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- 25 de outubro de 2006
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Mundo pós-moderno venera santíssima trindade econômica
(ALC) O neoliberalismo, a tecnologia e a globalização são a santíssima trindade da era pós-moderna, que expande seus tentáculos pelos meios de comunicação de massa para o domínio cultural do mundo, disse a vice-reitora acadêmica da Universidade de Tijuana, Martha Nélida Ruiz Uribe, do México.
Ruiz Uribe proferiu palestra na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) na quinta-feira, 19, a convite do curso de Ciências Sociais. “Trata-se de um processo cultural, de exportação da cosmovisão dos estadunidenses para o resto do mundo sobre a maneira de ver a vida”, afirmou a professora, que tem doutorado em Comunicação pela Universidade de Havana.
Os Estados Unidos tentam impor um sistema de valores e consumo do “America way of life made in Hollywood” para a instauração de uma nova ordem econômica trabalhista internacional, assinalou a pesquisadora mexicana.
Trata-se de um modelo corporativo supranacional liderado pelos Estados Unidos, que pretende dividir o mundo em diversas categorias de países, desde países escravos e os em vias de extinção, até países industriais e maquiadores de produtos.
Nessa nova ordem a América Latina entra no bloco dos países maquiadores, que ficam com a tarefa de montar produtos com peças e artigos vindos de outras partes do mundo.
O sistema promovido pela santíssima trindade da pós-modernidade promove o hiperconsumo. “Já não estamos consumindo realidade, mas representações simbólicas, e isso é ilimitado”, denunciou a vice-reitora acadêmica da Universidade mexicana.
A educação é um importante setor ao qual o sistema procura recorrer para impor os seus propósitos. Isso se dá no corte de recursos públicos para a educação, na instalação de uma nova cultura educativa-empresarial que favorece a competência, a competitividade e a criação de um discurso desideologizado e puramente racional.
Nélida Uribe prevê o surgimento de uma nova geração de seres humanos despolitizados, individualistas, competitivos, resignados aos ditames do mercado, e o aparecimento de um exército de reserva intelectual.
A pesquisadora mexicana apontou as contradições que esse sistema traz implícito. Se os Estados Unidos são ultraliberais na economia, são, em contrapartida, ultraconservadores no social. Outro paradoxo é que a tecnologia poupa tempo ao mundo produtivo, enquanto que as pessoas envolvidas no mercado formal não têm tempo para nada, além do trabalho.
Fonte: ALC Agência de notícias
Ruiz Uribe proferiu palestra na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) na quinta-feira, 19, a convite do curso de Ciências Sociais. “Trata-se de um processo cultural, de exportação da cosmovisão dos estadunidenses para o resto do mundo sobre a maneira de ver a vida”, afirmou a professora, que tem doutorado em Comunicação pela Universidade de Havana.
Os Estados Unidos tentam impor um sistema de valores e consumo do “America way of life made in Hollywood” para a instauração de uma nova ordem econômica trabalhista internacional, assinalou a pesquisadora mexicana.
Trata-se de um modelo corporativo supranacional liderado pelos Estados Unidos, que pretende dividir o mundo em diversas categorias de países, desde países escravos e os em vias de extinção, até países industriais e maquiadores de produtos.
Nessa nova ordem a América Latina entra no bloco dos países maquiadores, que ficam com a tarefa de montar produtos com peças e artigos vindos de outras partes do mundo.
O sistema promovido pela santíssima trindade da pós-modernidade promove o hiperconsumo. “Já não estamos consumindo realidade, mas representações simbólicas, e isso é ilimitado”, denunciou a vice-reitora acadêmica da Universidade mexicana.
A educação é um importante setor ao qual o sistema procura recorrer para impor os seus propósitos. Isso se dá no corte de recursos públicos para a educação, na instalação de uma nova cultura educativa-empresarial que favorece a competência, a competitividade e a criação de um discurso desideologizado e puramente racional.
Nélida Uribe prevê o surgimento de uma nova geração de seres humanos despolitizados, individualistas, competitivos, resignados aos ditames do mercado, e o aparecimento de um exército de reserva intelectual.
A pesquisadora mexicana apontou as contradições que esse sistema traz implícito. Se os Estados Unidos são ultraliberais na economia, são, em contrapartida, ultraconservadores no social. Outro paradoxo é que a tecnologia poupa tempo ao mundo produtivo, enquanto que as pessoas envolvidas no mercado formal não têm tempo para nada, além do trabalho.
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