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- 28 de dezembro de 2022
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O que você precisa perder para ganhar a Cristo?
Por Aline Lopes de Aquino
Cresci sabendo da existência de Deus. Conhecia as histórias bíblicas mais famosas e cria nele. A partir dos oito anos passei a frequentar a igreja com mais regularidade. Aos 12, fiz a profissão de fé e batizei, mas devido às circunstâncias, nunca tive uma vida muito ativa na igreja ou na comunidade.
Sempre senti a minha consciência ora me defendendo ora me acusando, como Paulo fala em Romanos. Entretanto, eu não tinha um relacionamento muito próximo com Deus, apesar de sempre ter ansiado por ser sua amiga e desfrutar de íntima comunhão com ele. Lembro de no final da minha adolescência orar algo do tipo: “Senhor se eu falar que te amo, estarei mentindo. Gosto de Ti, mas não chega a ser amor, aquele profundo e real. Ajuda-me a te amar verdadeiramente”.
Aos 17 anos me mudei para Viçosa, MG, para cursar Ciências Econômicas e passei a frequentar a Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV). Continuava querendo me aproximar mais de Deus, mas parece que não fazia nada para alterar essa realidade. Achava que precisava mudar algumas coisas na minha vida, para só então poder me aproximar mais de Deus. Não me considerava digna de estar em Sua presença.
Conforme o tempo passava e eu continuava falhando miseravelmente, resolvi tentar outro caminho. Movida pelo Espírito, tomei a decisão de que no ano seguinte as coisas seriam diferentes. Passei a me envolver mais nas atividades da igreja, ia em todos os estudos bíblicos que podia e participei de um discipulado de quatro encontros ao longo do ano, chamado “No Cenáculo”. Além disso, me comprometi com a leitura bíblica e, pela primeira vez, li a Bíblia toda.
Busquei a Deus na situação em que me encontrava, mesmo sem me considerar digna. Pois, se continuasse esperando que as minhas próprias forças mudassem algo, ainda estaria ali, morta em meus pecados. Só então entendi que até para buscar a Deus, eu dependia e dependo dele. Somente Jesus poderia transformar todo o meu ser. Ele é o único Caminho. E foi ele que veio ao meu encontro. Assim, à medida que Deus se revelava a mim, através de Sua Palavra, e quanto mais comunhão experimentava com o corpo de Cristo, mais próxima de Deus me sentia.
Finalmente o meu relacionamento com Deus estava crescendo, e agora a minha oração não era só para amá-lo verdadeiramente, mas para amá-lo acima de todas as coisas. Então, mais uma vez o Espírito passou a me incomodar, ele me dizia que ainda não havia entregue tudo em suas mãos, e só assim a minha oração poderia se cumprir. Um dia entreguei, na confiança de Jeremias 29:11. Confesso que não foi nada fácil. Certo dia, enquanto chorava debaixo do chuveiro, aprendi a rasgar o meu coração diante de Deus, a falar abertamente tudo o que sentia, como com um amigo que posso desabafar qualquer coisa. E ele me respondia “a minha graça te basta”. Através de minhas fraquezas que o poder de Deus foi e tem sido aperfeiçoado (2Co 12.9).
Ao entregar tudo em suas mãos, Deus pegou as minhas malezas e tem feito infinitamente mais do que tudo o que eu podia pedir ou imaginar. A alegria de pertencer a Cristo invadiu todo o meu ser e tem transformado toda a minha vida. Foi um processo longo, trabalhoso e que ainda não acabou. Mas é através desse processo que o meu amor por ele só cresce. Quanto mais eu compreendo a grandeza do amor de Deus por toda a sua criação, mais eu O amo. Aquele que é o perfeito amor, me amou e por isso posso amá-lo.
REVISTA ULTIMATO | A BÍBLIA NÃO ERRA. OS LEITORES, NEM TANTO.
Saiba mais:
» Verdadeiros Cientistas, Fé Verdadeira
» O Discipulado na Igreja Local
» Como Ser Cristão
Cresci sabendo da existência de Deus. Conhecia as histórias bíblicas mais famosas e cria nele. A partir dos oito anos passei a frequentar a igreja com mais regularidade. Aos 12, fiz a profissão de fé e batizei, mas devido às circunstâncias, nunca tive uma vida muito ativa na igreja ou na comunidade.
