. Transferimos o dogma da infalibilidade papal para pastores, pregadores e teólogos que surfam nas ondas das redes sociais, estão nas mídias em geral ou que são patrocinados por grandes corporações editoriais.
Trazendo mais para a trivialidade da vida, muitas vezes temos esperado de mais de nossas relações. Acreditamos que um casamento estável e uma família minimamente ajustada é o suficiente para trazer paz indestrutível aos nossos corações, sem falar em carreira profissional ou acúmulo de riquezas.
Resta, evidentemente, dizer que as ciências, a tecnologia, a política e suas ideologias, bem como as denominações, seus pastores, teólogos, escritores e as “redes sociais” e a família, estão de alguma maneira, e de modos específicos, sob a providência do Senhor, mas nunca como fins em si mesmos, e sim como meios, como modos de realização histórica e ocupação de nosso lugar no tempo e no espaço, para o louvor da glória do Senhor.
Todavia, essas coisas são passageiras e, como ensina Paulo, “a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (Cl 2. 17) e ainda na mesma perícope: “Nele (Cristo), estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Cl 2.3). É em Cristo que devemos colocar toda a expectativa de nossa vida, somente nele a esperança não decepciona. Só os que estão nele podem afirmar: “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daquele que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8. 28).
Vivemos dias de insegurança e medo. Nem mesmo dentro de casa nos sentimos seguros. Uma saída à rua pode ser uma aventura, quem sabe o que ou quem nos espera na esquina? As escolas e universidades há muito tempo não são os ambientes mais sadios para os nossos filhos, antes pelo contrário, precisamente nesses locais eles têm sido expostos aos grandes perigos das drogas, do álcool e outras experiências degradantes.
Todos os dias recebemos notícias de que aquilo que era para ser um simples exame de rotina e controle, revela achados preocupantes e perturbadores. Nossa vida aqui nesse mundo caído é vulnerável e está rodeada de corrupção. Não há coisa alguma na criação e que faça parte da inventividade humana que não esteja manchada pelas defecções do pecado, logo, não há coisa alguma em que podemos nos agarrar pretendendo felicidade duradoura, soluções definitivas e paz perfeita.
Conquanto a bondade de Deus possa ser vista e encontrada em todas essas realidades, somente em Cristo estamos seguros: “Todo aquele que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6.37).
Venha hoje mesmo a Cristo. Coloque nele a sua confiança, espere em suas promessas e você verá que de fato, para Deus, não há impossíveis! (Mc 10.27).
• Luiz Fernando é Ministro da Igreja Presbiteriana Central de Itapira
Leia mais
» Esperança - A cruz é síntese da vida, não da morte
“Quem tem o Filho, tem a vida” (1 Jo 5.12).
É comum ouvirmos a frase: “Enquanto houver vida, há esperança”. Todavia, para nós cristãos, o mais certo a dizer é: “Onde Cristo está, há esperança”. Nem mesmo a realidade assustadora da morte pode roubar a esperança do coração crente.
Lázaro, por exemplo, há quatro dias estava morto e sepultado. Suas irmãs estavam inconsoláveis e choravam a perda definitiva do irmão amado – ainda que fizessem uma lindíssima profissão de fé na certeza de que se Jesus estivesse present e durante o agravamento do quadro geral de Lázaro, este não teria morrido.
Jesus, entretanto, antecipando um sinal de sua vida imortal e de sua gloriosa ressurreição, após orar, ao comando de sua voz, a morte não teve escolha, teve que soltar Lázaro de suas duríssimas cadeias, e Lázaro irrompeu das trevas da fria sepultura para a luz do sol e da vida.
Também foi assim nos episódios da filha de Jairo e do filho da viúva de Naim. Onde Jesus está há esperança mesmo em face das situações mais absurdas e inauditas. As ciências, de qualquer natureza, com todo o conhecimento testado e aprovado, não podem e não têm a última palavra sobre coisa alguma da vida ou da morte.
Jesus é o Senhor de tudo e de todos: “Porque dele, por ele, e para ele, são todas as coisas...” (Rm 11.36). Mas, infelizmente nós temos a tentação de fabricar nossas próprias esperanças, assim, colocamos a nossa expectativa de dias melhores e soluções definitivas em sistemas políticos e ideologias, em personalidades da política e projetos de poder.
Não raras vezes ainda depositamos a nossa confiança cega e acriticamente em denominações religiosas, sistemas teológicos e seus líderes. Transferimos o dogma da infalibilidade papal para pastores, pregadores e teólogos que surfam nas ondas das redes sociais, estão nas mídias em geral ou que são patrocinados por grandes corporações editoriais.
Trazendo mais para a trivialidade da vida, muitas vezes temos esperado de mais de nossas relações. Acreditamos que um casamento estável e uma família minimamente ajustada é o suficiente para trazer paz indestrutível aos nossos corações, sem falar em carreira profissional ou acúmulo de riquezas.
Resta, evidentemente, dizer que as ciências, a tecnologia, a política e suas ideologias, bem como as denominações, seus pastores, teólogos, escritores e as “redes sociais” e a família, estão de alguma maneira, e de modos específicos, sob a providência do Senhor, mas nunca como fins em si mesmos, e sim como meios, como modos de realização histórica e ocupação de nosso lugar no tempo e no espaço, para o louvor da glória do Senhor.
Todavia, essas coisas são passageiras e, como ensina Paulo, “a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (Cl 2. 17) e ainda na mesma perícope: “Nele (Cristo), estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Cl 2.3). É em Cristo que devemos colocar toda a expectativa de nossa vida, somente nele a esperança não decepciona. Só os que estão nele podem afirmar: “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daquele que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8. 28).
Vivemos dias de insegurança e medo. Nem mesmo dentro de casa nos sentimos seguros. Uma saída à rua pode ser uma aventura, quem sabe o que ou quem nos espera na esquina? As escolas e universidades há muito tempo não são os ambientes mais sadios para os nossos filhos, antes pelo contrário, precisamente nesses locais eles têm sido expostos aos grandes perigos das drogas, do álcool e outras experiências degradantes.
Todos os dias recebemos notícias de que aquilo que era para ser um simples exame de rotina e controle, revela achados preocupantes e perturbadores. Nossa vida aqui nesse mundo caído é vulnerável e está rodeada de corrupção. Não há coisa alguma na criação e que faça parte da inventividade humana que não esteja manchada pelas defecções do pecado, logo, não há coisa alguma em que podemos nos agarrar pretendendo felicidade duradoura, soluções definitivas e paz perfeita.
Conquanto a bondade de Deus possa ser vista e encontrada em todas essas realidades, somente em Cristo estamos seguros: “Todo aquele que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6.37).
Venha hoje mesmo a Cristo. Coloque nele a sua confiança, espere em suas promessas e você verá que de fato, para Deus, não há impossíveis! (Mc 10.27).
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