Opinião
- 12 de julho de 2018
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O resgate: uma alegoria sobre a vida cristã e os meninos tailandeses
Por Rute Salviano Almeida
As imagens do resgate dos adolescentes e seu treinador na Tailândia ocuparam as manchetes nos últimos dias e todos ficaram muito felizes com o bem-sucedido resgate. Os vídeos divulgados pela Internet levam a uma interessante reflexão e até mesmo a uma alegoria com o maior dos resgates já feito, quando Jesus Cristo derramou seu sangue pelos pecadores na cruz, o que nos garantiu vida nos céus.
As pessoas estão vivendo neste mundo em busca de aventuras, diversões e algo mais que lhes afaste o tédio e as preocupações e, para obter isso, envolvem-se em situações perigosas.
O início de tudo
"... Essa não era a primeira vez que eles entravam na caverna para se proteger de uma chuva após um treino do time Moo Pa (ou Wild Boars) perto dali. Naquele 23 de junho, porém, a tempestade se intensificou e as águas subiram muito rapidamente, forçando o grupo a entrar em uma área cada vez mais profunda. Surpreendidos pela inundação da rede subterrânea, eles se viram presos e sem ter como voltar por onde entraram."
Muitas vezes o cristão é tentado, sucumbe à tentação, e acaba por gostar do sentimento que ela provoca: um tipo de desafio, algo proibido, o suspense, a expectativa... E volta novamente... E já não é a primeira vez, mas pode ser a vez fatal.
O local do perigo
"... A entrada da caverna Tham Luang é grande, espaçosa. Mas, avançando algumas centenas de metros, sua passagem se torna complexa e estreita, cheia de ramificações. Há câmaras no caminho, e muitas delas acumulam água até mesmo em períodos secos. Quando chove muito, as galerias ficam cheias e transbordam. A caverna tem 10 km de percurso conhecido e a profundidade também chama atenção. Estima-se que o local onde estão os garotos tem entre 800 metros e 1 km de profundidade."
“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e são muitos os que entram por ela; pois a porta é estreita, e o caminho que conduz à vida, apertado, e são poucos os que a encontram” (Mt 7.13-14).
Nesse caminhar aqui na terra passamos por lugares amplos, mas que levam a espaços apertados e perigosos. A aparência agrada, mas a realidade é outra. Pode ser algo com um apelo interessante, porém, qual será o objetivo? Precisamos refletir ao tomar qualquer decisão, colocando-a sempre em submissão à vontade de Deus: “porque o coração do homem planeja seus caminhos, mas o Senhor lhe dirige os passos” (Pv 16.9).
A rocha segura
"... Eles foram encontrados por mergulhadores na segunda-feira, agrupados sobre uma rocha, tentando escapar de uma inundação que ainda traz riscos. Nesta terça, sete mergulhadores, incluindo um médico e um enfermeiro, foram ao encontro deles para checar seu estado de saúde, alimentá-los e mantê-los entretidos."
"Quando se está preso em uma caverna, você quer buscar o ponto mais alto do local (para se proteger)". Anmar Mirza
Os cristãos sabem que não há lugar seguro e nenhuma paz para a alma senão na comunhão com Deus (1Sm 2.2). Entre muitas rochas falsas que existem, Jesus Cristo é a nossa rocha verdadeira. Ele nos tirou de um lugar escorregadio, de um charco de lodo; e pôs os nossos pés sobre uma rocha, firmou os nossos passos; e pôs um novo cântico na nossa boca, um hino ao nosso Deus (Sl 40.1-3).
O habitat
"... Podia se contemplar os peixes nadando enquanto os mergulhadores resgatavam os perdidos. Eles estavam em seu habitat natural, tranquilos e confortáveis. Mas, aqueles que ficaram presos naquela caverna passavam por medo, insegurança e temiam por suas vidas."
Existem pessoas que não se consideram “cidadãos dos céus” e vivem confortavelmente aqui nesta terra, acham tudo muito natural e agradável. Enquanto acontecem calamidades, enquanto pessoas morrem e vão passar a eternidade no inferno, elas estão acomodados e coadunadas com a filosofia pós-moderna: Tudo é relativo, hoje é assim mesmo, isso não é pecado para mim e seguem sem se importar com o destino de suas almas.
O resgate
"... O caminho de seis horas, tortuoso, tem água muito lamacenta e sem visibilidade. Um dos mergulhadores chegou a comparar a experiência a “mergulhar em café”. Os meninos e o técnico foram guiados por mergulhadores com uma corda e usaram máscaras faciais, os cilindros de oxigênio foram carregados pelos mergulhadores. Como parte da água foi drenada, conseguiram caminhar parte do percurso."
Foi bem difícil o resgate, muitas pessoas envolvidas, um mergulhador morreu, as famílias dos adolescentes vigiavam e tantos outros se postaram à entrada da caverna. O nosso resgate espiritual também foi difícil e foi pago um alto preço por ele. Nosso resgate custou a vida de Jesus Cristo.
Alguns anseiam por esta salvação e a aceitam, desejam ir para sua pátria celestial, livres dos perigos terrenos. Outros não creem em Cristo e vivem como se a alma não fosse eterna e tudo que eles têm é seu deus, o ventre (Fp 3.19).
E você, é um cidadão do céu (Fp 3.20)? E anseia ir para casa? Anseia encontrar-se com Cristo, seu resgatador, ou prefere viver adaptado a uma caverna espiritual, envolvido por trevas e perigos para sua alma?
