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- 03 de novembro de 2008
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O que a felicidade não é
A idéia errônea do que seja a verdadeira felicidade pode vir a ser a principal causa da infelicidade. A pessoa mal informada buscará um estado de contentamento inexistente, quando não impossível. A influência da literatura ingênua e o apego à preguiça tornam muitas pessoas presas fáceis de uma felicidade que ninguém alcança. Convém, pois, apontar o que a felicidade não é, deixando claro, por eliminação, o que ela é.
A felicidade não tem ligação com a ausência de embaraços, dificuldades, imprevistos, oposição ou embates. Antes, a presença destas coisas exercita e valoriza a vida. Muitas vezes quebram a rotina e servem de degraus para posições mais altas.
A felicidade não depende de circunstâncias favoráveis. Se fosse circunstancial, ela sofreria duros golpes, deixando-nos, sem mais nem menos, na mão. Seria instável, transitória, incerta. A felicidade deve apoiar-se sobre base mais profunda, para não estar sujeita a fatores que nem sempre estão sob o controle humano.
A felicidade não é resultado da satisfação de todo desejo do coração. Os nossos desejos freqüentes são contraditórios e surgem de fontes opostas entre si. Qualquer pessoa descobre que a não satisfação de certos desejos, conquanto fortes e audaciosos, resulta em extraordinária felicidade. Há muito tempo, o rei Jorge V, morto em 1936, declarou que “o segredo da felicidade não está em se fazer aquilo que a gente gosta de fazer, e, sim, em aprender a gostar daquilo que se deve fazer”.
A felicidade não significa uma aceitação silenciosa e compulsória das dificuldades existentes, como se fossem determinadas por Deus. A resignação é virtude cristã e preciosa, mas não deve ser confundida com a indisposição para a luta nem com o medo, a covardia ou a falta de fé. Quando a Bíblia diz “que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28), ela não está sugerindo passividade, mas, antes, o aproveitamento de toda ocorrência, dada ou permitida por Deus, para benefício do verdadeiro cristão.
Na verdade, a felicidade está na comunhão perene do homem com Deus. Fora disso ela é efêmera e, para subsistir um pouco mais, precisa de recursos quase sempre escassos e de valor transitório.
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A felicidade não é resultado da satisfação de todo desejo do coração. Os nossos desejos freqüentes são contraditórios e surgem de fontes opostas entre si. Qualquer pessoa descobre que a não satisfação de certos desejos, conquanto fortes e audaciosos, resulta em extraordinária felicidade. Há muito tempo, o rei Jorge V, morto em 1936, declarou que “o segredo da felicidade não está em se fazer aquilo que a gente gosta de fazer, e, sim, em aprender a gostar daquilo que se deve fazer”.
A felicidade não significa uma aceitação silenciosa e compulsória das dificuldades existentes, como se fossem determinadas por Deus. A resignação é virtude cristã e preciosa, mas não deve ser confundida com a indisposição para a luta nem com o medo, a covardia ou a falta de fé. Quando a Bíblia diz “que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28), ela não está sugerindo passividade, mas, antes, o aproveitamento de toda ocorrência, dada ou permitida por Deus, para benefício do verdadeiro cristão.
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Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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