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- 19 de agosto de 2014
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Não usei drogas hoje
O Portal Ultimato disponibiliza o testemunho completo de Nelson Roberto Massambani, publicado na edição da revista Ultimato (349). Até então somente os assinantes tinham acesso ao texto. Leia-o a seguir.
***
“Não sei usei drogas hoje”
Segundo a Organização Mundial de Saúde, não há cura para a doença da dependência química (do álcool e outras drogas), mas existe tratamento. Portanto, tenho compreendido que não sou um ex-dependente químico, mas um discípulo de Jesus Cristo em contínuo processo de restauração e, hoje, 21 de maio de 2014, limpo do uso das drogas há 14 dias, 6 meses e 25 anos. O mais importante é que não usei drogas hoje, não pretendo usar amanhã nem depois e não preciso delas, pois Deus tem cuidado de mim.
Eu tinha 19 anos quando me tornei dependente químico. Comecei o uso de drogas lícitas (álcool e cigarro) aos 11 e as ilícitas (maconha, lança-perfume, moderadores de apetite, xaropes à base de codeína, chá de cogumelo, benzina, cola de sapateiro, e mais tarde haxixe e LSD) passaram a fazer parte da minha vida aos 14 anos.
Comecei a desejar livrar-me das drogas apenas aos 21 anos, após alguns surtos psicóticos (ocorridos quando eu era estudante universitário em Viçosa, MG), internação em hospital psiquiátrico e prisão por uso e abuso de drogas. Entendo que essas experiências foram o meu “fundo do poço”.
Minha caminhada de abstinência começou na Casa de Recuperação Nova Vida (Curitiba, PR) no ano de 1984. Minha última recaída ocorreu em novembro de 1988, já casado e cursando o primeiro ano de teologia no Instituto e Seminário Bíblico Irmãos Menonitas.
Hoje estou com 51 anos e há trinta trabalho na recuperação de dependentes químicos.
Após a minha recuperação na comunidade terapêutica (CT), fiquei lá por mais quatro anos trabalhando como monitor e diretor interno. Foi nessa época que conheci minha esposa. Casamo-nos em 1988 e no ano seguinte nos mudamos para Belo Horizonte, a convite da Mocidade Para Cristo (MPC). Foram mais de quinze anos trabalhando, como missionário, com a MPC. Durante esse período, estive mais envolvido na com a prevenção (palestras em escolas, igrejas, faculdades, empresas) e o encaminhamento de dependentes para internação em CTs ou outras modalidades de tratamento. Em 2001, mudamo-nos para Fortaleza, a convite do pastor Armando Bispo para servir na Igreja Batista Central (IBC), onde coordeno o Celebrando Restauração, projeto que começou no Brasil há 11 anos. Fomos a primeira igreja a implementar esse programa cujo objetivo é ajudar pessoas a vencer vícios, traumas e maus hábitos, usando os 12 Passos dos Alcóolicos Anônimos (com sua fundamentação bíblica). Atuamos em dois presídios masculinos, um feminino e oito Centros Socioeducativos (menores infratores). Temos parceria com diversas CTs da cidade, Juizado da Mulher, Delegacia da Mulher, Vara de Penas Alternativas, Assessoria de Políticas Públicas sobre Drogas (estadual), Coordenadoria de Políticas sobre Drogas (municipal), cadeira no Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas (CEPOD), entre outros. Tive o privilégio de ser um dos consultores do Pacto Pela Vida, um projeto de reinserção social da Assembleia Legislativa que fez um levantamento no Estado do Ceará de todos os agentes envolvidos no combate às drogas (sociedade civil e governo) de 2009 a 2010.
• Nelson Roberto Massambani coordena o Celebrando Restauração, programa da Igreja Batista Central de Fortaleza. Para mais informações acesse o site.
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Eu tinha 19 anos quando me tornei dependente químico. Comecei o uso de drogas lícitas (álcool e cigarro) aos 11 e as ilícitas (maconha, lança-perfume, moderadores de apetite, xaropes à base de codeína, chá de cogumelo, benzina, cola de sapateiro, e mais tarde haxixe e LSD) passaram a fazer parte da minha vida aos 14 anos.
Comecei a desejar livrar-me das drogas apenas aos 21 anos, após alguns surtos psicóticos (ocorridos quando eu era estudante universitário em Viçosa, MG), internação em hospital psiquiátrico e prisão por uso e abuso de drogas. Entendo que essas experiências foram o meu “fundo do poço”.
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