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Notícias

O Cristianismo e os missionários das estatísticas



Como fazer uma pesquisa?

A consulta também discutiu as metodologias para se fazer pesquisas. A pesquisadora Gina Zurlo trabalha no CSGC e apresentou os desafios para se iniciar uma pesquisa sobre religiões. Segundo ela, somente metade dos censos no mundo perguntam sobre a religião dos entrevistados. “Se você perguntar qual a religião da pessoa, você pressupõe que todos tenham uma, o que exclui os ateus. Outra opção é perguntar qual a etnia dele. Etnicidade e religião andam muito próximas e isso ajuda a fazer pesquisa onde etnia e religião caminham juntas, como, por exemplo, na Somália”.

Gina também abordou outras limitações para se fazer um censo religioso, como:
- As pessoas se sentem à vontade para serem honestas ao responder?
- Quem é o entrevistado? Ele é ilegal? O estudo da demografia deveria incluir a todos.
- Selecionar respostas a partir de uma lista fixa gera o perigo de excluir religiões menores, como aconteceu no Reio Unido com uma religião indiana.
- Fazer suposições étnicas e religiosas pode tornar o resultado artificial.

Autocríticas

Um dos painéis da consulta reuniu quatro pesquisadores (Gina, Ademir Menezes, André Brunetto e Lourenço Kraft) num momento de autocrítica. Eles evidenciaram alguns pontos a serem melhorados no trabalho de pesquisa missionária, em específico, no Brasil.

Segundo Brunetto, que trabalha para o Projeto Brasil 21, precisamos melhorar na gestão da comunicação. “Precisamos aperfeiçoar o processo de uso e compartilhamento das informações e criar um contexto organizacional favorável para a disseminação das pesquisas”. Para Kraft, o pesquisador tem uma grande responsabilidade e precisa saber qual a relevância de sua pesquisa. “Precisamos gastar tempo na tarefa de fazer pesquisas. Temos que estar dispostos a trabalhar. A periodicidade e a frequência de nossas pesquisas precisam ser melhoradas, porque precisamos ter condições de projetar o futuro a partir das pesquisas”, aconselhou Kraft, que morou muitos anos no Brasil, mas agora vive na Inglaterra. “Quero encorajá-los a olhar as metodologias de outras pessoas. Não há motivos de reinventar a roda”, ressaltou Gina. “Geralmente, as informações que temos não são dadas de forma direta. O pesquisador precisa ter esta percepção”, pondera Ademir, que desenvolve pesquisas na Amazônia.

Mais que números

A Consulta também contou com três momentos devocionais. Eles destacaram a importância de enxergar o pesquisador como um ser humano integral e que seu chamado é legítimo diante de Deus e de sua missão.

Marcos Amado lembrou que devemos cuidar da nossa vida interior. “À medida que olhamos para as estatísticas e grupos éticos, precisamos guardar o coração”. Para André Souza, da MEVA, um pesquisador tem que saber avaliar e agir, mas também precisa ter compaixão. “Quando penso num pesquisador, é assim: com pés sujos, não num escritório. Precisamos andar entre as pessoas”. Wellington Barbosa, da Missão Kairós, ressaltou que assim como Jesus e seus discípulos, precisamos aprender a trabalhar em equipe. “Que não tentemos impressionar o Senhor com o nosso serviço. Deus poderia ter feito tudo sozinho, mas ele nos chamou para fazer parte da equipe dele”.



E agora?

Os pesquisadores brasileiros que participaram da Consulta saíram com o compromisso de criar um centro de pesquisas missionárias no Brasil que possa unir pessoas, organizar metodologias e fazer com que as igrejas locais se apropriem das pesquisas desenvolvidas.

Todos os compromissos e os passos propostos serão incluídos na carta da Consulta, que ainda está em fase de redação e deverá ser disponibilizada ao público até o fim deste mês.

A Consulta Brasileira de Pesquisa Missionária foi organizada pela AMTB, em parceria com o Movimento Lausanne, o Centro de Reflexão Missiológica Martureo e a SEPAL. Ultimato participou como uma das convidadas.


Foto 1: Bússola: Karin Lindstrom/Freeimages.com
Foto 2: participantes da Consulta


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Lissânder Dias do Amaral é jornalista, blogueiro, poeta e editor de livros. Integra o Conselho Nacional da Interserve Brasil e o Conselho da Unimissional. É autor de “O Cotidiano Extraordinário – a vida em pequenas crônicas” e responsável pelo blog Fatos e Correlatos do Portal Ultimato. É um dos fundadores do Movimento Vocare e ajudou a criar as organizações cristãs de cooperação Rede Mãos Dadas e Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS).

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