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- 15 de maio de 2020
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Nós, fermento. Ele, o pão da vida – A igreja que mata a fome
Igreja em ação
Por Sarah Furtado
No dia 22 de março, há 416 quilômetros de distância de São Paulo, epicentro do coronavírus no Brasil, um grupo se reunia virtualmente pra fazer “a receita do pão maravilhoso”. Francisco Avelardo, líder do grupo de jovens da Igreja Batista do Prado, em Curitiba, da qual é membro há cinco anos, guiou a live no instagram da igreja junto com Mylena Freire, onde ensinaram os membros a fazer a receita.
Inicialmente a live serviria como um momento de comunhão entre os jovens que não podem mais se reunir fisicamente devido à pandemia. Mas, as coisas ganharam outra forma bem rápido. Avelardo já tem o hábito de fazer pães em casa e tem o dom de ensinar, e acabou unindo as duas coisas ao serviço ao próximo. Resolveram fazer pães caseiros para doação.
“A ideia era que mesmo que confinados nós pudéssemos ser benção para os de fora. O evangelho tem isso, de você mesmo preso poder abençoar alguém como Paulo fazia”, explica Avelardo.
Rompendo as paredes da igreja e de casa o grupo decidiu abraçar os de fora.
O objetivo era fazer os pães e doar para a Casa Redentor que recebe pessoas em situação de rua e foi um dos únicos equipamentos de atendimento que não fecharam durante a quarentena decretada na cidade.
“Ficamos sabendo que a Casa Redentor estava com uma grande demanda e pouco recurso. Por isso tivemos a ideia da doação. Seria um momento de comunhão entre a gente, mas também de ajudar a Casa”, explica Mylena, de 21 anos, que também compõe o grupo de liderança dos jovens.
Ramon Ruan é missionário na Casa Redentor e explica que nos dias comuns o consumo de pão na casa é de cerca de 800 pães franceses por mês. No entanto, com o advento da Covid-19 “muitas ONG’s fecharam, o que acarretou na duplicação da procura aqui. Como não temos espaço físico para acolher todos, aqueles que não conseguem passar o dia com a gente, estão recebendo um sanduíche e um copo de água, para ter o que comer durante o dia.”
Mylena conta que a princípio ela e Avelardo fariam a live na cozinha da igreja, mas decidiram fazer cada um em sua casa pra apoiar a quarentena e mostrar que era possível pra todo mundo fazer com o que tinha em mãos.
A aceitação foi tão grande que o grupo de jovens decidiu abrir para que toda a igreja participasse do projeto. Foram mais de 40 pães produzidos em apenas uma noite por cerca de 20 famílias.
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Avelardo conta que a conexão foi muito além da internet: “Estamos conectados também pela questão do serviço”.
A entrega foi feita na semana seguinte à live. Algumas pessoas levaram pessoalmente, outras coletaram os pães nas casas próximas e levaram até a Casa Redentor com todas as medidas de segurança. Ramon explica que as doações renderam uma semana e meia de alimentação para os atendidos pela casa.
Avelardo, parafraseando Frei Betto, diz: “a sua cabeça pensa a partir de onde seus pés estão, olhe ao redor, para a sua vizinhança e pense quem Jesus abençoaria ali”. E, ainda, incentiva as pequenas ações simples como comprar alguns itens a mais quando for ao mercado ou preparar um alimento, mas sempre deixando bem claro: “foi Deus quem te mandou isso”.
Jesus uma vez contou que “o Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher pegou e misturou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.” (Mt 13:33)
Façamos pães, sejamos fermento.
Que teu reino venha!
Leia mais:
» A luz sobre a montanha – Igreja em ação durante a pandemia
» Como as comunidades cristãs locais devem agir em meio a pandemia
Por Sarah Furtado
No dia 22 de março, há 416 quilômetros de distância de São Paulo, epicentro do coronavírus no Brasil, um grupo se reunia virtualmente pra fazer “a receita do pão maravilhoso”. Francisco Avelardo, líder do grupo de jovens da Igreja Batista do Prado, em Curitiba, da qual é membro há cinco anos, guiou a live no instagram da igreja junto com Mylena Freire, onde ensinaram os membros a fazer a receita.
Inicialmente a live serviria como um momento de comunhão entre os jovens que não podem mais se reunir fisicamente devido à pandemia. Mas, as coisas ganharam outra forma bem rápido. Avelardo já tem o hábito de fazer pães em casa e tem o dom de ensinar, e acabou unindo as duas coisas ao serviço ao próximo. Resolveram fazer pães caseiros para doação.
“A ideia era que mesmo que confinados nós pudéssemos ser benção para os de fora. O evangelho tem isso, de você mesmo preso poder abençoar alguém como Paulo fazia”, explica Avelardo.
Rompendo as paredes da igreja e de casa o grupo decidiu abraçar os de fora.
O objetivo era fazer os pães e doar para a Casa Redentor que recebe pessoas em situação de rua e foi um dos únicos equipamentos de atendimento que não fecharam durante a quarentena decretada na cidade.
“Ficamos sabendo que a Casa Redentor estava com uma grande demanda e pouco recurso. Por isso tivemos a ideia da doação. Seria um momento de comunhão entre a gente, mas também de ajudar a Casa”, explica Mylena, de 21 anos, que também compõe o grupo de liderança dos jovens.
Ramon Ruan é missionário na Casa Redentor e explica que nos dias comuns o consumo de pão na casa é de cerca de 800 pães franceses por mês. No entanto, com o advento da Covid-19 “muitas ONG’s fecharam, o que acarretou na duplicação da procura aqui. Como não temos espaço físico para acolher todos, aqueles que não conseguem passar o dia com a gente, estão recebendo um sanduíche e um copo de água, para ter o que comer durante o dia.”
Mylena conta que a princípio ela e Avelardo fariam a live na cozinha da igreja, mas decidiram fazer cada um em sua casa pra apoiar a quarentena e mostrar que era possível pra todo mundo fazer com o que tinha em mãos.
A aceitação foi tão grande que o grupo de jovens decidiu abrir para que toda a igreja participasse do projeto. Foram mais de 40 pães produzidos em apenas uma noite por cerca de 20 famílias.
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Avelardo, parafraseando Frei Betto, diz: “a sua cabeça pensa a partir de onde seus pés estão, olhe ao redor, para a sua vizinhança e pense quem Jesus abençoaria ali”. E, ainda, incentiva as pequenas ações simples como comprar alguns itens a mais quando for ao mercado ou preparar um alimento, mas sempre deixando bem claro: “foi Deus quem te mandou isso”.
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