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- 09 de junho de 2008
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Meio ambiente
Na primeira semana de junho, comemorou-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. O assunto foi notícia certa na mídia. Mas não é de hoje que veículos de comunicação e ONG’s nos alertam quanto ao aquecimento global, a poluição, o desperdício, o desmatamento, etc.
E Ultimato não foge à regra. Há tempos insistimos em publicar matérias sobre conscientização e preservação ambiental e sobre o nosso papel como cristãos nesse contexto de degradação da criação. Recentemente fechamos uma parceria com A Rocha, organização cristã de pesquisa e conservação do ambiente.
Vale lembrar aqui um artigo publicado há 6 anos, “Conscientização ecológica e missão”, de Carlos Caldas:
A expressão “pós-modernidade” já se tornou bastante conhecida, popularizada que foi pela ampla divulgação feita por alguns meios de comunicação de massa. De maneira simples, pode-se afirmar que uma das principais características da pós-modernidade (e, estranhamente, talvez uma das mais ignoradas nas abordagens populares do tema) é a crítica à modernidade. Uma das marcas da modernidade é a industrialização intensa, resultado da crença tipicamente moderna no “mito do progresso”. Como herança, temos um meio ambiente degradado e violentado, poluído e corrompido. Triste e amarga herança. A modernidade é responsável por avanços científicos e tecnológicos impressionantes, mas é potencialmente capaz de destruir o planeta, nossa casa maior. O Senhor Deus nos colocou como mordomos, gerentes e co-regentes, responsáveis por zelar e cuidar dessa casa (Gn 1.26-27). Esse texto é mais importante que se pensa para a formulação de um conceito integral de missão bíblica. Afinal, é o primeiro mandamento divino ao homem. A tradição teológica reformada a partir daí formula o conhecido conceito de mandato cultural.
A conscientização ecológica faz parte da missão que Deus concedeu ao seu povo. Cabe à igreja a tarefa de integrar em sua missão uma pedagogia ecológica, que ensine seus membros a serem responsáveis pela defesa da criação. Isso passa, entre outros aspectos, por uma questão que é a um só tempo simples e complexa, como o destino que se dá ao lixo. Rubem Alves, em artigo publicado há poucos anos na Folha de São Paulo, afirmou de maneira curiosa, simultaneamente divertida e séria, que “o lixo [que ele chama de “excremento do diabo”] está para o mundo como o pecado está para as almas”. Essa pedagogia ecológica precisa incluir outros elementos, como uma orientação anticonsumista. Sem embargo da lembrança de que a igreja deverá fazer soar alto e claro seu brado contra os ataques ao meio ambiente, sejam estes perpetrados por pessoas simples, por grandes indústrias ou pelo Estado. Afinal, a bandeira da luta pela defesa da criação deve estar em primeiro lugar nas mãos dos seguidores de Jesus. Observa-se uma estranha contradição: às vezes, os que afirmam crer que céus e terra existem porque foram criados por Deus (cf. o primeiro artigo do Credo Apostólico) são omissos quanto ao zelo em cuidar da natureza. Enquanto isso, algumas pessoas que declaram não crer em Deus ou pessoas que prestam culto a espíritos da natureza são mais responsáveis que alguns cristãos no empenho pela natureza. Pedras clamando?
A natureza, biblicamente falando, é muito importante: rios e montes se alegram com os atos do Senhor (Sl 98.7-9). A misericórdia de Deus alcança não apenas os violentos habitantes de Nínive, mas também os animais da cidade (Jn 4.11). A natureza aguarda com ansiedade o dia em que será redimida do cativeiro da corrupção (Rm 8.20-22). A esperança cristã aguarda a irrupção de novos céus e nova terra, onde habita a justiça (Is 65.17; 66.22; 2 Pe 3.13; Ap 21-22). À luz de conteúdo bíblico tão denso, nada mais natural que incluir a conscientização ecológica como integrante da missão, seja na reflexão teórica, seja na prática eclesial.
Confira em breve mais um lançamento da Editora Ultimato, em parceria com A Rocha: “Jesus e a Terra”!
