Opinião
- 03 de junho de 2015
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“O que será deste menino?”
“O que será este menino?” foi a indagação feita pelos vizinhos, ao saberem que Zacarias e Isabel, idosos e inférteis, teriam um filho. No caso de João Batista a resposta a esta pergunta é conhecida: “Ele será um grande homem!”, disse o anjo. E esta também foi a resposta que Zacarias repetiu em seu cântico. Trinta anos depois, o próprio Jesus declarou: “Ele é o maior entre os nascidos de mulher”.
Joquebede, a mãe de Moisés, deve ter se perguntado: “Meu filho sobreviverá à sentença de morte? Alguém encontrará este cestinho? Adotado pela filha de Faraó, vivendo no palácio, manterá ele a sua identidade?”.
Ao ser expulsa de sua casa, Hagar pergunta a Abraão: “o que será de mim e desta criança?” Quando ela e o menino estavam no deserto sem comida e sem água, as esperanças esgotam-se. Hagar desiste de perguntar e entrega o filho à morte, virando-se de costas para evitar a dor de vê-lo em agonia. O menino chora, Deus ouve o seu choro, intervém e o salva.
Não há mãe ou pai que não tenham expressado o anseio contido nesta pergunta: “O que será desta menina, o que será deste menino?” Nossos avós fizeram isto a respeito de nossos pais, e nossos pais a respeito de nós, e nós a respeito dos nossos filhos.
A pergunta “O que será deste menino?” nada tem a ver com “inutilidade da infância”. Embora aponte para o futuro, ela é feita com os olhos e mãos voltados para o agora. Quem pergunta sabe que a criança será amanhã uma continuidade do que ela é hoje. A pergunta é retórica. Na verdade, ela é muito mais uma torcida, uma expressão de expectativas. É feita por pessoas que sabem que as crianças têm valor e que nascem para terem um futuro. Pessoas que não se contentam que as crianças sejam menos que aquilo para o que foram concebidas e que não aceitam previsões fatalistas.
Não se trata de uma torcida, apenas. É uma provisão de “cercas de proteção”, incentivos, ensino, cuidados, promoção; não sem preocupações, entrega, luta, angústia, alegria, alívio, e, acima de tudo, intercessão. Oramos por estas crianças expressando as nossas mais santas e nobres expectativas, e contando que Deus vai guiá-las para que sejam, de fato, quem devem ser.
Parentes chegados fazem esta pergunta por causa dos laços de sangue e de amizade. Espontânea e naturalmente. A eles lhes cabe este papel. Mas há outros grupos de pessoas que fazem esta mesma pergunta com sinceridade e intensidade, a despeito de não estarem ligados à referida criança por laços de sangue ou vizinhança. É o caso das “mães e pais de oração”, mães e pais sociais, de educadores, de professores das escolas e das igrejas, de agentes sociais, de padrinhos religiosos e de apoio financeiro, dos intercessores, dos amigos. São pessoas que resolveram amar os filhos de outros, que ousaram perguntar “O que será de todos estes meninos e meninas?”.
A Igreja também é chamada a fazer esta pergunta. As crianças são o elo mais vulnerável na sociedade; Jesus as indicou como modelo, nos advertiu sobre a gravidade de fazê-las tropeçar e as abençoou. Devemos orar mais. Não somente pelas “nossas” crianças, mas pelas que estão fora do ambiente da igreja. Devemos orar com confiança ao Pai dos órfãos, aquele que dá um lar aos solitários (Sl 68.5.6).
E somos convocados a orar pelas crianças, de forma especial, nesta quinta (até domingo), participando da vigésima edição do Mutirão Mundial de Oração por Crianças em Vulnerabilidade Social.
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Ariovaldo Ramos também vai orar pelas crianças!
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Foto: freeimages.com/photo/1067157
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Não há mãe ou pai que não tenham expressado o anseio contido nesta pergunta: “O que será desta menina, o que será deste menino?” Nossos avós fizeram isto a respeito de nossos pais, e nossos pais a respeito de nós, e nós a respeito dos nossos filhos.
A pergunta “O que será deste menino?” nada tem a ver com “inutilidade da infância”. Embora aponte para o futuro, ela é feita com os olhos e mãos voltados para o agora. Quem pergunta sabe que a criança será amanhã uma continuidade do que ela é hoje. A pergunta é retórica. Na verdade, ela é muito mais uma torcida, uma expressão de expectativas. É feita por pessoas que sabem que as crianças têm valor e que nascem para terem um futuro. Pessoas que não se contentam que as crianças sejam menos que aquilo para o que foram concebidas e que não aceitam previsões fatalistas.
Não se trata de uma torcida, apenas. É uma provisão de “cercas de proteção”, incentivos, ensino, cuidados, promoção; não sem preocupações, entrega, luta, angústia, alegria, alívio, e, acima de tudo, intercessão. Oramos por estas crianças expressando as nossas mais santas e nobres expectativas, e contando que Deus vai guiá-las para que sejam, de fato, quem devem ser.
Parentes chegados fazem esta pergunta por causa dos laços de sangue e de amizade. Espontânea e naturalmente. A eles lhes cabe este papel. Mas há outros grupos de pessoas que fazem esta mesma pergunta com sinceridade e intensidade, a despeito de não estarem ligados à referida criança por laços de sangue ou vizinhança. É o caso das “mães e pais de oração”, mães e pais sociais, de educadores, de professores das escolas e das igrejas, de agentes sociais, de padrinhos religiosos e de apoio financeiro, dos intercessores, dos amigos. São pessoas que resolveram amar os filhos de outros, que ousaram perguntar “O que será de todos estes meninos e meninas?”.
A Igreja também é chamada a fazer esta pergunta. As crianças são o elo mais vulnerável na sociedade; Jesus as indicou como modelo, nos advertiu sobre a gravidade de fazê-las tropeçar e as abençoou. Devemos orar mais. Não somente pelas “nossas” crianças, mas pelas que estão fora do ambiente da igreja. Devemos orar com confiança ao Pai dos órfãos, aquele que dá um lar aos solitários (Sl 68.5.6).
E somos convocados a orar pelas crianças, de forma especial, nesta quinta (até domingo), participando da vigésima edição do Mutirão Mundial de Oração por Crianças em Vulnerabilidade Social.
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