Prateleira
- 11 de março de 2009
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O perigo da ideia fixa
Casquete é a peça do uniforme que se coloca sobre a cabeça e o verbo encasquetar tanto significa cobrir com casquete a cabeça como colocar dentro dela alguma cousa. O Novo Dicionário Aurélio cita o seguinte exemplo: “Quando encasqueta determinada idéia, dela não abre mão”. Este último sentido aparece nas palavras de Jonadabe dirigidas a Davi, quando chegou a Jerusalém a notícia errada de que Absalão havia ferido a todos os filhos do rei: “Não meta na cabeça tal cousa, supondo que morreram todos os filhos do rei, porque só morreu Amnom” (2 Sm 13.33).
É preciso tomar muito cuidado com aquilo que a gente encasqueta. Porque podemos ser vítimas da má informação, da distorção, da mentira, da ilusão, do romantismo e até da insinuação malévola. Uma vez dentro da mente, estas cousas alteram a sensibilidade, provocam decisões nem sempre oportunas e acertadas, mexem com o comportamento e desgastam as energias.
Há diferença entre o pensamento que entra e sai e o pensamento que entra para ficar, para fazer ninho e chocar ovos. Aqueles não são importantes, não deixam marcas, não se proliferam. Mas os outros devem ser vigiados e peneirados, porque podem afetar a vida inteira. Por esta razão Paulo sugere o controle e filtragem dos pensamentos: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4.8).
Como se vê, a providência indicada não é deixar de encasquetar, mas encasquetar cousas certas, positivas, elevadas, nobres, sempre relacionadas com o reino de Deus. A experiência ensina que há idéias firmes e fulgurantes que foram sugeridas ou aprovadas pelo Senhor. Aliás, a maneira de Deus revelar a sua vontade a nós, muitas vezes, começa com uma idéia que vai se avolumando e tomando conta da pessoa. Os mais notáveis servos de Deus são homens encasquetados e que ouvem atrás de si as palavras: “Este é o caminho, andai por ele” (Is 30.21).
Leia o livro
• Simplesmente Cristão, N. T. Wright
É preciso tomar muito cuidado com aquilo que a gente encasqueta. Porque podemos ser vítimas da má informação, da distorção, da mentira, da ilusão, do romantismo e até da insinuação malévola. Uma vez dentro da mente, estas cousas alteram a sensibilidade, provocam decisões nem sempre oportunas e acertadas, mexem com o comportamento e desgastam as energias.
Há diferença entre o pensamento que entra e sai e o pensamento que entra para ficar, para fazer ninho e chocar ovos. Aqueles não são importantes, não deixam marcas, não se proliferam. Mas os outros devem ser vigiados e peneirados, porque podem afetar a vida inteira. Por esta razão Paulo sugere o controle e filtragem dos pensamentos: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4.8).
Como se vê, a providência indicada não é deixar de encasquetar, mas encasquetar cousas certas, positivas, elevadas, nobres, sempre relacionadas com o reino de Deus. A experiência ensina que há idéias firmes e fulgurantes que foram sugeridas ou aprovadas pelo Senhor. Aliás, a maneira de Deus revelar a sua vontade a nós, muitas vezes, começa com uma idéia que vai se avolumando e tomando conta da pessoa. Os mais notáveis servos de Deus são homens encasquetados e que ouvem atrás de si as palavras: “Este é o caminho, andai por ele” (Is 30.21).
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Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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