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- 08 de setembro de 2010
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O "eixo do mal" em terras brasileiras
Pelas mais variadas razões, diferentes amigos e, quem sabe, alguns inimigos, me mandaram um vídeo do pastor Paschoal Piragine, com o sugestivo aviso: “Corremos perigo. Repassem, por favor, antes que seja tarde demais”. Levei um susto e, imagino, essa era exatamente a ideia. Tema: a iniquidade e em quem (não) votar nas próximas eleições. O perigo da “institucionalização da iniquidade” que se avizinha: 3 de outubro.
Considerando o assunto — campanha política —, nada de novo. As eleições são pródigas em vídeos, CDs e gravações, digamos, apócrifos, sobre demônios, comunistas, entre outros tipos de anticristos que, não muito tempo depois do pleito, passam a frequentar os mesmos salões dos religiosos.
O medo e a desconfiança também fazem parte do jogo político. Nem sempre um jogo limpo. Mas a luta pela não institucionalização da iniquidade não é nova. Vou poupar o leitor e vou direto ao ponto. Talvez, tal institucionalização seja fruto do constantinismo, tantas vezes chamado ingenuamente de “bênção de Deus” por nós evangélicos: telhas, praças da Bíblia, terrenos, dia disso, dia daquilo, entre outras sinecuras. Constantinismos daqui e dalém-mares. No governo e na igreja de hoje, no governo e na igreja de ontem.
Como alerta, para além da política eleitoral, faço coro com o pastor Piragine: “Nós não queremos a iniquidade institucionalizada no Brasil”. É bom que o cidadão e, vá lá, o eleitor cristão conheçam a história do “seu” candidato. Saibam por onde andou, com quem andou, se está a serviço de alguém — grupo, partido, empresa, ONGs, igreja, movimentos. No entanto, é preciso cuidado com a tentação — que podemos chamar de “tentação Copa do Mundo”, aquela que acontece de quatro em quatro anos — de traçar uma linha divisória entre o bem e o mal em terras brasileiras. É bom lembrar N. T. Wright sobre o assunto: “A linha que separa o bem e o mal não passa entre “nós” e “eles”, mas sim por cada indivíduo, por cada sociedade”.
E, por falar em eleições, é preciso ser prático. Não faz muitos dias, mais de 3 mil homens (policiais civis e militares) fizeram a segurança da 14ª Parada do Orgulho Gay em São Paulo, na Avenida Paulista e na Rua da Consolação. Os investimentos bateram a casa de 1 milhão de reais, por parte da Prefeitura Municipal de São Paulo. Uma semana antes do evento, o coordenador geral da Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual, Franco Reinaudo, não deixava dúvidas: “A parada pretende ser mais organizada e segura do que a edição de 2009. Usaremos [os recursos] para melhorar a infraestrutura para atender melhor munícipes e turistas”. Ao final da festa, que reuniu 3 milhões de pessoas, o representante do governo municipal arrematou: “Este é o nosso Natal”...
Enfim, não sem ironia, podemos respirar aliviados: a iniquidade já está “institucionalizada”. E, diga-se de passagem, em São Paulo, onde a cidade e o estado, não é de hoje, têm governos de oposição ao temido partido que tomou conta do Palácio do Planalto. Devo repetir. O alerta é válido e, de fato, “Deus não tolera a iniquidade”. Acrescento: não importa o partido. Mas ela tem data de validade; apenas não arriscaria a dizer que é 3 de outubro. De qualquer modo, parafraseando o texto bíblico, não é bom confiar em príncipes, quer do PT, do PSDB, do DEM, nem mesmo em príncipes evangélicos.
Considerando o assunto — campanha política —, nada de novo. As eleições são pródigas em vídeos, CDs e gravações, digamos, apócrifos, sobre demônios, comunistas, entre outros tipos de anticristos que, não muito tempo depois do pleito, passam a frequentar os mesmos salões dos religiosos.
O medo e a desconfiança também fazem parte do jogo político. Nem sempre um jogo limpo. Mas a luta pela não institucionalização da iniquidade não é nova. Vou poupar o leitor e vou direto ao ponto. Talvez, tal institucionalização seja fruto do constantinismo, tantas vezes chamado ingenuamente de “bênção de Deus” por nós evangélicos: telhas, praças da Bíblia, terrenos, dia disso, dia daquilo, entre outras sinecuras. Constantinismos daqui e dalém-mares. No governo e na igreja de hoje, no governo e na igreja de ontem.
Como alerta, para além da política eleitoral, faço coro com o pastor Piragine: “Nós não queremos a iniquidade institucionalizada no Brasil”. É bom que o cidadão e, vá lá, o eleitor cristão conheçam a história do “seu” candidato. Saibam por onde andou, com quem andou, se está a serviço de alguém — grupo, partido, empresa, ONGs, igreja, movimentos. No entanto, é preciso cuidado com a tentação — que podemos chamar de “tentação Copa do Mundo”, aquela que acontece de quatro em quatro anos — de traçar uma linha divisória entre o bem e o mal em terras brasileiras. É bom lembrar N. T. Wright sobre o assunto: “A linha que separa o bem e o mal não passa entre “nós” e “eles”, mas sim por cada indivíduo, por cada sociedade”.
E, por falar em eleições, é preciso ser prático. Não faz muitos dias, mais de 3 mil homens (policiais civis e militares) fizeram a segurança da 14ª Parada do Orgulho Gay em São Paulo, na Avenida Paulista e na Rua da Consolação. Os investimentos bateram a casa de 1 milhão de reais, por parte da Prefeitura Municipal de São Paulo. Uma semana antes do evento, o coordenador geral da Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual, Franco Reinaudo, não deixava dúvidas: “A parada pretende ser mais organizada e segura do que a edição de 2009. Usaremos [os recursos] para melhorar a infraestrutura para atender melhor munícipes e turistas”. Ao final da festa, que reuniu 3 milhões de pessoas, o representante do governo municipal arrematou: “Este é o nosso Natal”...
Enfim, não sem ironia, podemos respirar aliviados: a iniquidade já está “institucionalizada”. E, diga-se de passagem, em São Paulo, onde a cidade e o estado, não é de hoje, têm governos de oposição ao temido partido que tomou conta do Palácio do Planalto. Devo repetir. O alerta é válido e, de fato, “Deus não tolera a iniquidade”. Acrescento: não importa o partido. Mas ela tem data de validade; apenas não arriscaria a dizer que é 3 de outubro. De qualquer modo, parafraseando o texto bíblico, não é bom confiar em príncipes, quer do PT, do PSDB, do DEM, nem mesmo em príncipes evangélicos.
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