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O primeiro vira-casaca
Leia abaixo o texto de Abertura da revista Ultimato nº 332 (setembro-outubro/2011). Com ele, queremos estimular você a assinar e ler todo o conteúdo desta edição, já que este é um privilégio exclusivo dos assinantes. Boa leitura!
O primeiro vira-casaca do cristianismo
Dos sete diáconos eleitos pela igreja em Jerusalém pouco depois da descida do Espírito Santo, o primeiro chamava-se Estêvão e o último, Nicolau (At 6.5).
Estêvão morreu pouco depois da ordenação. Foi jogado fora da cidade e apedrejado impiedosamente. Lucas faz as melhores referências a ele: “um homem muito abençoado por Deus e cheio de poder”, um homem tão cheio de sabedoria que “ganhava todas as discussões”, um “homem que fazia grandes maravilhas e sinais entre o povo” (At 6.5-10).
Já Nicolau, segundo os patriarcas da igreja, teria negado a fé cristã e fundado uma seita herética conhecida como os nicolaítas, “um grupo de pessoas que eram provavelmente dadas à idolatria e à imoralidade”, como se pode ver nas cartas às igrejas de Éfeso (Ap 2.6) e Pérgamo (Ap 2.14-15).
Se os pais da igreja estão corretos, Nicolau de Antioquia era, com todo respeito, um vira-casaca religioso. Muitos escritores dos cinco primeiros séculos o acusam de ser o responsável pelo movimento herético e moralmente nocivo que surgiu na antiga Ásia Menor (hoje Turquia) em meados do primeiro século. Porque favoreciam a idolatria e a imoralidade, como o vidente Balaão (cujo nome aparece 66 vezes na Bíblia), os nicolaítas eram também chamados de seguidores de Balaão (Ap 2.15) ou “balaanitas” (em hebraico).
Nicolau deixou o paganismo e converteu-se ao judaísmo (At 6.5). Depois, abandonou o judaísmo e converteu-se ao cristianismo. Mais tarde, afastou-se do cristianismo e tornou-se herético (caso se possa confirmar a acusação que há contra ele). Mudou três vezes de credo. Entrou na igreja militante e dela se retirou. O mesmo aconteceu com Demas, o cooperador de Paulo (Fm 24), que abandonou o apóstolo e a fé por ter se apaixonado por este mundo (2Tm 4.10).
Porém, antes de acontecer com Nicolau e com Demas, aconteceu também com Judas Iscariotes, que foi mais do que diácono e missionário. Judas abandonou nada mais nada menos do que o ministério apostólico (At 1.25).
De acordo com a tese de João — Judas, Nicolau, Demas e muitos outros daquela época e de épocas posteriores — “saíram de nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco” (1Jo 2.19).
Leia mais
Refeições Diárias - no partir do pão e na oração
O primeiro vira-casaca do cristianismo
Dos sete diáconos eleitos pela igreja em Jerusalém pouco depois da descida do Espírito Santo, o primeiro chamava-se Estêvão e o último, Nicolau (At 6.5).
Estêvão morreu pouco depois da ordenação. Foi jogado fora da cidade e apedrejado impiedosamente. Lucas faz as melhores referências a ele: “um homem muito abençoado por Deus e cheio de poder”, um homem tão cheio de sabedoria que “ganhava todas as discussões”, um “homem que fazia grandes maravilhas e sinais entre o povo” (At 6.5-10).
Já Nicolau, segundo os patriarcas da igreja, teria negado a fé cristã e fundado uma seita herética conhecida como os nicolaítas, “um grupo de pessoas que eram provavelmente dadas à idolatria e à imoralidade”, como se pode ver nas cartas às igrejas de Éfeso (Ap 2.6) e Pérgamo (Ap 2.14-15).
Se os pais da igreja estão corretos, Nicolau de Antioquia era, com todo respeito, um vira-casaca religioso. Muitos escritores dos cinco primeiros séculos o acusam de ser o responsável pelo movimento herético e moralmente nocivo que surgiu na antiga Ásia Menor (hoje Turquia) em meados do primeiro século. Porque favoreciam a idolatria e a imoralidade, como o vidente Balaão (cujo nome aparece 66 vezes na Bíblia), os nicolaítas eram também chamados de seguidores de Balaão (Ap 2.15) ou “balaanitas” (em hebraico).
Nicolau deixou o paganismo e converteu-se ao judaísmo (At 6.5). Depois, abandonou o judaísmo e converteu-se ao cristianismo. Mais tarde, afastou-se do cristianismo e tornou-se herético (caso se possa confirmar a acusação que há contra ele). Mudou três vezes de credo. Entrou na igreja militante e dela se retirou. O mesmo aconteceu com Demas, o cooperador de Paulo (Fm 24), que abandonou o apóstolo e a fé por ter se apaixonado por este mundo (2Tm 4.10).
Porém, antes de acontecer com Nicolau e com Demas, aconteceu também com Judas Iscariotes, que foi mais do que diácono e missionário. Judas abandonou nada mais nada menos do que o ministério apostólico (At 1.25).
De acordo com a tese de João — Judas, Nicolau, Demas e muitos outros daquela época e de épocas posteriores — “saíram de nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco” (1Jo 2.19).
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