Opinião
- 15 de janeiro de 2013
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No princípio era o ouvir
“Ouça, Ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor (...) que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração.” (Dt 6.4 ss).
Para Deus no princípio era a Palavra, o comando, a ordem dada. Para o homem, no entanto, o princípio era a escuta, o ouvir atentamente a Palavra de Deus. Assim como Deus criou tudo o que existe pelo simples comando de sua Palavra, assim também no homem a vida espiritual é criada pelo acolhimento da mesma Palavra de poder que criou o universo.
Avivamento e santidade na Igreja são duas realidades que não podem ser, de maneira alguma, produzidas pelo homem. Não há como delegarmos poderes a uma comissão que organize e execute um tempo de avivamento e santidade. Estas coisas se pedem a Deus com fervorosa oração, com tempos de jejum, quebrantamento, confissão e abandono de pecados, busca de santificação, e claro, ouvindo e praticando a Palavra de Deus.
Escutar a palavra de Deus é o mesmo que obedecê-la: “Quando tirei do Egito seus antepassados, nada lhes falei, nem lhes ordenei quanto a holocaustos e sacrifícios. Dei-lhes, entretanto, esta ordem: obedeçam-me e eu serei o seu Deus e vocês serão o meu povo.” (Jr 7.22-23) e ainda: “Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça a sua palavra? A obediência é melhor que o sacrifício.” (1 Sm 15.22). Sem esta atitude de escuta e obediência não há como a vida espiritual se realizar e desenvolver em nossa caminhada espiritual, tanto pessoal quanto em comunidade.
Para que haja este dinamismo do Espírito animando e santificando a Igreja, não podemos deixar de escutar a Palavra de Deus. Escutá-la na assembleia litúrgica, escutá-la na oração individual e no estudo diligente, escutá-la por meio dos hinos e ainda ressoando nas orações alçadas aos céus. O próprio Senhor Jesus era um homem que dava toda a primazia à Palavra de Deus: “Vocês não o conhecem, mas eu o conheço... mas eu o conheço [ o Pai ] e obedeço à sua palavra” (Jo 8.55). E em outro lugar: “...e digo ao mundo o que dele [ o Pai ] ouvi” (Jo 8.26), “tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido.” (Jo 15.15). Ora, se o próprio Senhor Jesus guardava e obedecia a Palavra de Deus e dela derivava sua autoridade e seu poder para ensinar e também enfrentar e vencer Satanás (Mt 4. 1-11), o que mais seria requerido de cada discípulo?
Estas são as instruções de Paulo ao jovem pastor Timóteo: “Aplique-se na leitura, na exortação e no ensino” (1Tm 4.13 CNBB), ou seja, é a assiduidade na leitura e no estudo, na meditação e na escuta atenta da Palavra de Deus que permite ao Espírito Santo falar à Igreja e aplicar em cada coração as bênçãos e as graças de Deus que dá a vida e santifica o seu povo.
Comecemos este tempo novo dando primazia à audição da Palavra de Deus. Sejamos afeitos, zelosos, diligentes, interessados, pelo estudo das Escrituras na comunidade e em casa. Convençamo-nos de que: “a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a Palavra de Cristo” (Rm 10.17). Oremos fervorosamente a Deus pedindo a bênção de vermos uma nova primavera de santidade em nossas igrejas:
- Santidade nas famílias e nos lares como verdadeiros santuários e escolas de virtudes;
- Santidade nos oficiais da igreja, para que sejam como ícones viventes do Cristo servidor do Pai e dos irmãos;
- Santidade na vida e no ministério do pastor para que pregue e ensine com a autoridade de que crê e vive o que ensina.
Oremos sem cessar para que nossas crianças cresçam amando a santidade de Deus e que nossos jovens e adolescentes se enfeitem com esta mesma santidade para não se deixar corromper pelo mundo. Oremos para que nosso culto tenha uma atmosfera espiritual que nos faça sentir a misteriosa e poderosa presença de Deus quando no reunimos para a adoração pública. Busquemos a Deus com sofreguidão, com ânsias de amor, com deleite na alma e vejamos assim serem realizados os desejos de nossos corações, desejos de paz, de mais vidas salvas e transformadas.
Contudo, não haverá zelo pela santidade de Deus, da Igreja ou nossa; não haverá a iniciativa da oração fervorosa e nossos corações não arderão de amor; não teremos paixão pelos perdidos, se, no princípio de tudo, não estiver a escuta e a obediência à Palavra de Deus. Ouçamos o apóstolo Tiago: “Sejam praticantes da Palavra, e não simples ouvintes, enganando-se a si mesmos.” (Tg 1.22).