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• Meio ambiente no Brasil: um círculo vicioso, ed. 294
• Ecologia bíblica, ed. 294
• A Rocha Brasil — associação cristã de pesquisa e conservação do meio ambiente, ed. 294
• Fé cristã e meio ambiente, ed. 294
• O gemido da criação: os cristãos e a questão ecológica, ed. 294
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E Ultimato não foge à regra. Há tempos insistimos em publicar matérias sobre conscientização e preservação ambiental e sobre o nosso papel como cristãos nesse contexto de degradação da criação. Recentemente fechamos uma parceria com A Rocha, organização cristã de pesquisa e conservação do ambiente.
Vale lembrar aqui um artigo publicado há 6 anos, “Conscientização ecológica e missão”, de Carlos Caldas:
A expressão “pós-modernidade” já se tornou bastante conhecida, popularizada que foi pela ampla divulgação feita por alguns meios de comunicação de massa. De maneira simples, pode-se afirmar que uma das principais características da pós-modernidade (e, estranhamente, talvez uma das mais ignoradas nas abordagens populares do tema) é a crítica à modernidade. Uma das marcas da modernidade é a industrialização intensa, resultado da crença tipicamente moderna no “mito do progresso”. Como herança, temos um meio ambiente degradado e violentado, poluído e corrompido. Triste e amarga herança. A modernidade é responsável por avanços científicos e tecnológicos impressionantes, mas é potencialmente capaz de destruir o planeta, nossa casa maior. O Senhor Deus nos colocou como mordomos, gerentes e co-regentes, responsáveis por zelar e cuidar dessa casa (Gn 1.26-27). Esse texto é mais importante que se pensa para a formulação de um conceito integral de missão bíblica. Afinal, é o primeiro mandamento divino ao homem. A tradição teológica reformada a partir daí formula o conhecido conceito de mandato cultural.
A conscientização ecológica faz parte da missão que Deus concedeu ao seu povo. Cabe à igreja a tarefa de integrar em sua missão uma pedagogia ecológica, que ensine seus membros a serem responsáveis pela defesa da criação. Isso passa, entre outros aspectos, por uma questão que é a um só tempo simples e complexa, como o destino que se dá ao lixo. Rubem Alves, em artigo publicado há poucos anos na Folha de São Paulo, afirmou de maneira curiosa, simultaneamente divertida e séria, que “o lixo [que ele chama de “excremento do diabo”] está para o mundo como o pecado está para as almas”. Essa pedagogia ecológica precisa incluir outros elementos, como uma orientação anticonsumista. Sem embargo da lembrança de que a igreja deverá fazer soar alto e claro seu brado contra os ataques ao meio ambiente, sejam estes perpetrados por pessoas simples, por grandes indústrias ou pelo Estado. Afinal, a bandeira da luta pela defesa da criação deve estar em primeiro lugar nas mãos dos seguidores de Jesus. Observa-se uma estranha contradição: às vezes, os que afirmam crer que céus e terra existem porque foram criados por Deus (cf. o primeiro artigo do Credo Apostólico) são omissos quanto ao zelo em cuidar da natureza. Enquanto isso, algumas pessoas que declaram não crer em Deus ou pessoas que prestam culto a espíritos da natureza são mais responsáveis que alguns cristãos no empenho pela natureza. Pedras clamando?
A natureza, biblicamente falando, é muito importante: rios e montes se alegram com os atos do Senhor (Sl 98.7-9). A misericórdia de Deus alcança não apenas os violentos habitantes de Nínive, mas também os animais da cidade (Jn 4.11). A natureza aguarda com ansiedade o dia em que será redimida do cativeiro da corrupção (Rm 8.20-22). A esperança cristã aguarda a irrupção de novos céus e nova terra, onde habita a justiça (Is 65.17; 66.22; 2 Pe 3.13; Ap 21-22). À luz de conteúdo bíblico tão denso, nada mais natural que incluir a conscientização ecológica como integrante da missão, seja na reflexão teórica, seja na prática eclesial.
Confira em breve mais um lançamento da Editora Ultimato, em parceria com A Rocha: “Jesus e a Terra”!
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• Meio ambiente no Brasil: um círculo vicioso, ed. 294
• Ecologia bíblica, ed. 294
• A Rocha Brasil — associação cristã de pesquisa e conservação do meio ambiente, ed. 294
• Fé cristã e meio ambiente, ed. 294
• O gemido da criação: os cristãos e a questão ecológica, ed. 294
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É jornalista e assistente editorial da Ultimato.
- Textos publicados: 31 [ver]
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