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“Não será fácil viver sem a Bugra!” – Nídia Mafra (1960-2022)
Por Ultimatoonline
Morreu no dia 7 de fevereiro a missionária Nídia Mafra, conhecida por muitos como Bugra (como sinônimo de aguerrido e bravio).
Bugra e seu marido, João, foram missionários entre os hippies:
“Em 1979, João, então meu noivo, o pastor Mathias Quintela de Souza, que pastoreava a Igreja Presbiteriana Independente do Estreito, e eu recebemos o chamado de Deus para vivermos entre o movimento hippie, em Florianópolis, na praça XV de Novembro. Depois de orarmos e jejuarmos, não tivemos dúvida de que era mesmo Deus desejando se revelar àqueles "malucos". Tornei-me hippie, sentei no chão com eles e passei a testemunhar o amor de Cristo por meio da minha vida. Apaixonei-me pelo movimento hippie. Pensava comigo: “Deus, eles são lindos, têm princípios evangélicos, tal como a Igreja primitiva. Se eles se entregarem a Jesus, abandonarão a maconha, a vida promíscua, o misticismo e darão de dez a zero em nós, chamados de ‘povo de Deus’”. De coração, tornei-me hippie naquilo de bonito que aprendi com eles”.
Bugra e João lideraram o projeto Siloé, em Florianópolis, SC, por mais de vinte anos. O projeto nasceu do encontro com jovens da Igreja Presbiteriana de Florianópolis que foram desafiados por Bugra a sentirem o “cheiro do povo”. Desde 1991, o projeto trabalha com dependentes químicos, alcoolistas, pessoas em situação de rua, pacientes de HIV-AIDS, familiares e prevenção a drogadição.
Em entrevista a Ultimato, a propósito de sua conversão e do serviço missionário, Bugra escreveu:
“É um grande privilégio servir a Deus e ver o seu agir. Lembro-me de que, quando recebi o meu chamado em 1979, disse: ‘Deus, por que eu? Tanta gente melhor do que eu, teologicamente mais qualificada. Eu sou terrível, ‘braba’, vou perder a classe rapidinho no meio dessa gente, vou envergonhar o evangelho, o seu nome, a igrej’. Então Deus me respondeu: ‘É muito importante que você tenha isto em mente: Quem é grande e perfeito sou Eu. Não existe nada de diferente entre eles e você, a não ser que você conheceu a minha graça antes deles. Quero que viva o evangelho como você é e, quando você errar, pecar, vá e peça perdão. Assim eles perceberão que o seu Deus, rico em misericórdia, está sempre pronto para perdoar, e terão esperança de vida. Não quero pessoas perfeitas, quero gente que me obedeça. E viva o evangelho com atitudes’”.
“É um grande privilégio servir a Deus e ver o seu agir. Lembro-me de que, quando recebi o meu chamado em 1979, disse: ‘Deus, por que eu? Tanta gente melhor do que eu, teologicamente mais qualificada. Eu sou terrível, ‘braba’, vou perder a classe rapidinho no meio dessa gente, vou envergonhar o evangelho, o seu nome, a igrej’. Então Deus me respondeu: ‘É muito importante que você tenha isto em mente: Quem é grande e perfeito sou Eu. Não existe nada de diferente entre eles e você, a não ser que você conheceu a minha graça antes deles. Quero que viva o evangelho como você é e, quando você errar, pecar, vá e peça perdão. Assim eles perceberão que o seu Deus, rico em misericórdia, está sempre pronto para perdoar, e terão esperança de vida. Não quero pessoas perfeitas, quero gente que me obedeça. E viva o evangelho com atitudes’”.
Em comunicado sobre a morte de Bugra, Tamara Mafra, sua filha, disse:
“Não sei ainda como iniciar esse texto. Talvez o pior que já escrevi desde aquele 4 de setembro de 2018… Nossa família enfrenta mais uma vez a dor da separação, pois nosso Deus achou por bem tomar para si sua serva. E sabemos que o céu está em festa com a sua chegada. Talvez o pai, seu grande amor, a esperava ansioso. Hoje, dia 7 de fevereiro de 2022, comemorariam 41 anos de casamento… E ela já não sofre mais. No entanto, a nós cabe a saudade de uma mulher como poucas: uma referência de filha, irmã, mãe, avó, sogra, cunhada, amiga, serva, missionária, de mulher! Não será fácil viver em um mundo sem a Bugra! Disso eu tenho certeza! Mas o mesmo Deus a quem ela serviu e apresentou a tantos de nós trará o consolo e amor necessários para prosseguir, eu creio”.
“Não sei ainda como iniciar esse texto. Talvez o pior que já escrevi desde aquele 4 de setembro de 2018… Nossa família enfrenta mais uma vez a dor da separação, pois nosso Deus achou por bem tomar para si sua serva. E sabemos que o céu está em festa com a sua chegada. Talvez o pai, seu grande amor, a esperava ansioso. Hoje, dia 7 de fevereiro de 2022, comemorariam 41 anos de casamento… E ela já não sofre mais. No entanto, a nós cabe a saudade de uma mulher como poucas: uma referência de filha, irmã, mãe, avó, sogra, cunhada, amiga, serva, missionária, de mulher! Não será fácil viver em um mundo sem a Bugra! Disso eu tenho certeza! Mas o mesmo Deus a quem ela serviu e apresentou a tantos de nós trará o consolo e amor necessários para prosseguir, eu creio”.
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