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Por Escrito

Nunca perdi o desejo de fazer propaganda de Jesus

Por Léa Augusta B. Andrade
 
Era final de ano de 1960, em uma noite muito fria de dezembro, quando acontecia o culto dominical na Primeira Igreja Batista (PIB) de Campinas, tendo em sua programação batismos de alguns candidatos, incluindo uma adolescente de 11 anos chamada Léa Augusta Beray. Sim, lá estava eu, convicta da minha decisão de que só Jesus podia me salvar dos meus pecados e do quanto eu carecia de Jesus.
 
Nasci num lar cristão, tendo aprendido desde cedo que só Deus podia me valer diante de um mundo tão distante do Salvador. Meus pais, apesar de crentes em Jesus, viviam num pé de guerra. Era um lar tão cheio de conflitos que acabou culminando na separação deles. Dou graças porque sei que Deus olha com profundo amor para crianças que vivem em ambientes de conflitos. Deus me deu uma mãe que me ensinou os valores espirituais.
 
Todos os domingos íamos à igreja e foi lá que conhecemos o Deus que enviou Jesus e aprendemos a amar nossos professores da Escola Dominical – excelentes modelos de vida cristã. Eles ensinavam a Palavra de Deus e o faziam com excelência. Diante disso, ainda adolescente, senti o desejo de contar a outros a bela história do Salvador. Comecei trabalhando com crianças, levando-as a uma decisão ao lado de Jesus. Isso me levou a perceber que precisava de um melhor preparo e, aos 20 anos, fui para o Instituto Batista de Educação Religiosa (IBER), hoje Centro Integrado de Educação e Missões (CIEM), no Rio de Janeiro. Ali, começava o meu preparo e meu coração batia forte para pôr em prática o desejo maior da minha vida: anunciar Jesus. Completei os estudos no Seminário Teológico Batista Mineiro, tendo também me envolvido com o trabalho da Child Fund Brasil e da Visão Mundial, que me deram a base para compreender que não há amor a Deus e nem cristianismo sem amor ao próximo. 
 
Muitas coisas ruins e boas aconteceram na minha vida, mas nunca perdi o desejo de fazer propaganda de Jesus, como dizia um pastor muito amado que Deus colocou no meu caminho e de quem muito aprendi: pastor Elben César. Esse pastor querido, que Deus já chamou para glória há 3 anos, dizia que fazer propaganda de Jesus é a nossa obrigação e que não dá para ficarmos calados ao conhecermos a mais linda história de amor de todos os tempos. “Achamos o Messias”, correu André para anunciar ao seu irmão Simão Pedro (João 1.41).
 
Três momentos marcaram minha vida e confirmaram a minha vocação: O trabalho com adolescentes na Igreja Batista do Aarão Reis, em Belo Horizonte; a liderança de uma frente missionária da Igreja Batista do Barro Preto, na Quinta do Sumidouro, em Pedro Leopoldo, por 5 anos, com apoio da minha querida sogra, Noeme Martins Pereira, que já está com Jesus e muito contribuiu para propagar o evangelho; e, por último, o crescimento espiritual que tive ao frequentar a Igreja Presbiteriana de Viçosa, pastoreada por Jony W. de Almeida, um pastor cristocêntrico que muito me ensinou. Tenho muito para agradecer a Deus por suas interferências na minha vida e vou continuar fazendo propaganda de Jesus até o fim.
 
• Léa Augusta B. Andrade é pedagoga pela Universidade Federal de Minas Gerais, educadora cristã pelo Seminário Teológico Batista Mineiro e trabalha como missionária online pela Global Media Outreach.
>> Conheça o livro 
O Incomparável Cristo, de John Stott

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