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- 02 de fevereiro de 2021
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Nos Estados Unidos, teorias da conspiração também ganham espaço nas igrejas evangélicas
Segundo pesquisa da Lifeway Research nos Estados Unidos, metade dos pastores já ouviu membros de suas igrejas repetirem teorias da conspiração.
Entre setembro e outubro de 2020, a Lifeway Research coletou as respostas de 1.007 pastores protestantes de igrejas nos Estados Unidos.
49% dos entrevistados concordaram com a frase: “Eu frequentemente ouço membros da minha congregação repetindo teorias da conspiração que eles ouviram sobre porque algo está acontecendo em nosso país”. Em contraste, 46% discordaram da afirmação.
Os pastores brancos eram mais propensos a concordar do que os pastores negros (50% a 36%), e aqueles que lideravam grandes congregações com mais de 250 membros foram os que mais concordaram (61%).
Scott McConnell, diretor executivo da Lifeway Research disse: “As igrejas cristãs buscam ser lugares focados na verdade. Ainda assim, metade dos pastores frequentemente ouve a disseminação de suposições sobre tramas. Esta é uma desconexão surpreendente”.
McConnell acrescentou que “parece que muitas destas teorias estão viajando em círculos politicamente conservadores, que correspondem em sua maior porcentagem às igrejas lideradas por pastores protestantes brancos”.
O efeito: cristãos vistos como anti-intelectuais
Para analisar a presença de teorias da conspiração nas igrejas protestantes, Lifeway citou a apologista cristã Mary Jo Sharp, autora do livro Living in Truth: Confident Conversations in a Conflicted Culture.
Para ela, “a irresponsabilidade com a informação macula o testemunho de um cristão para aqueles em sua comunidade e, através das redes sociais, para o mundo mais amplo”. “O não cristão pode começar a acreditar, ou ainda tornar-se mais enraizado, na crença culturalmente popular de que os cristãos são anti-intelectuais, inclusive anticiência.”
De acordo com Sharp, antes que os cristãos compartilhem algo pessoalmente ou nas redes sociais, eles devem primeiro perguntar: “Como isso afetará minha capacidade de compartilhar as boas novas de Jesus Cristo?”.
Matthias Clausen, consultor do Instituto de Fé e Ciência de Marburg (Alemanha), também escreveu recentemente sobre esse assunto, enfatizando que “os cristãos devem insistir que existe uma diferença entre o verdadeiro e o falso. Isso é essencial, especialmente neste momento, porque, qual seria a alternativa?”.
Teorias da conspiração versus evangelismo
Curiosamente, a Lifeway Research observou que “enquanto metade dos pastores afirmam que ouvem frequentemente os membros da sua igreja compartilhando teorias da conspiração, um estudo anterior descobriu que os membros da igreja podem não estar compartilhando o evangelho com a mesma frequência”.
Para ver a pesquisa completa, acesse aqui.
Publicado originalmente no site Evangelical Focus. Reproduzido com permissão.
Traduzido por Reinaldo Percinoto Jr.
Entre setembro e outubro de 2020, a Lifeway Research coletou as respostas de 1.007 pastores protestantes de igrejas nos Estados Unidos.
49% dos entrevistados concordaram com a frase: “Eu frequentemente ouço membros da minha congregação repetindo teorias da conspiração que eles ouviram sobre porque algo está acontecendo em nosso país”. Em contraste, 46% discordaram da afirmação.
Os pastores brancos eram mais propensos a concordar do que os pastores negros (50% a 36%), e aqueles que lideravam grandes congregações com mais de 250 membros foram os que mais concordaram (61%).
Scott McConnell, diretor executivo da Lifeway Research disse: “As igrejas cristãs buscam ser lugares focados na verdade. Ainda assim, metade dos pastores frequentemente ouve a disseminação de suposições sobre tramas. Esta é uma desconexão surpreendente”.
McConnell acrescentou que “parece que muitas destas teorias estão viajando em círculos politicamente conservadores, que correspondem em sua maior porcentagem às igrejas lideradas por pastores protestantes brancos”.
O efeito: cristãos vistos como anti-intelectuais
Para analisar a presença de teorias da conspiração nas igrejas protestantes, Lifeway citou a apologista cristã Mary Jo Sharp, autora do livro Living in Truth: Confident Conversations in a Conflicted Culture.
Para ela, “a irresponsabilidade com a informação macula o testemunho de um cristão para aqueles em sua comunidade e, através das redes sociais, para o mundo mais amplo”. “O não cristão pode começar a acreditar, ou ainda tornar-se mais enraizado, na crença culturalmente popular de que os cristãos são anti-intelectuais, inclusive anticiência.”
De acordo com Sharp, antes que os cristãos compartilhem algo pessoalmente ou nas redes sociais, eles devem primeiro perguntar: “Como isso afetará minha capacidade de compartilhar as boas novas de Jesus Cristo?”.
Matthias Clausen, consultor do Instituto de Fé e Ciência de Marburg (Alemanha), também escreveu recentemente sobre esse assunto, enfatizando que “os cristãos devem insistir que existe uma diferença entre o verdadeiro e o falso. Isso é essencial, especialmente neste momento, porque, qual seria a alternativa?”.
Teorias da conspiração versus evangelismo
Curiosamente, a Lifeway Research observou que “enquanto metade dos pastores afirmam que ouvem frequentemente os membros da sua igreja compartilhando teorias da conspiração, um estudo anterior descobriu que os membros da igreja podem não estar compartilhando o evangelho com a mesma frequência”.
Para ver a pesquisa completa, acesse aqui.
Publicado originalmente no site Evangelical Focus. Reproduzido com permissão.
Traduzido por Reinaldo Percinoto Jr.
Reinaldo Percinoto Jr. mora em Viçosa, MG, com sua esposa Maira e seus dois filhos, João Marcos e Daniel.
- Textos publicados: 32 [ver]
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