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- 17 de maio de 2016
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Mutirão leva direito e cidadania à população da Mangueira
Por Jorge Guimarães
No último sábado, dia 07, foi realizado um mutirão que movimentou instituições cristãs e o poder público, para atender pessoas que vivem no antigo prédio do IBGE, no Rio de Janeiro. Esse prédio fica ao lado da entrada da Comunidade da Mangueira, e atualmente abriga mais de 145 famílias. O local está abandonado desde 2006, e se encontra em péssimo estado de conservação. Neste mutirão participaram Visão Mundial, Convenção Batista Brasileira, Médicos de Cristo, além do Conselho Federal de Medicina.
Um dos objetivos do evento era fazer um censo para descobrir quantas pessoas, de fato, vivem no local. Segundo Welinton Pereira, coordenador da Ação, e assessor da Visão Mundial, o projeto é um piloto para iniciativas que vão acontecer em outras localidades. “Tudo o que fizermos será avaliado e servirá como aprendizado. Assim, poderemos aperfeiçoar o trabalho”. Welinton destaca ainda que um dos objetivos principais é conseguir com que todas as crianças que ali vivem recebam registro de nascimento. Hoje, mais de 40 ainda não “existem” perante a lei. Em razão disso, a ação foi nominada de “Meu Primeiro Direito”.
A programação iniciou às dez da manhã e se estendeu até às cinco da tarde. Enquanto equipes percorriam os prédios para entrevistar os moradores, ações simultâneas aconteciam em todo o perímetro da construção. Uma equipe atuou levando alegria e diversão para as crianças, que são assistidas diariamente pelos missionários Wagner José e Eliane Felix no Projeto Reino. Eles pertencem à Junta de Missões Nacionais, da Convenção Batista Brasileira (CBB), e atuam no local desde 2010. Moradores da Mangueira, eles relataram as dificuldades enfrentadas ao longo do tempo. “Não tínhamos sequer água encanada e as condições de higiene eram muito piores”, disse Wagner.
Apesar das dificuldades, o projeto tem conseguido bons resultados. Nos últimos dois anos, já ajudou a inserir 80 crianças em escolas. Eles ainda atendem mais de 100 crianças, de segunda a sábado, com duas refeições diárias: café da manhã e almoço. Para conseguir sustentar o projeto e alimentar tantas crianças, contam com apoio de algumas igrejas parceiras. “Existem igrejas que doam regularmente. Mas, também tem outras que sempre se fazem presente em momentos importantes”, contou a missionária Eliane. A idade destas crianças varia de 4 meses, até 16 anos. Mas, a maioria delas esta na faixa de 8 a 10 anos.
Na sala onde funciona o Projeto Reino foi improvisado um consultório. Uma equipe de três enfermeiras fazia a triagem para que os moradores pudessem ser atendidos por uma equipe médica. Dezenas de pessoas foram atendidas por especialistas nas áreas de cardiologia, dermatologia, nutrição, psicologia dentre outras. Ao todo eram 16 profissionais.
Para o infectologista Marcos Davi, que coordenou a equipe médica e faz parte da liderança dos Médicos de Cristo, no Rio de Janeiro, o mutirão representa um apoio consciente a pessoas em situação de desfavorecimento. “Não queremos exercer um papel que cabe ao poder público de assistir estas pessoas. Mas reconhecemos a dificuldade de acesso que elas sofrem, por isso estamos aqui”, disse Marcos.
Dentre tantas histórias de voluntários, parceiros e apoiadores da ação, a do menino Teodoro levou às lágrimas muitos participantes. Prestes a completar cinco anos, Teodoro sentiu o desejo de realizar seu aniversário junto às crianças do Projeto Reino. O pai do menino, Alessandro Adinolfi, contou que a ideia surgiu quando Teodoro visualizou no computador do pai fotos das crianças que moram na Mangueira. “O Teodoro perguntou se as crianças tinham aniversário. Eu disse que provavelmente não. Então ele falou que elas mereciam ter um aniversário, com presentes”. Orgulhoso, Alessandro seguiu carregando sacos cheios de presentes para as crianças. “Nós também fomos presenteados com tanta expressão de amor”, finalizou.
• Jorge Ferreira Guimarães é estudante de jornalismo e tem formação técnica em roteiro de cinema e TV pela Academia Internacional de Cinema do Rio de Janeiro (RJ). Jorge faz parte da Missão Base, onde trabalha com comunicação e também integra a diretoria estatutária como 1º secretário.
