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- 21 de novembro de 2016
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O que não fazer no diálogo entre fé e ciência
O diálogo entre fé e ciência é um tópico cada vez mais presente no ambiente cristão, e muito vem sendo dito sobre qual deve ser a postura de quem deseja se engajar nesse campo. Capacitação é um dos pontos mais essenciais, e os livros da série Ciência e Fé Cristã são boas pedidas nesse sentido. Mas o que não fazer? Quais são os erros que devem ser evitados por cristãos que querem estabelecer uma conversa sincera com a ciência?
Ultimato esteve presente na I Conferência Nacional de Cristãos na Ciência, promovida pela ABC2 (Associação Brasileira de Cristãos na Ciência), e ouviu Guilherme de Carvalho, diretor de conteúdo da iniciativa, sobre quais são os passos que cristãos não devem dar nesse caminho. Aqui estão os três pontos principais, elencados por Guilherme:
1 - Não faça sozinho
O empreendimento intelectual na academia, e a ciência moderna em particular, são feitos em comunidade. Existe o que chamamos de comunidade científica, e é ela que valia teorias, tradições de pesquisa e assim por diante. Temos então uma anomalia quando o cristão pensa que vai lidar individualmente com a ciência moderna e com a academia, que são empreendimentos comunitários. Não há como pensar e responder às questões desse campo sozinho. Assim como a atividade científica e acadêmica são comunitárias, a interação entre fé cristã e ciência também é. Não tente fazer isso sozinho, junte-se a outros cristãos. Para isso existem a ABC2 e outros projetos nos quais cristãos desenvolvem uma vida intelectual em conjunto. A igreja também é uma comunidade. Tentar fazer isso sozinho provavelmente vai te trazer problemas.
2 - Não ignore o passado
Especialmente no caso das ciências naturais, teorias antigas costumam ter um valor mais histórico. Temos exemplos de teorias que já foram abandonadas no passado. Geralmente, na comunidade científica, o olhar é para o futuro, mas mesmo nesse caso existe uma tradição. E também existe uma tradição no diálogo entre fé e ciência. A ideia de "o que as pessoas pensaram antes de mim?" é muito importante. O cristianismo vem discutindo e dando respostas a questões desse diálogo há muito tempo. Santo Agostinho já trazia reflexões sobre como relacionar Escritura e ciência, por exemplo. É muita pretensão pensar que vamos conseguir dar respostas nesse campo sem o conhecimento e o apoio da tradição anterior a nós.
3 - Não relativize sua fé
Na primeira carta de Pedro, temos a recomendação de santificar a Cristo como Senhor em nossos corações, estando sempre prontos para apresentar a razão da nossa fé. Santificar a Cristo como Senhor tem o sentido de separar e consagrar. No processo de pensar em como apresentar sua fé, a centralidade de Cristo em nossas vidas precisa estar bem estabelecida. Vamos dialogar, mas não vamos negociar Deus. Não podemos entrar em um diálogo intelectual, como esse entre fé e ciência, relativizando nossa fé. Não relativize sua fé em busca de aceitação acadêmica.
Foto: Jesse Orrico/Unsplash
Ultimato esteve presente na I Conferência Nacional de Cristãos na Ciência, promovida pela ABC2 (Associação Brasileira de Cristãos na Ciência), e ouviu Guilherme de Carvalho, diretor de conteúdo da iniciativa, sobre quais são os passos que cristãos não devem dar nesse caminho. Aqui estão os três pontos principais, elencados por Guilherme:
1 - Não faça sozinho
O empreendimento intelectual na academia, e a ciência moderna em particular, são feitos em comunidade. Existe o que chamamos de comunidade científica, e é ela que valia teorias, tradições de pesquisa e assim por diante. Temos então uma anomalia quando o cristão pensa que vai lidar individualmente com a ciência moderna e com a academia, que são empreendimentos comunitários. Não há como pensar e responder às questões desse campo sozinho. Assim como a atividade científica e acadêmica são comunitárias, a interação entre fé cristã e ciência também é. Não tente fazer isso sozinho, junte-se a outros cristãos. Para isso existem a ABC2 e outros projetos nos quais cristãos desenvolvem uma vida intelectual em conjunto. A igreja também é uma comunidade. Tentar fazer isso sozinho provavelmente vai te trazer problemas.
2 - Não ignore o passado
Especialmente no caso das ciências naturais, teorias antigas costumam ter um valor mais histórico. Temos exemplos de teorias que já foram abandonadas no passado. Geralmente, na comunidade científica, o olhar é para o futuro, mas mesmo nesse caso existe uma tradição. E também existe uma tradição no diálogo entre fé e ciência. A ideia de "o que as pessoas pensaram antes de mim?" é muito importante. O cristianismo vem discutindo e dando respostas a questões desse diálogo há muito tempo. Santo Agostinho já trazia reflexões sobre como relacionar Escritura e ciência, por exemplo. É muita pretensão pensar que vamos conseguir dar respostas nesse campo sem o conhecimento e o apoio da tradição anterior a nós.
3 - Não relativize sua fé
Na primeira carta de Pedro, temos a recomendação de santificar a Cristo como Senhor em nossos corações, estando sempre prontos para apresentar a razão da nossa fé. Santificar a Cristo como Senhor tem o sentido de separar e consagrar. No processo de pensar em como apresentar sua fé, a centralidade de Cristo em nossas vidas precisa estar bem estabelecida. Vamos dialogar, mas não vamos negociar Deus. Não podemos entrar em um diálogo intelectual, como esse entre fé e ciência, relativizando nossa fé. Não relativize sua fé em busca de aceitação acadêmica.
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