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- 31 de janeiro de 2008
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Método torna sustentável
(ENVOLVERDE) A reciclagem é vista hoje como forma de preservação dos recursos naturais e do meio ambiente, evitando o acúmulo de materiais não-biodegradáveis e nocivos em áreas impróprias. Ademais, contribui para a geração de renda e para o prolongamento da vida útil dos aterros sanitários. Poucos sabem, entretanto, que na reciclagem sobram ainda resíduos prejudiciais que, se não tratados apropriadamente, chegam ao meio ambiente por meio de efluentes, assim denominados os esgotos industriais resultantes desses processos.
Por isso, esses efluentes precisam ser devidamente tratados para que, quando lançados nos coletores públicos ou nos corpos de água, estejam de acordo com as normas estabelecidas. Mas isto raramente ocorre. No caso de reciclagem de plásticos, o problema é agravado pela escassez de literatura sobre métodos e processos mais adequados para o tratamento dos efluentes que possam vir em auxílio das empresas e até servir de orientação para os órgãos fiscalizadores.
Brasil é o 3º maior reciclador do mundo
Esta constatação levou Josânia Abreu Gondim a desenvolver projeto de pesquisa em gerenciamento, tratamento e aproveitamento de águas e resíduos, na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp, sob orientação do professor Denis Miguel Roston. O trabalho deu origem à dissertação de mestrado sobre tratamento de efluentes de indústria de reciclagem mecânica de plásticos, utilizando processo anaeróbico e leitos cultivados.
A bióloga Josânia Abreu Gondim: melhora dos índices de poluentes variou de 47% a 100% Josânia entende que o trabalho se justifica pela escassez de pesquisas referentes à caracterização do afluente gerado na lavagem de plásticos, empregada no processo de reciclagem mecânica, e também, pela carência de informações e conhecimentos de seus sistemas de tratamento, disposição dos resíduos gerados e recirculação do efluente tratado, de forma a permitir o seu reaproveitamento no processo.
A pesquisadora ressalta que, embora seja crescente no mundo a utilização de embalagens plásticas – o Brasil ocupa o oitavo lugar na sua produção –, os plásticos constituem os resíduos sólidos urbanos menos reciclados no mundo. O Brasil já é o terceiro maior reciclador mundial, com o aproveitamento de 16,5%, principalmente no Sudeste, Sul e Nordeste. O trabalho desenvolvido pela pesquisadora, em escala real, foi realizado em indústria de reciclagem localizada na cidade de Sumaré, na região de Campinas. Ela entende que os resultados alcançados, por serem pioneiros, precisam chegar às indústrias para que possam ser implementados por empresas do ramo, que são cerca de 800 no país.
Em uma das páginas da tese de Josânia, se lê: “A vida que a gente quer depende do que a gente faz”. A citação traduz muito o percurso da autora: bióloga, com especialização em microbiologia, ex-funcionária de empresas de produtos naturais, a pesquisadora atuou em ONGs. Estas vivências a levaram à pós-graduação, por meio de projeto sobre o tratamento de efluentes apresentado a professores da Feagri e a uma empresa de reciclagem mecânica de plásticos com a qual já tinha contato, o que lhe possibilitou um trabalho em escala real.
Depois de quatro anos de pesquisas, dois deles com bolsa da Capes, e cerca de R$ 32 mil reais investidos pela empresa na remodelação e ampliação do seu sistema de tratamento de efluentes, os resultados mostraram-se altamente compensadores. Josânia ressalta que “o sistema de tratamento tem que ser eficiente, apresentar reduzido custo de implantação e operação, deve apresentar fácil operacionalidade e coadunar-se com a realidade da empresa”.
Em 30 dos 31 parâmetros analisados, a melhora dos índices de poluentes variou de 47% (nitrato) a 100% (sólidos sedimentados). A pesquisa ainda disponibiliza às empresas do ramo o conhecimento das metodologias, aplicáveis às suas realidades, e abre caminho para o desenvolvimento de novos estudos acadêmicos. Leia mais.
Fonte: www.envolverde.ig.com.br
Por isso, esses efluentes precisam ser devidamente tratados para que, quando lançados nos coletores públicos ou nos corpos de água, estejam de acordo com as normas estabelecidas. Mas isto raramente ocorre. No caso de reciclagem de plásticos, o problema é agravado pela escassez de literatura sobre métodos e processos mais adequados para o tratamento dos efluentes que possam vir em auxílio das empresas e até servir de orientação para os órgãos fiscalizadores.
Brasil é o 3º maior reciclador do mundo
Esta constatação levou Josânia Abreu Gondim a desenvolver projeto de pesquisa em gerenciamento, tratamento e aproveitamento de águas e resíduos, na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp, sob orientação do professor Denis Miguel Roston. O trabalho deu origem à dissertação de mestrado sobre tratamento de efluentes de indústria de reciclagem mecânica de plásticos, utilizando processo anaeróbico e leitos cultivados.
A bióloga Josânia Abreu Gondim: melhora dos índices de poluentes variou de 47% a 100% Josânia entende que o trabalho se justifica pela escassez de pesquisas referentes à caracterização do afluente gerado na lavagem de plásticos, empregada no processo de reciclagem mecânica, e também, pela carência de informações e conhecimentos de seus sistemas de tratamento, disposição dos resíduos gerados e recirculação do efluente tratado, de forma a permitir o seu reaproveitamento no processo.
A pesquisadora ressalta que, embora seja crescente no mundo a utilização de embalagens plásticas – o Brasil ocupa o oitavo lugar na sua produção –, os plásticos constituem os resíduos sólidos urbanos menos reciclados no mundo. O Brasil já é o terceiro maior reciclador mundial, com o aproveitamento de 16,5%, principalmente no Sudeste, Sul e Nordeste. O trabalho desenvolvido pela pesquisadora, em escala real, foi realizado em indústria de reciclagem localizada na cidade de Sumaré, na região de Campinas. Ela entende que os resultados alcançados, por serem pioneiros, precisam chegar às indústrias para que possam ser implementados por empresas do ramo, que são cerca de 800 no país.
Em uma das páginas da tese de Josânia, se lê: “A vida que a gente quer depende do que a gente faz”. A citação traduz muito o percurso da autora: bióloga, com especialização em microbiologia, ex-funcionária de empresas de produtos naturais, a pesquisadora atuou em ONGs. Estas vivências a levaram à pós-graduação, por meio de projeto sobre o tratamento de efluentes apresentado a professores da Feagri e a uma empresa de reciclagem mecânica de plásticos com a qual já tinha contato, o que lhe possibilitou um trabalho em escala real.
Depois de quatro anos de pesquisas, dois deles com bolsa da Capes, e cerca de R$ 32 mil reais investidos pela empresa na remodelação e ampliação do seu sistema de tratamento de efluentes, os resultados mostraram-se altamente compensadores. Josânia ressalta que “o sistema de tratamento tem que ser eficiente, apresentar reduzido custo de implantação e operação, deve apresentar fácil operacionalidade e coadunar-se com a realidade da empresa”.
Em 30 dos 31 parâmetros analisados, a melhora dos índices de poluentes variou de 47% (nitrato) a 100% (sólidos sedimentados). A pesquisa ainda disponibiliza às empresas do ramo o conhecimento das metodologias, aplicáveis às suas realidades, e abre caminho para o desenvolvimento de novos estudos acadêmicos. Leia mais.
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