Leia mais
» Século I - O Resgate
As imagens do resgate dos adolescentes e seu treinador na Tailândia ocuparam as manchetes nos últimos dias e todos ficaram muito felizes com o bem-sucedido resgate. Os vídeos divulgados pela Internet levam a uma interessante reflexão e até mesmo a uma alegoria com o maior dos resgates já feito, quando Jesus Cristo derramou seu sangue pelos pecadores na cruz, o que nos garantiu vida nos céus.
As pessoas estão vivendo neste mundo em busca de aventuras, diversões e algo mais que lhes afaste o tédio e as preocupações e, para obter isso, envolvem-se em situações perigosas.
O início de tudo
"... Essa não era a primeira vez que eles entravam na caverna para se proteger de uma chuva após um treino do time Moo Pa (ou Wild Boars) perto dali. Naquele 23 de junho, porém, a tempestade se intensificou e as águas subiram muito rapidamente, forçando o grupo a entrar em uma área cada vez mais profunda. Surpreendidos pela inundação da rede subterrânea, eles se viram presos e sem ter como voltar por onde entraram."
Muitas vezes o cristão é tentado, sucumbe à tentação, e acaba por gostar do sentimento que ela provoca: um tipo de desafio, algo proibido, o suspense, a expectativa... E volta novamente... E já não é a primeira vez, mas pode ser a vez fatal.
O local do perigo
"... A entrada da caverna Tham Luang é grande, espaçosa. Mas, avançando algumas centenas de metros, sua passagem se torna complexa e estreita, cheia de ramificações. Há câmaras no caminho, e muitas delas acumulam água até mesmo em períodos secos. Quando chove muito, as galerias ficam cheias e transbordam. A caverna tem 10 km de percurso conhecido e a profundidade também chama atenção. Estima-se que o local onde estão os garotos tem entre 800 metros e 1 km de profundidade."
“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e são muitos os que entram por ela; pois a porta é estreita, e o caminho que conduz à vida, apertado, e são poucos os que a encontram” (Mt 7.13-14).
Nesse caminhar aqui na terra passamos por lugares amplos, mas que levam a espaços apertados e perigosos. A aparência agrada, mas a realidade é outra. Pode ser algo com um apelo interessante, porém, qual será o objetivo? Precisamos refletir ao tomar qualquer decisão, colocando-a sempre em submissão à vontade de Deus: “porque o coração do homem planeja seus caminhos, mas o Senhor lhe dirige os passos” (Pv 16.9).
A rocha segura
"... Eles foram encontrados por mergulhadores na segunda-feira, agrupados sobre uma rocha, tentando escapar de uma inundação que ainda traz riscos. Nesta terça, sete mergulhadores, incluindo um médico e um enfermeiro, foram ao encontro deles para checar seu estado de saúde, alimentá-los e mantê-los entretidos."
"Quando se está preso em uma caverna, você quer buscar o ponto mais alto do local (para se proteger)". Anmar Mirza
Os cristãos sabem que não há lugar seguro e nenhuma paz para a alma senão na comunhão com Deus (1Sm 2.2). Entre muitas rochas falsas que existem, Jesus Cristo é a nossa rocha verdadeira. Ele nos tirou de um lugar escorregadio, de um charco de lodo; e pôs os nossos pés sobre uma rocha, firmou os nossos passos; e pôs um novo cântico na nossa boca, um hino ao nosso Deus (Sl 40.1-3).
O habitat
"... Podia se contemplar os peixes nadando enquanto os mergulhadores resgatavam os perdidos. Eles estavam em seu habitat natural, tranquilos e confortáveis. Mas, aqueles que ficaram presos naquela caverna passavam por medo, insegurança e temiam por suas vidas."
Existem pessoas que não se consideram “cidadãos dos céus” e vivem confortavelmente aqui nesta terra, acham tudo muito natural e agradável. Enquanto acontecem calamidades, enquanto pessoas morrem e vão passar a eternidade no inferno, elas estão acomodados e coadunadas com a filosofia pós-moderna: Tudo é relativo, hoje é assim mesmo, isso não é pecado para mim e seguem sem se importar com o destino de suas almas.
O resgate
"... O caminho de seis horas, tortuoso, tem água muito lamacenta e sem visibilidade. Um dos mergulhadores chegou a comparar a experiência a “mergulhar em café”. Os meninos e o técnico foram guiados por mergulhadores com uma corda e usaram máscaras faciais, os cilindros de oxigênio foram carregados pelos mergulhadores. Como parte da água foi drenada, conseguiram caminhar parte do percurso."
Foi bem difícil o resgate, muitas pessoas envolvidas, um mergulhador morreu, as famílias dos adolescentes vigiavam e tantos outros se postaram à entrada da caverna. O nosso resgate espiritual também foi difícil e foi pago um alto preço por ele. Nosso resgate custou a vida de Jesus Cristo.
Alguns anseiam por esta salvação e a aceitam, desejam ir para sua pátria celestial, livres dos perigos terrenos. Outros não creem em Cristo e vivem como se a alma não fosse eterna e tudo que eles têm é seu deus, o ventre (Fp 3.19).
E você, é um cidadão do céu (Fp 3.20)? E anseia ir para casa? Anseia encontrar-se com Cristo, seu resgatador, ou prefere viver adaptado a uma caverna espiritual, envolvido por trevas e perigos para sua alma?
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Mestre em teologia e pós-graduada em história do cristianismo, é autora de Vozes Femininas nos Avivamentos (Ultimato), além de Vozes Femininas no Início do Cristianismo, Uma Voz Feminina Calada pela Inquisição, Uma Voz Feminina na Reforma e Vozes Femininas no Início do Protestantismo Brasileiro (Prêmio Areté 2015).
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