Opinião
- 13 de janeiro de 2023
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Nas mãos de Deus, com os pés na terra
Por Jonathan Simões Freitas
Há dois movimentos básicos na dinâmica da vida: elevar a alma aos céus e caminhar com os pés na terra. Entregar o espírito nas mãos do Pai celeste e andar com o irmão terreno. Cultuar e cultivar. Orar e trabalhar.
E os dois estão interligados: quem não se eleva aos céus não tem o ponto de vista apropriado para enxergar a terra. Por outro lado, quem se entrega ao Pai tem comunhão com o Filho e com os seus demais irmãos de carne e osso. Quem presta culto a Deus aprende a cultivar um jardim por onde passa. Já quem não ora não consegue trabalhar sem se escravizar.
Davi sabia disso e por isso começou assim a sua oração: “a ti, SENHOR, elevo a minha alma”. É somente a partir desse depósito confiante de si, por inteiro, nas mãos de Deus, que ele pede, então: “faze-me saber teus caminhos; ensina-me nas tuas veredas; guia-me na tua verdade e ensina-me; pois tu és o Deus da minha salvação; em ti coloco a minha esperança o dia todo”.
Davi sabia que só tem um jeito de andar sem tropeçar e sem se perder: é na luz de Deus. E, por isso, o dia todo, ele mantinha acesa essa luz para o seu caminho, essa lâmpada para os seus pés. Ele em todo tempo colocava o SENHOR diante de si, para que, por onde quer que andasse, estivesse com o coração diante de Deus.
O salmista reconhecia que o espírito está pronto, mas que a carne é fraca e, por isso, vigiava e orava para não cair no buraco da tentação, no meio da estrada do cotidiano. Ele não negava seu ímpeto tortuoso, que por vezes o levava a se desviar da direção. Mas, como ovelha arrependida, pedia a correção do pastor, a vara e o cajado que misericordiosamente colocam-nos de volta no caminho; a bondade e a fidelidade que seguem de perto o rebanho todos os dias. Davi sabe que seguir o bom Pastor, apesar de ser uma jornada misteriosa, não daria em um beco sem saída. Ele não ficaria frustrado como os seus inimigos, que procediam como um rio impetuoso, que a tudo avassala, mas que terminariam secos, sem desembocar em mar algum.
Como dizia a regra de São Bento, ora et labora. Contempla e age. Ou, como o apóstolo resumiu: orai sem cessar. Este é o caminho e o trabalho do descanso em Deus em meio a todo serviço.
Oremos:
Pai, o SENHOR é o ponto fixo a partir do qual me movimento; o referencial em relação ao qual traço a minha trajetória. Ando pelo mundo com o coração assentado nas suas mãos. Navego como quem está ancorado. Confesso ter olhos obscurecidos e bússola desnorteada, mas confio na sua luz e na sua direção. Firma os meus pés sobre a rocha, para que, como se dizia dos seus primeiros servos, o resumo da minha vida também seja: “andou com Deus”. Amém.
Saiba mais:
» Um Ano Com os Salmos - meditações diárias, Elben César
» Por Que Confiar na Bíblia? – respostas a 10 perguntas difíceis, Amy Orr-Ewing
» Salmos – linguagem para todas as estações da alma
» Salmos: para buscar a Deus e encontra-lo, edição 351 de Ultimato
» Para cantar e aprender com os salmos, Estudo Bíblico
Há dois movimentos básicos na dinâmica da vida: elevar a alma aos céus e caminhar com os pés na terra. Entregar o espírito nas mãos do Pai celeste e andar com o irmão terreno. Cultuar e cultivar. Orar e trabalhar.
E os dois estão interligados: quem não se eleva aos céus não tem o ponto de vista apropriado para enxergar a terra. Por outro lado, quem se entrega ao Pai tem comunhão com o Filho e com os seus demais irmãos de carne e osso. Quem presta culto a Deus aprende a cultivar um jardim por onde passa. Já quem não ora não consegue trabalhar sem se escravizar.
Davi sabia disso e por isso começou assim a sua oração: “a ti, SENHOR, elevo a minha alma”. É somente a partir desse depósito confiante de si, por inteiro, nas mãos de Deus, que ele pede, então: “faze-me saber teus caminhos; ensina-me nas tuas veredas; guia-me na tua verdade e ensina-me; pois tu és o Deus da minha salvação; em ti coloco a minha esperança o dia todo”.
Davi sabia que só tem um jeito de andar sem tropeçar e sem se perder: é na luz de Deus. E, por isso, o dia todo, ele mantinha acesa essa luz para o seu caminho, essa lâmpada para os seus pés. Ele em todo tempo colocava o SENHOR diante de si, para que, por onde quer que andasse, estivesse com o coração diante de Deus.
O salmista reconhecia que o espírito está pronto, mas que a carne é fraca e, por isso, vigiava e orava para não cair no buraco da tentação, no meio da estrada do cotidiano. Ele não negava seu ímpeto tortuoso, que por vezes o levava a se desviar da direção. Mas, como ovelha arrependida, pedia a correção do pastor, a vara e o cajado que misericordiosamente colocam-nos de volta no caminho; a bondade e a fidelidade que seguem de perto o rebanho todos os dias. Davi sabe que seguir o bom Pastor, apesar de ser uma jornada misteriosa, não daria em um beco sem saída. Ele não ficaria frustrado como os seus inimigos, que procediam como um rio impetuoso, que a tudo avassala, mas que terminariam secos, sem desembocar em mar algum.
Como dizia a regra de São Bento, ora et labora. Contempla e age. Ou, como o apóstolo resumiu: orai sem cessar. Este é o caminho e o trabalho do descanso em Deus em meio a todo serviço.
Oremos:
Pai, o SENHOR é o ponto fixo a partir do qual me movimento; o referencial em relação ao qual traço a minha trajetória. Ando pelo mundo com o coração assentado nas suas mãos. Navego como quem está ancorado. Confesso ter olhos obscurecidos e bússola desnorteada, mas confio na sua luz e na sua direção. Firma os meus pés sobre a rocha, para que, como se dizia dos seus primeiros servos, o resumo da minha vida também seja: “andou com Deus”. Amém.
- Jonathan Simões Freitas é casado com Thalita e pai de Manuela e Isaque. É professor na UFMG e também serve na Igreja Esperança, no L’Abri e na ABC². Ama jogar tênis.
A BÍBLIA NÃO ERRA. OS LEITORES, NEM TANTO | REVISTA ULTIMATO
O Ano-Novo é sempre uma oportunidade de renovação de votos. E não há voto mais importante e definidor para 2023 do que o propósito de se expor regularmente à Palavra de Deus, por meio da leitura das Escrituras. A Bíblia deve ocupar lugar central em nossa vida e na vida da igreja.
A matéria de capa desta edição não só incentiva o leitor à leitura regular da Bíblia, mas também o encoraja a aceitar o desafio de olhar reverentemente para as Escrituras como “um diário de Deus”, a partir da “chave” do amor.
É disso que trata a edição 399 da Revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
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