Por Escrito
- 28 de outubro de 2021
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O mais famoso hino da Reforma Protestante
A marselhesa da Reforma
Parceria Ultimato e Igreja Cristã Maranata
História dos hinos
Contando e Cantando – Volume 1
Por Henriqueta Rosa F. Braga
“Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”. Assim começa o salmo 46 cuja paráfrase por Lutero deu origem ao muito famoso “Coral da Reforma”, por ele mesmo posto em música de maneira magistral. O vigor, a profundidade e a nobreza de linha melódica têm maravilhado e inspirado numerosos compositores que a vem utilizando através dos séculos em várias produções e o levaram ao célebre poeta lírico alemão Henrique Heiner a denominá-lo a “Marselha da Reforma”.
João Sebastião Bach tomou-o como tema básico da sua cantata nº 80; Beethoven dele fez um cânos para vozes masculinas; Meyerbeer usou-o em sua ópera “Huguenots”; Mendelssohn utilizou-o em sua Sinfonia da Reforma e Wagner na célebre “Marcha do Imperador” que escreveu para comemorar o vitorioso regresso do Imperador Guilherme, após a Guerra Franco-Prussiana; Debussy apresentou-o no nº 3 de suas peças a dois pianos intituladas “Em preto e branco”. Isto para só citar as principais apropriações deste renomado Coral de Lutero.
Ao tempo da Reforma, “Castelo forte” divulgou-se rapidamente tornando-se hino nacional da Alemanha protestante. Insistentemente cantado por Lutero e seus companheiros, igualmente o foi nos lares, nas ruas e no campo, infundindo coragem aos fracos e incentivando os heróis a novas conquistas na tremenda luta em que se empenhavam. Ontem, como hoje, se mantém atual pelas profundas verdades que encerra e pela segurança que infunde ao crente em vibrantes versos como estes:
“Com seu poder defende os seus
em todo transe agudo”.
“E nada nos assustará
com Cristo por defesa”.
Sobre o momento exato em que foi escrito há controvérsia. Pensam alguns, entretanto, haja sido produzido no Castelo de Wartburgo no período em que ali esteve refugiado, o Reformador, quando também iniciou a tradução da Bíblia para o alemão. Trabalho com que se fixou esse idioma, tornando-se um dos seus monumentos, e que está para ele, como Os Lusíadas de Camões para a língua portuguesa.
Acha-se este coral traduzido para várias línguas, sendo que a tradução vernácula, da autoria do professor Eduardo Von Hafe que trabalhou no Porto, Portugal, data de 1886.
A marselhesa da Reforma
Castelo forte é nosso Deus, espada e bom escudo;
Com seu poder defende os seus em todo o transe agudo.
Com fúria pertinaz persegue Satanás,
Com ânimo cruel; astuto e mui rebel.
Igual não há na terra.
A força do homem nada faz, sozinho está perdido.
Mas nosso Deus socorro traz, em seu Filho escolhido.
Sabeis quem é? Jesus, o que venceu na cruz,
Senhor dos altos céus; e, sendo o próprio Deus
Triunfa na batalha.
Se nos quisessem devorar demônios não contados,
Não nos poderiam dominar, nem ver-nos assustados.
O príncipe do mal, com seu plano infernal,
Já condenado está; vencido cairá
Por uma só palavra.
De Deus o verbo ficará, sabemos com certeza
E nada nos perturbará, com Cristo por defesa.
Se temos de perder família, bens, prazer,
Se tudo se acabar e a morte nos chegar,
Com ele, reinaremos!
Amém
Parceria Ultimato e Igreja Cristã Maranata
História dos hinos
Contando e Cantando – Volume 1
Por Henriqueta Rosa F. Braga
“Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”. Assim começa o salmo 46 cuja paráfrase por Lutero deu origem ao muito famoso “Coral da Reforma”, por ele mesmo posto em música de maneira magistral. O vigor, a profundidade e a nobreza de linha melódica têm maravilhado e inspirado numerosos compositores que a vem utilizando através dos séculos em várias produções e o levaram ao célebre poeta lírico alemão Henrique Heiner a denominá-lo a “Marselha da Reforma”.
João Sebastião Bach tomou-o como tema básico da sua cantata nº 80; Beethoven dele fez um cânos para vozes masculinas; Meyerbeer usou-o em sua ópera “Huguenots”; Mendelssohn utilizou-o em sua Sinfonia da Reforma e Wagner na célebre “Marcha do Imperador” que escreveu para comemorar o vitorioso regresso do Imperador Guilherme, após a Guerra Franco-Prussiana; Debussy apresentou-o no nº 3 de suas peças a dois pianos intituladas “Em preto e branco”. Isto para só citar as principais apropriações deste renomado Coral de Lutero.
Ao tempo da Reforma, “Castelo forte” divulgou-se rapidamente tornando-se hino nacional da Alemanha protestante. Insistentemente cantado por Lutero e seus companheiros, igualmente o foi nos lares, nas ruas e no campo, infundindo coragem aos fracos e incentivando os heróis a novas conquistas na tremenda luta em que se empenhavam. Ontem, como hoje, se mantém atual pelas profundas verdades que encerra e pela segurança que infunde ao crente em vibrantes versos como estes:
“Com seu poder defende os seus
em todo transe agudo”.
“E nada nos assustará
com Cristo por defesa”.
Sobre o momento exato em que foi escrito há controvérsia. Pensam alguns, entretanto, haja sido produzido no Castelo de Wartburgo no período em que ali esteve refugiado, o Reformador, quando também iniciou a tradução da Bíblia para o alemão. Trabalho com que se fixou esse idioma, tornando-se um dos seus monumentos, e que está para ele, como Os Lusíadas de Camões para a língua portuguesa.
Acha-se este coral traduzido para várias línguas, sendo que a tradução vernácula, da autoria do professor Eduardo Von Hafe que trabalhou no Porto, Portugal, data de 1886.
A marselhesa da Reforma
Castelo forte é nosso Deus, espada e bom escudo;
Com seu poder defende os seus em todo o transe agudo.
Com fúria pertinaz persegue Satanás,
Com ânimo cruel; astuto e mui rebel.
Igual não há na terra.
A força do homem nada faz, sozinho está perdido.
Mas nosso Deus socorro traz, em seu Filho escolhido.
Sabeis quem é? Jesus, o que venceu na cruz,
Senhor dos altos céus; e, sendo o próprio Deus
Triunfa na batalha.
Se nos quisessem devorar demônios não contados,
Não nos poderiam dominar, nem ver-nos assustados.
O príncipe do mal, com seu plano infernal,
Já condenado está; vencido cairá
Por uma só palavra.
De Deus o verbo ficará, sabemos com certeza
E nada nos perturbará, com Cristo por defesa.
Se temos de perder família, bens, prazer,
Se tudo se acabar e a morte nos chegar,
Com ele, reinaremos!
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