Fotos: William Rosa | Agência: Visível.
No último sábado, dia 07, foi realizado um mutirão que movimentou instituições cristãs e o poder público, para atender pessoas que vivem no antigo prédio do IBGE, no Rio de Janeiro. Esse prédio fica ao lado da entrada da Comunidade da Mangueira, e atualmente abriga mais de 145 famílias. O local está abandonado desde 2006, e se encontra em péssimo estado de conservação. Neste mutirão participaram Visão Mundial, Convenção Batista Brasileira, Médicos de Cristo, além do Conselho Federal de Medicina.
Um dos objetivos do evento era fazer um censo para descobrir quantas pessoas, de fato, vivem no local. Segundo Welinton Pereira, coordenador da Ação, e assessor da Visão Mundial, o projeto é um piloto para iniciativas que vão acontecer em outras localidades. “Tudo o que fizermos será avaliado e servirá como aprendizado. Assim, poderemos aperfeiçoar o trabalho”. Welinton destaca ainda que um dos objetivos principais é conseguir com que todas as crianças que ali vivem recebam registro de nascimento. Hoje, mais de 40 ainda não “existem” perante a lei. Em razão disso, a ação foi nominada de “Meu Primeiro Direito”.
A programação iniciou às dez da manhã e se estendeu até às cinco da tarde. Enquanto equipes percorriam os prédios para entrevistar os moradores, ações simultâneas aconteciam em todo o perímetro da construção. Uma equipe atuou levando alegria e diversão para as crianças, que são assistidas diariamente pelos missionários Wagner José e Eliane Felix no Projeto Reino. Eles pertencem à Junta de Missões Nacionais, da Convenção Batista Brasileira (CBB), e atuam no local desde 2010. Moradores da Mangueira, eles relataram as dificuldades enfrentadas ao longo do tempo. “Não tínhamos sequer água encanada e as condições de higiene eram muito piores”, disse Wagner.
Apesar das dificuldades, o projeto tem conseguido bons resultados. Nos últimos dois anos, já ajudou a inserir 80 crianças em escolas. Eles ainda atendem mais de 100 crianças, de segunda a sábado, com duas refeições diárias: café da manhã e almoço. Para conseguir sustentar o projeto e alimentar tantas crianças, contam com apoio de algumas igrejas parceiras. “Existem igrejas que doam regularmente. Mas, também tem outras que sempre se fazem presente em momentos importantes”, contou a missionária Eliane. A idade destas crianças varia de 4 meses, até 16 anos. Mas, a maioria delas esta na faixa de 8 a 10 anos.
Na sala onde funciona o Projeto Reino foi improvisado um consultório. Uma equipe de três enfermeiras fazia a triagem para que os moradores pudessem ser atendidos por uma equipe médica. Dezenas de pessoas foram atendidas por especialistas nas áreas de cardiologia, dermatologia, nutrição, psicologia dentre outras. Ao todo eram 16 profissionais.
Para o infectologista Marcos Davi, que coordenou a equipe médica e faz parte da liderança dos Médicos de Cristo, no Rio de Janeiro, o mutirão representa um apoio consciente a pessoas em situação de desfavorecimento. “Não queremos exercer um papel que cabe ao poder público de assistir estas pessoas. Mas reconhecemos a dificuldade de acesso que elas sofrem, por isso estamos aqui”, disse Marcos.
Dentre tantas histórias de voluntários, parceiros e apoiadores da ação, a do menino Teodoro levou às lágrimas muitos participantes. Prestes a completar cinco anos, Teodoro sentiu o desejo de realizar seu aniversário junto às crianças do Projeto Reino. O pai do menino, Alessandro Adinolfi, contou que a ideia surgiu quando Teodoro visualizou no computador do pai fotos das crianças que moram na Mangueira. “O Teodoro perguntou se as crianças tinham aniversário. Eu disse que provavelmente não. Então ele falou que elas mereciam ter um aniversário, com presentes”. Orgulhoso, Alessandro seguiu carregando sacos cheios de presentes para as crianças. “Nós também fomos presenteados com tanta expressão de amor”, finalizou.
• Jorge Ferreira Guimarães é estudante de jornalismo e tem formação técnica em roteiro de cinema e TV pela Academia Internacional de Cinema do Rio de Janeiro (RJ). Jorge faz parte da Missão Base, onde trabalha com comunicação e também integra a diretoria estatutária como 1º secretário.
Fotos: William Rosa | Agência: Visível.
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