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- 24 de maio de 2016
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O séquito do perdão
Uma boa notícia precisa ser dada aos encurvados. Não aos fisicamente encurvados, por causa de algum problema de coluna. Mas aos emocionalmente encurvados, aqueles que estão carregando sobre os ombros há pouco tempo ou há muito tempo o peso das coisas erradas feitas por querer ou por não querer. Quem precisa dar essa boa notícia são os pais aos seus filhos, os pastores às suas ovelhas, o pároco aos seus paroquianos, os profissionais de saúde mental aos seus pacientes, os amigos aos seus amigos.
A boa notícia é que o perdão existe. Perdão de toda coisa errada, de todo pecado, de toda transgressão, de todo equívoco, de todo crime, de toda loucura. Esse é o âmago do cristianismo. Essa é a razão pela qual Jesus veio ao mundo. Esse é o motivo pelo qual Jesus foi levado ao matadouro. Essa é a boa notícia que os missionários têm de levar até os confins da terra.
O perdão em sua plenitude é algo eticamente inadmissível. Só existe por causa da graça de Deus. A graça é maravilhosa demais, é alta demais, é larga demais, é comprida demais, é profunda demais. A graça não é prêmio, não é recompensa, não é brinde, não é sorteio, não é mercadoria, não é troco, não é pensamento positivo. A graça não é uma agradável mentira que os pastores, os párocos, os conselheiros e os psicólogos pregam para nós. Nem uma agradável mentira que nós pregamos para nós. Graça é graça e pronto.
O que pouco se sabe, o que pouco se prega, o que ainda não foi plenamente atinado, tanto pelo necessitado do perdão como pelos pregadores do perdão, é que o perdão nunca vem sozinho. Ele está atrelado a outros resultados. Quando o perdão chega, chegam também os seus componentes, os seus acompanhantes, o seu séquito, a sua trupe.
Encurvados, prestem atenção! Pastores, párocos, missionários, psicólogos, pais e mães, avôs e avós -- todos -- prestem atenção. Os que estão internados em alguma clínica, os que estão encarcerados, os que estão no corredor da morte, os que estão no caminho do suicídio, os que estão no confessionário, prestem todos muita atenção! O perdão dado por Deus, o perfeito perdão, o perdão completo, o perdão proporcionado pela graça e tornado possível por causa da Sexta-feira Santa, torna-nos:
Livres da culpa -- a culpa some, a culpa vai embora, a culpa afoga-se no fundo do oceano (Mq 7.19).
Livres do remorso -- aquela dor no íntimo, aquela inquietação da consciência culpada, aquele remordimento constante some, vai embora, afoga-se no fundo do oceano.
Livres da vergonha -- aquele rosto corado de vergonha, aquele rosto ruborizado, aquela marca de Caim some, vai embora, afoga-se no fundo do oceano.
Livres da lembrança -- aquela triste história, aquele capítulo da vida, aquele horrível episódio some, vai embora, afoga-se no fundo do oceano.
A graça de Deus é perfeita, é completa, é curativa. Deus não faz nada pela metade. O perdão cura tudo, não apenas parte, não apenas a metade, não apenas 99% do trauma. Imaginemos se Pedro ficasse livre apenas da culpa, e continuasse por toda a vida com o remorso, a vergonha e a lembrança daquele fracasso da tríplice negação!
Essa pastoral está firmada na promessa de Deus a Jerusalém até então coberta de vileza:
“Não tenha medo, pois não provarás mais vergonha, não te sintas mais ultrajada, pois não precisarás enrubescer, esquecerás a vergonha de tua adolescência, a chacota sobre a tua viuvez, não te lembrarás mais dela!” (Is 54.4, TEB).
Nota:
Artigo publicado originalmente na revista Ultimato 360, seção Abertura.
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Leia e imprima o estudo bíblico baseado neste artigo
Perdão
Além do perdão
O clamor dos clamores é pedir perdão!
A boa notícia é que o perdão existe. Perdão de toda coisa errada, de todo pecado, de toda transgressão, de todo equívoco, de todo crime, de toda loucura. Esse é o âmago do cristianismo. Essa é a razão pela qual Jesus veio ao mundo. Esse é o motivo pelo qual Jesus foi levado ao matadouro. Essa é a boa notícia que os missionários têm de levar até os confins da terra.
O perdão em sua plenitude é algo eticamente inadmissível. Só existe por causa da graça de Deus. A graça é maravilhosa demais, é alta demais, é larga demais, é comprida demais, é profunda demais. A graça não é prêmio, não é recompensa, não é brinde, não é sorteio, não é mercadoria, não é troco, não é pensamento positivo. A graça não é uma agradável mentira que os pastores, os párocos, os conselheiros e os psicólogos pregam para nós. Nem uma agradável mentira que nós pregamos para nós. Graça é graça e pronto.
O que pouco se sabe, o que pouco se prega, o que ainda não foi plenamente atinado, tanto pelo necessitado do perdão como pelos pregadores do perdão, é que o perdão nunca vem sozinho. Ele está atrelado a outros resultados. Quando o perdão chega, chegam também os seus componentes, os seus acompanhantes, o seu séquito, a sua trupe.
Encurvados, prestem atenção! Pastores, párocos, missionários, psicólogos, pais e mães, avôs e avós -- todos -- prestem atenção. Os que estão internados em alguma clínica, os que estão encarcerados, os que estão no corredor da morte, os que estão no caminho do suicídio, os que estão no confessionário, prestem todos muita atenção! O perdão dado por Deus, o perfeito perdão, o perdão completo, o perdão proporcionado pela graça e tornado possível por causa da Sexta-feira Santa, torna-nos:
Livres da culpa -- a culpa some, a culpa vai embora, a culpa afoga-se no fundo do oceano (Mq 7.19).
Livres do remorso -- aquela dor no íntimo, aquela inquietação da consciência culpada, aquele remordimento constante some, vai embora, afoga-se no fundo do oceano.
Livres da vergonha -- aquele rosto corado de vergonha, aquele rosto ruborizado, aquela marca de Caim some, vai embora, afoga-se no fundo do oceano.
Livres da lembrança -- aquela triste história, aquele capítulo da vida, aquele horrível episódio some, vai embora, afoga-se no fundo do oceano.
A graça de Deus é perfeita, é completa, é curativa. Deus não faz nada pela metade. O perdão cura tudo, não apenas parte, não apenas a metade, não apenas 99% do trauma. Imaginemos se Pedro ficasse livre apenas da culpa, e continuasse por toda a vida com o remorso, a vergonha e a lembrança daquele fracasso da tríplice negação!
Essa pastoral está firmada na promessa de Deus a Jerusalém até então coberta de vileza:
“Não tenha medo, pois não provarás mais vergonha, não te sintas mais ultrajada, pois não precisarás enrubescer, esquecerás a vergonha de tua adolescência, a chacota sobre a tua viuvez, não te lembrarás mais dela!” (Is 54.4, TEB).
Nota:
Artigo publicado originalmente na revista Ultimato 360, seção Abertura.
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O clamor dos clamores é pedir perdão!
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