Opinião
- 29 de agosto de 2016
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O que Lewis, Cervantes e Lobato têm em comum?
Recentemente tive o privilégio de lançar dois livros. Um é resultado de uma reivindicação de vários leitores e estudiosos de Lewis, que reclamavam do esgotamento do livro Antropologia Filosófica de C.S. Lewis, que foi a tradução para o grande público de minha tese de doutoramento sobre O leão, a feiticeira e o guarda-roupa de C.S. Lewis, uma das sete Crônicas de Nárnia. Nele, faço algumas reflexões em cima da obra, de cunho filosófico, mais precisamente, da filosofia da educação, e de cunho teológico. Logo de início, chamo a crônica de parábola, e também a comparo ao conto de fadas. Ao final, traço um paralelo entre a crônica e a Bíblia. Mas sempre frisando que essa é apenas uma interpretação possível e que o importante, na verdade, é a ética por trás da história, ou seja, os valores universalmente válidos, que ela veicula.
Tudo isso eu resolvi chamar de “antropologia filosófica”, já que a ênfase é o ser humano e temas relacionados a ele, como a razão, a realidade, a redenção e a imaginação.
Como a editora não pretendia partir para uma segunda edição, outra editora sugeriu que eu fizesse uma versão compacta da tese, que resultou em Pedagogia Cristã na Obra de C.S. Lewis, mas que logo também se esgotou.
Por isso é que eu fiz uma boa revisão e acrescentei mais alguns insights, que resultaram no atual O leão, a feiticeira e o guarda-roupa e a Bíblia.
Já o outro livro cujo título é A imaginação ética de Dom Quixote das Crianças, parece não ter muito a ver com o outro livro, mas tem. Fiquei insatisfeita por me mover apenas no âmbito da literatura britânica (acabei fazendo estudos também sobre J.R.R. Tolkien, que foi amigo de C.S. Lewis e com o qual ele compartilhava várias visões sobre a literatura e a imaginação). Resolvi, assim, investigar também a literatura brasileira, à procura de alguém que tivesse explorado a imaginação e seu poder de veiculação de valores universais de forma similar a Lewis.
CONTINUE LENDO NO TEXTO NO BLOG C.S.LEWIS
Tudo isso eu resolvi chamar de “antropologia filosófica”, já que a ênfase é o ser humano e temas relacionados a ele, como a razão, a realidade, a redenção e a imaginação.
Como a editora não pretendia partir para uma segunda edição, outra editora sugeriu que eu fizesse uma versão compacta da tese, que resultou em Pedagogia Cristã na Obra de C.S. Lewis, mas que logo também se esgotou.
Por isso é que eu fiz uma boa revisão e acrescentei mais alguns insights, que resultaram no atual O leão, a feiticeira e o guarda-roupa e a Bíblia.
Já o outro livro cujo título é A imaginação ética de Dom Quixote das Crianças, parece não ter muito a ver com o outro livro, mas tem. Fiquei insatisfeita por me mover apenas no âmbito da literatura britânica (acabei fazendo estudos também sobre J.R.R. Tolkien, que foi amigo de C.S. Lewis e com o qual ele compartilhava várias visões sobre a literatura e a imaginação). Resolvi, assim, investigar também a literatura brasileira, à procura de alguém que tivesse explorado a imaginação e seu poder de veiculação de valores universais de forma similar a Lewis.
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É mestre e doutora em educação (USP) e doutora em estudos da tradução (UFSC). É autora de O Senhor dos Anéis: da fantasia à ética e tradutora de Um Ano com C.S. Lewis e Deus em Questão. Costuma se identificar como missionária no mundo acadêmico. É criadora e editora do site www.cslewis.com.br
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