Sempre senti a minha consciência ora me defendendo ora me acusando, como Paulo fala em Romanos. Entretanto, eu não tinha um relacionamento muito próximo com Deus, apesar de sempre ter ansiado por ser sua amiga e desfrutar de íntima comunhão com ele. Lembro de no final da minha adolescência orar algo do tipo: “Senhor se eu falar que te amo, estarei mentindo. Gosto de Ti, mas não chega a ser amor, aquele profundo e real. Ajuda-me a te amar verdadeiramente”.
Aos 17 anos me mudei para Viçosa, MG, para cursar Ciências Econômicas e passei a frequentar a Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV). Continuava querendo me aproximar mais de Deus, mas parece que não fazia nada para alterar essa realidade. Achava que precisava mudar algumas coisas na minha vida, para só então poder me aproximar mais de Deus. Não me considerava digna de estar em Sua presença.
Conforme o tempo passava e eu continuava falhando miseravelmente, resolvi tentar outro caminho. Movida pelo Espírito, tomei a decisão de que no ano seguinte as coisas seriam diferentes. Passei a me envolver mais nas atividades da igreja, ia em todos os estudos bíblicos que podia e participei de um discipulado de quatro encontros ao longo do ano, chamado “No Cenáculo”. Além disso, me comprometi com a leitura bíblica e, pela primeira vez, li a Bíblia toda.
Busquei a Deus na situação em que me encontrava, mesmo sem me considerar digna. Pois, se continuasse esperando que as minhas próprias forças mudassem algo, ainda estaria ali, morta em meus pecados. Só então entendi que até para buscar a Deus, eu dependia e dependo dele. Somente Jesus poderia transformar todo o meu ser. Ele é o único Caminho. E foi ele que veio ao meu encontro. Assim, à medida que Deus se revelava a mim, através de Sua Palavra, e quanto mais comunhão experimentava com o corpo de Cristo, mais próxima de Deus me sentia.
Finalmente o meu relacionamento com Deus estava crescendo, e agora a minha oração não era só para amá-lo verdadeiramente, mas para amá-lo acima de todas as coisas. Então, mais uma vez o Espírito passou a me incomodar, ele me dizia que ainda não havia entregue tudo em suas mãos, e só assim a minha oração poderia se cumprir. Um dia entreguei, na confiança de Jeremias 29:11. Confesso que não foi nada fácil. Certo dia, enquanto chorava debaixo do chuveiro, aprendi a rasgar o meu coração diante de Deus, a falar abertamente tudo o que sentia, como com um amigo que posso desabafar qualquer coisa. E ele me respondia “a minha graça te basta”. Através de minhas fraquezas que o poder de Deus foi e tem sido aperfeiçoado (2Co 12.9).
Ao entregar tudo em suas mãos, Deus pegou as minhas malezas e tem feito infinitamente mais do que tudo o que eu podia pedir ou imaginar. A alegria de pertencer a Cristo invadiu todo o meu ser e tem transformado toda a minha vida. Foi um processo longo, trabalhoso e que ainda não acabou. Mas é através desse processo que o meu amor por ele só cresce. Quanto mais eu compreendo a grandeza do amor de Deus por toda a sua criação, mais eu O amo. Aquele que é o perfeito amor, me amou e por isso posso amá-lo.
- Aline Lopes de Aquino, serva de Cristo, membro da Igreja Presbiteriana de Viçosa, cursou o Programa de Formação Missionária no Centro Evangélico de Missões e possui mestrado em economia pela Universidade Federal de Viçosa. Atualmente trabalha como auxiliar administrativo financeiro na Editora Ultimato. Ama observar a natureza e praticar atividades físicas.
REVISTA ULTIMATO | A BÍBLIA NÃO ERRA. OS LEITORES, NEM TANTO.
O Ano-Novo é sempre uma oportunidade de renovação de votos. E não há voto mais importante e definidor para 2023 do que o propósito de se expor regularmente à Palavra de Deus, por meio da leitura das Escrituras. A Bíblia deve ocupar lugar central em nossa vida e na vida da igreja. A matéria de capa desta edição não só incentiva o leitor à leitura regular da Bíblia, mas também o encoraja a aceitar o desafio de olhar reverentemente para as Escrituras como “um diário de Deus”, a partir da “chave” do amor.
É disso que trata a edição 399 da Revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
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