Prateleira
- 06 de agosto de 2009
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O Deus do pai, do filho e do neto
Embora sendo três, não me refiro à Trindade. Mas ao pai, ao filho e ao neto de fato: Abraão, Isaque e Jacó. Não é por acaso que o próprio Deus chama a si mesmo, repetidas vezes, de o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
Quem é pai está como Isaque. No meio. Aquele que antes de nascer precisou de um milagre (a mãe era estéril), na adolescência escapou por um fio de ser sacrificado (o fio, nesse caso, foi outro milagre) e para ter filhos precisou de... mais um milagre. Claro, antes e depois dos três milagres, traições, mentira, entre outras coisas pouco recomendáveis. Acontece nas melhores famílias. Ainda assim a Bíblia continua a repetir que Deus é o Deus do pai, do filho e do neto. No Dia dos Pais, não há melhor lembrança.
A abertura desta Prateleira se deve à leitura de A Bíblia Toda o Ano Todo, do escritor inglês John Stott. Agora, vamos ao original.
Isaque e a fidelidade de Deus*
Isaque orou ao Senhor em favor de sua mulher, porque era estéril. O Senhor respondeu à sua oração (Gn 25.21).
Isaque começou bem. Seus pais provavelmente lhe contaram sobre as circunstâncias de seu nascimento, a razão para ele ter recebido o nome de Isaque (“Riso”) e o significado de sua circuncisão. Ainda adolescente, ele passou por uma experiência traumática no monte Moriá, que ficou gravada em sua memória para sempre. Como ele poderia esquecer do horror que sentiu ao perceber que seu pai pretendia sacrificá-lo, e do alívio quando foi libertado. Isaque devia duplamente sua vida à fidelidade de Deus: em seu nascimento sobrenatural e no livramento da morte sacrifical.
Mais tarde, Abraão decidiu que Isaque deveria se casar, porém não com uma mulher dos cananeus, no meio dos quais ele vivia, mas com alguém de sua parentela. Não se trata aqui de uma decisão étnica, mas religiosa, com o propósito de preservar a linhagem da aliança. No capítulo 24 de Gênesis encontramos o relato de como Rebeca veio a se tornar esposa de Isaque, graças às orações e ao bom senso do servo de Abraão. Como disse seu irmão Labão, “isso vem do Senhor” (v. 50). Rebeca, no entanto, não conseguiu engravidar nos vinte anos que se seguiram. Porém, quando Isaque orou por ela, ela engravidou de gêmeos. Este certamente é mais um exemplo da fidelidade de Deus à sua aliança.
Mas, com a gravidez de Rebeca as coisas mudam. Ciente de que teria gêmeos, ela consultou o Senhor acerca do futuro de seus filhos, e ele lhe disse: “Duas nações estão em seu ventre, [...] mas o mais velho servirá ao mais novo”. Aquela era uma revelação inequívoca da vontade de Deus. A promessa feita a Abraão e Isaque não se cumpriria através do primogênito, Esaú, mas através do mais novo, Jacó. Entretanto, Isaque não se submeteu à vontade de Deus e decidiu abençoar o primogênito, Esaú.
Mas o mais incrível nessa história é que apesar do procedimento confuso de Isaque, Deus continuou chamando a si mesmo de “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”. (Para saber mais: Gênesis 24.59-67)
*Meditação diária da quinta-feira, semana 5.
Quem é pai está como Isaque. No meio. Aquele que antes de nascer precisou de um milagre (a mãe era estéril), na adolescência escapou por um fio de ser sacrificado (o fio, nesse caso, foi outro milagre) e para ter filhos precisou de... mais um milagre. Claro, antes e depois dos três milagres, traições, mentira, entre outras coisas pouco recomendáveis. Acontece nas melhores famílias. Ainda assim a Bíblia continua a repetir que Deus é o Deus do pai, do filho e do neto. No Dia dos Pais, não há melhor lembrança.
A abertura desta Prateleira se deve à leitura de A Bíblia Toda o Ano Todo, do escritor inglês John Stott. Agora, vamos ao original.
Isaque e a fidelidade de Deus*
Isaque orou ao Senhor em favor de sua mulher, porque era estéril. O Senhor respondeu à sua oração (Gn 25.21).
Isaque começou bem. Seus pais provavelmente lhe contaram sobre as circunstâncias de seu nascimento, a razão para ele ter recebido o nome de Isaque (“Riso”) e o significado de sua circuncisão. Ainda adolescente, ele passou por uma experiência traumática no monte Moriá, que ficou gravada em sua memória para sempre. Como ele poderia esquecer do horror que sentiu ao perceber que seu pai pretendia sacrificá-lo, e do alívio quando foi libertado. Isaque devia duplamente sua vida à fidelidade de Deus: em seu nascimento sobrenatural e no livramento da morte sacrifical.
Mais tarde, Abraão decidiu que Isaque deveria se casar, porém não com uma mulher dos cananeus, no meio dos quais ele vivia, mas com alguém de sua parentela. Não se trata aqui de uma decisão étnica, mas religiosa, com o propósito de preservar a linhagem da aliança. No capítulo 24 de Gênesis encontramos o relato de como Rebeca veio a se tornar esposa de Isaque, graças às orações e ao bom senso do servo de Abraão. Como disse seu irmão Labão, “isso vem do Senhor” (v. 50). Rebeca, no entanto, não conseguiu engravidar nos vinte anos que se seguiram. Porém, quando Isaque orou por ela, ela engravidou de gêmeos. Este certamente é mais um exemplo da fidelidade de Deus à sua aliança.
Mas, com a gravidez de Rebeca as coisas mudam. Ciente de que teria gêmeos, ela consultou o Senhor acerca do futuro de seus filhos, e ele lhe disse: “Duas nações estão em seu ventre, [...] mas o mais velho servirá ao mais novo”. Aquela era uma revelação inequívoca da vontade de Deus. A promessa feita a Abraão e Isaque não se cumpriria através do primogênito, Esaú, mas através do mais novo, Jacó. Entretanto, Isaque não se submeteu à vontade de Deus e decidiu abençoar o primogênito, Esaú.
Mas o mais incrível nessa história é que apesar do procedimento confuso de Isaque, Deus continuou chamando a si mesmo de “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”. (Para saber mais: Gênesis 24.59-67)
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