Leia mais
Falar é prata (Rubem Amorese)
Para compreender a graça de Deus é preciso ouvir (João Marcos Cardoso de Sousa)
Práticas devocionais (Elben César)
Para Deus no princípio era a Palavra, o comando, a ordem dada. Para o homem, no entanto, o princípio era a escuta, o ouvir atentamente a Palavra de Deus. Assim como Deus criou tudo o que existe pelo simples comando de sua Palavra, assim também no homem a vida espiritual é criada pelo acolhimento da mesma Palavra de poder que criou o universo.
Avivamento e santidade na Igreja são duas realidades que não podem ser, de maneira alguma, produzidas pelo homem. Não há como delegarmos poderes a uma comissão que organize e execute um tempo de avivamento e santidade. Estas coisas se pedem a Deus com fervorosa oração, com tempos de jejum, quebrantamento, confissão e abandono de pecados, busca de santificação, e claro, ouvindo e praticando a Palavra de Deus.
Escutar a palavra de Deus é o mesmo que obedecê-la: “Quando tirei do Egito seus antepassados, nada lhes falei, nem lhes ordenei quanto a holocaustos e sacrifícios. Dei-lhes, entretanto, esta ordem: obedeçam-me e eu serei o seu Deus e vocês serão o meu povo.” (Jr 7.22-23) e ainda: “Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça a sua palavra? A obediência é melhor que o sacrifício.” (1 Sm 15.22). Sem esta atitude de escuta e obediência não há como a vida espiritual se realizar e desenvolver em nossa caminhada espiritual, tanto pessoal quanto em comunidade.
Para que haja este dinamismo do Espírito animando e santificando a Igreja, não podemos deixar de escutar a Palavra de Deus. Escutá-la na assembleia litúrgica, escutá-la na oração individual e no estudo diligente, escutá-la por meio dos hinos e ainda ressoando nas orações alçadas aos céus. O próprio Senhor Jesus era um homem que dava toda a primazia à Palavra de Deus: “Vocês não o conhecem, mas eu o conheço... mas eu o conheço [ o Pai ] e obedeço à sua palavra” (Jo 8.55). E em outro lugar: “...e digo ao mundo o que dele [ o Pai ] ouvi” (Jo 8.26), “tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido.” (Jo 15.15). Ora, se o próprio Senhor Jesus guardava e obedecia a Palavra de Deus e dela derivava sua autoridade e seu poder para ensinar e também enfrentar e vencer Satanás (Mt 4. 1-11), o que mais seria requerido de cada discípulo?
Estas são as instruções de Paulo ao jovem pastor Timóteo: “Aplique-se na leitura, na exortação e no ensino” (1Tm 4.13 CNBB), ou seja, é a assiduidade na leitura e no estudo, na meditação e na escuta atenta da Palavra de Deus que permite ao Espírito Santo falar à Igreja e aplicar em cada coração as bênçãos e as graças de Deus que dá a vida e santifica o seu povo.
Comecemos este tempo novo dando primazia à audição da Palavra de Deus. Sejamos afeitos, zelosos, diligentes, interessados, pelo estudo das Escrituras na comunidade e em casa. Convençamo-nos de que: “a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a Palavra de Cristo” (Rm 10.17). Oremos fervorosamente a Deus pedindo a bênção de vermos uma nova primavera de santidade em nossas igrejas:
- Santidade nas famílias e nos lares como verdadeiros santuários e escolas de virtudes;
- Santidade nos oficiais da igreja, para que sejam como ícones viventes do Cristo servidor do Pai e dos irmãos;
- Santidade na vida e no ministério do pastor para que pregue e ensine com a autoridade de que crê e vive o que ensina.
Oremos sem cessar para que nossas crianças cresçam amando a santidade de Deus e que nossos jovens e adolescentes se enfeitem com esta mesma santidade para não se deixar corromper pelo mundo. Oremos para que nosso culto tenha uma atmosfera espiritual que nos faça sentir a misteriosa e poderosa presença de Deus quando no reunimos para a adoração pública. Busquemos a Deus com sofreguidão, com ânsias de amor, com deleite na alma e vejamos assim serem realizados os desejos de nossos corações, desejos de paz, de mais vidas salvas e transformadas.
Contudo, não haverá zelo pela santidade de Deus, da Igreja ou nossa; não haverá a iniciativa da oração fervorosa e nossos corações não arderão de amor; não teremos paixão pelos perdidos, se, no princípio de tudo, não estiver a escuta e a obediência à Palavra de Deus. Ouçamos o apóstolo Tiago: “Sejam praticantes da Palavra, e não simples ouvintes, enganando-se a si mesmos.” (Tg 1.22).
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Falar é prata (Rubem Amorese)
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Práticas devocionais (Elben César)
Luiz Fernando dos Santos (1970-2022), foi ministro presbiteriano e era casado com Regina, pai da Talita e professor de teologia no Seminário Presbiteriano do Sul e no Seminário Teológico Servo de Cristo.
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