Opinião
- 17 de janeiro de 2019
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O filme de Benghazi, Simão Cirineu e a Líbia
Por Délnia Bastos
13 Horas: Os soldados secretos de Benghazi é uma espécie de trama de ação ou drama e supense norte-americano, baseado em fatos históricos, dirigido e coproduzido por Michael Bay e escrito por Chuck Hogan, com base no livro 13 horas, de Mitchell Zuckoff. O filme segue seis membros do Annex Security Team que lutam para defender o complexo diplomático americano em Benghazi, Líbia, após ondas de ataques terroristas em 11 de setembro de 2012.
Meu marido e eu assistimos juntos um dia desses. Não gostamos de algumas coisas, como, por exemplo, a exaltação do heroísmo americano mesmo diante de uma derrota. Ainda assim, o filme nos comoveu ao retratar a situação do povo líbio.
Tivemos experiência em viver e trabalhar em países em guerra, como Moçambique e Angola, no final da década de 80 e início da década de 90. Era muito triste vivenciar aquela situação. Angola era um país com mais minas terrestres do que habitantes! Não era possível viajar para lado nenhum, a não ser com estrita autorização do governo e, muitas vezes, acompanhados de comboio militar. Mas, de um modo geral, sabia-se onde a guerra estava: nas regiões rurais. Nas cidades principais, se você não saísse delas, havia certa segurança apesar do barulho assustador dos migs rasgando com força o céu sempre ensolarado da África.
Segundo retratou o filme de Michael Bay, não existe nem “segurança relativa” na Líbia. Os armazéns dos arsenais militares de Kadafi foram invadidos, quando ele caiu. Com isso, armas pesadas eram vendidas a qualquer pessoa nos bazares populares da Líbia. Isso nos assutou tremendamente. Ficamos pensando que futuro pode esperar uma criança nascida naquele país.
Coincidência ou não, li hoje uma devocional sobre Simão, o líbio: “Há muitos anos, um homem nascido em Cirene, principal cidade e porto de Cirenaica, na Líbia (norte da África), deixou a zona rural e entrou em Jerusalém, numa sexta-feira pela manhã. Sem mais nem menos, a polícia o fez parar, colocou sobre os seus ombros uma peça enorme de madeira e obrigou-o a transportá-la para fora da cidade. Essa estranha arbitrariedade colocou Simão, o cireneu, ao lado de Jesus Cristo, exatamente no dia em que era feita a expiação dos pecados do mundo inteiro”.
Na igreja primitiva estavam dois filhos deste Simão, Alexandre e Rufo (Mc 15.21). É possível que Simão tenha se convertido, ou iniciado a sua caminhada cristã, naquele dia em Jerusalém. É alentador saber que havia líbios na primeira comunidade cristã! E é desafiador saber da trágica realidade da Líbia de hoje!
Que Deus nos ajude a interceder por este povo, para que seja alcançado pela graça de Deus, oferecida sem acepção de pessoas a todos os povos e nações da Terra.
• Délnia Bastos, casada, três filhos, é missionária e mora em Viçosa, MG.
13 Horas: Os soldados secretos de Benghazi é uma espécie de trama de ação ou drama e supense norte-americano, baseado em fatos históricos, dirigido e coproduzido por Michael Bay e escrito por Chuck Hogan, com base no livro 13 horas, de Mitchell Zuckoff. O filme segue seis membros do Annex Security Team que lutam para defender o complexo diplomático americano em Benghazi, Líbia, após ondas de ataques terroristas em 11 de setembro de 2012.
Meu marido e eu assistimos juntos um dia desses. Não gostamos de algumas coisas, como, por exemplo, a exaltação do heroísmo americano mesmo diante de uma derrota. Ainda assim, o filme nos comoveu ao retratar a situação do povo líbio.
Tivemos experiência em viver e trabalhar em países em guerra, como Moçambique e Angola, no final da década de 80 e início da década de 90. Era muito triste vivenciar aquela situação. Angola era um país com mais minas terrestres do que habitantes! Não era possível viajar para lado nenhum, a não ser com estrita autorização do governo e, muitas vezes, acompanhados de comboio militar. Mas, de um modo geral, sabia-se onde a guerra estava: nas regiões rurais. Nas cidades principais, se você não saísse delas, havia certa segurança apesar do barulho assustador dos migs rasgando com força o céu sempre ensolarado da África.
Segundo retratou o filme de Michael Bay, não existe nem “segurança relativa” na Líbia. Os armazéns dos arsenais militares de Kadafi foram invadidos, quando ele caiu. Com isso, armas pesadas eram vendidas a qualquer pessoa nos bazares populares da Líbia. Isso nos assutou tremendamente. Ficamos pensando que futuro pode esperar uma criança nascida naquele país.
Coincidência ou não, li hoje uma devocional sobre Simão, o líbio: “Há muitos anos, um homem nascido em Cirene, principal cidade e porto de Cirenaica, na Líbia (norte da África), deixou a zona rural e entrou em Jerusalém, numa sexta-feira pela manhã. Sem mais nem menos, a polícia o fez parar, colocou sobre os seus ombros uma peça enorme de madeira e obrigou-o a transportá-la para fora da cidade. Essa estranha arbitrariedade colocou Simão, o cireneu, ao lado de Jesus Cristo, exatamente no dia em que era feita a expiação dos pecados do mundo inteiro”.
Na igreja primitiva estavam dois filhos deste Simão, Alexandre e Rufo (Mc 15.21). É possível que Simão tenha se convertido, ou iniciado a sua caminhada cristã, naquele dia em Jerusalém. É alentador saber que havia líbios na primeira comunidade cristã! E é desafiador saber da trágica realidade da Líbia de hoje!
Que Deus nos ajude a interceder por este povo, para que seja alcançado pela graça de Deus, oferecida sem acepção de pessoas a todos os povos e nações da Terra.
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