Opinião
- 30 de janeiro de 2015
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O que fazer com os antigos pecados?
Os nossos pecados causam danos que não podem ser dimensionados. É impossível calcular os seus desdobramentos na nossa vida e na vida daqueles que nos cercam. Todos os erros têm um preço, consequências que se encadeiam e ampliam a grandeza dos danos causados. Assim como folhas secas espalhadas por grande ventania e quase impossível de serem juntadas novamente, assim são os efeitos dos nossos atos.
Quando dizemos que corrigimos os nossos erros, na verdade, apenas paramos de cometê-los ou conseguimos minorar seus efeitos mais imediatos. Por exemplo: se um criminoso mata um homem e se converte posteriormente, uma fonte de males foi bloqueada. No entanto, os efeitos do crime nos filhos, na esposa e nos seus amigos do falecido, serão incalculáveis. Vemos que é impossível para o homem pagar pelos seus erros. A cura de um mal espargido na história pelos atos de um homem só seria possível se a história fosse refeita sem a participação desse homem. Ou seja, o homem seria tirado da história como se nunca houvera existido. Isso não seria possível. Apenas o Senhor do tempo e da história tem a solução. Apenas Ele detém o poder de curar pecados em toda a sua extensão. Mas, mesmo assim, essa cura se condiciona a princípios estabelecidos de antemão por Ele mesmo.
O pagamento do crime teria de ser feito por alguém sem qualquer culpa. Jesus resgatou nossa dívida pela sua morte. Mas não parou aí. Ele mandou o Consolador. A ação do seu Espírito transcende as limitações temporais fazendo com que coisas terríveis (pecados do passado) ocupem outro papel na história (experiência para o futuro). Se, antes do perdão, o meu passado me atormentava e me depreciava ante os meus próprios olhos, agora ele deixa de ser meu dominador para ser apenas um exemplo da misericórdia de Deus.
Os nossos antigos pecados perdem seu poder escravizador e passam a adubar a nova vida como uma semente que, plantada na escuridão da lama lança galhos para a luz. Como a lama deixa de ser fonte de contaminação e passa a ser fonte de nutrientes, assim nossos pecados passados deixam de nos escravizar para nos servir de subsídios, adubando a nova vida que nasce.
Quando aceitamos o resgate, todo um processo de reconstrução entra em andamento. Nossos olhos passam a enxergar coisas que alteram completamente a visão que temos de nós mesmos, daquilo que nos cerca e do nosso Deus. Algo inverso ao que aconteceu com a mente de Adão começa a acontecer com a nossa.
Essa volta à imagem de Deus estará enriquecida com as experiências da queda. Com essa mente resgatada temos paz com Deus através de Jesus Cristo. Adquirimos novamente o posto de mordomos e, mais do que isso, de sacerdotes. Recebemos também o acompanhamento do Espírito que nos capacita a exercer tal função.
Não aceitemos, portanto, que nosso passado nos escravize. Com arrependimento e o perdão de Deus, podemos encarar a vida com alegria e esperança.
• José Miranda Filho foi presidente da ABUB (Aliança Bíblica Universitária do Brasil), ministério este ao qual ele está envolvido há mais de três décadas.
Leia também
Restauração de pessoas, da criação, da igreja, da história (Ultimato 348)
Quando vier o que é perfeito... (Ultimato 342)
Cristianismo Básico (John Stott)
Quando dizemos que corrigimos os nossos erros, na verdade, apenas paramos de cometê-los ou conseguimos minorar seus efeitos mais imediatos. Por exemplo: se um criminoso mata um homem e se converte posteriormente, uma fonte de males foi bloqueada. No entanto, os efeitos do crime nos filhos, na esposa e nos seus amigos do falecido, serão incalculáveis. Vemos que é impossível para o homem pagar pelos seus erros. A cura de um mal espargido na história pelos atos de um homem só seria possível se a história fosse refeita sem a participação desse homem. Ou seja, o homem seria tirado da história como se nunca houvera existido. Isso não seria possível. Apenas o Senhor do tempo e da história tem a solução. Apenas Ele detém o poder de curar pecados em toda a sua extensão. Mas, mesmo assim, essa cura se condiciona a princípios estabelecidos de antemão por Ele mesmo.
O pagamento do crime teria de ser feito por alguém sem qualquer culpa. Jesus resgatou nossa dívida pela sua morte. Mas não parou aí. Ele mandou o Consolador. A ação do seu Espírito transcende as limitações temporais fazendo com que coisas terríveis (pecados do passado) ocupem outro papel na história (experiência para o futuro). Se, antes do perdão, o meu passado me atormentava e me depreciava ante os meus próprios olhos, agora ele deixa de ser meu dominador para ser apenas um exemplo da misericórdia de Deus.
Os nossos antigos pecados perdem seu poder escravizador e passam a adubar a nova vida como uma semente que, plantada na escuridão da lama lança galhos para a luz. Como a lama deixa de ser fonte de contaminação e passa a ser fonte de nutrientes, assim nossos pecados passados deixam de nos escravizar para nos servir de subsídios, adubando a nova vida que nasce.
Quando aceitamos o resgate, todo um processo de reconstrução entra em andamento. Nossos olhos passam a enxergar coisas que alteram completamente a visão que temos de nós mesmos, daquilo que nos cerca e do nosso Deus. Algo inverso ao que aconteceu com a mente de Adão começa a acontecer com a nossa.
Essa volta à imagem de Deus estará enriquecida com as experiências da queda. Com essa mente resgatada temos paz com Deus através de Jesus Cristo. Adquirimos novamente o posto de mordomos e, mais do que isso, de sacerdotes. Recebemos também o acompanhamento do Espírito que nos capacita a exercer tal função.
Não aceitemos, portanto, que nosso passado nos escravize. Com arrependimento e o perdão de Deus, podemos encarar a vida com alegria e esperança.
• José Miranda Filho foi presidente da ABUB (Aliança Bíblica Universitária do Brasil), ministério este ao qual ele está envolvido há mais de três décadas.
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