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- 29 de julho de 2013
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Médicos demais e pastores demais nas grandes cidades brasileiras
Há tão poucos médicos nas cidades do interior do país que o governo começa a se movimentar para preencher as muitas vagas existentes, através do programa Mais Médicos. Pelo menos 3.333 cidades já se candidataram a receber médicos do programa.
Mas o problema não é só na área da assistência médica. O recém-lançado Cidades do Interior; uma proposta missionária, de Sérgio Paulo Ribeiro Lyra, pastor presbiteriano e doutor em ministérios pelo Reformed Theological Seminary, traz um veemente apelo em favor do envio de pastores e missionários plantadores de igrejas para o interior do país, principalmente para as regiões Norte e Nordeste, as mais necessitadas. Segundo o autor, a grande maioria das cidades pobres possui menos de 5% de evangélicos, o que não acontece com as cidades financeiramente boas. Em Pernambuco, por exemplo, o censo de 2010 aponta 33 cidades com menos de 3% de crentes. Na Paraíba, a situação é quase três vezes pior (90 cidades).
Cabe perguntar: por que as cidades pobres possuem menos de 5% de evangélicos e praticamente nenhuma igreja reformada? O que as grandes igrejas urbanas fazem em prol da evangelização e da ação social nas cidades do interior? É o que Sérgio Lyra procura responder e identificar.
É oportuno lembrar que a grande maioria dos missionários presbiterianos norte-americanos, na década de 1960, trabalhava não nas cidades litorâneas e nas capitais, mas no interior do país. Vários deles se dedicaram a evangelizar cidades dos Estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará, ao longo da Rodovia Belém-Brasília (BR 114). Mesmo nos primórdios da Igreja Presbiteriana do Brasil (de 1859 em diante), os pioneiros, embora residentes no Rio de Janeiro e São Paulo, preocupavam-se também com as cidades do interior. Alexander L. Blackford (1829 – 1890), por exemplo, evangelizou não só a capital de São Paulo, mas também Rio Claro, Lorena, Brotas, Sorocaba, Bragança Paulista, Campinas etc. Quando ia à pequena cidade de Brotas, pregava nas vilas e nos sítios ao redor. Outro exemplo é George Chamberlain (1839 – 1902), fundador da Escola Americana, hoje Universidade Presbiteriana Mackenzie. Mesmo ocupando o pastorado da Igreja Presbiteriana de São Paulo, viajou pelo interior da província e o litoral, evangelizando e abrindo igrejas.
Este exemplo histórico e o livro Cidades do Interior podem ajudar o governo a resolver o problema da carência de médicos e despertar igrejas reformadas e também outras igrejas evangélicas na área de missões nacionais. Há médicos demais e pastores demais nas grandes cidades brasileiras!
Mas o problema não é só na área da assistência médica. O recém-lançado Cidades do Interior; uma proposta missionária, de Sérgio Paulo Ribeiro Lyra, pastor presbiteriano e doutor em ministérios pelo Reformed Theological Seminary, traz um veemente apelo em favor do envio de pastores e missionários plantadores de igrejas para o interior do país, principalmente para as regiões Norte e Nordeste, as mais necessitadas. Segundo o autor, a grande maioria das cidades pobres possui menos de 5% de evangélicos, o que não acontece com as cidades financeiramente boas. Em Pernambuco, por exemplo, o censo de 2010 aponta 33 cidades com menos de 3% de crentes. Na Paraíba, a situação é quase três vezes pior (90 cidades).
Cabe perguntar: por que as cidades pobres possuem menos de 5% de evangélicos e praticamente nenhuma igreja reformada? O que as grandes igrejas urbanas fazem em prol da evangelização e da ação social nas cidades do interior? É o que Sérgio Lyra procura responder e identificar.
É oportuno lembrar que a grande maioria dos missionários presbiterianos norte-americanos, na década de 1960, trabalhava não nas cidades litorâneas e nas capitais, mas no interior do país. Vários deles se dedicaram a evangelizar cidades dos Estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará, ao longo da Rodovia Belém-Brasília (BR 114). Mesmo nos primórdios da Igreja Presbiteriana do Brasil (de 1859 em diante), os pioneiros, embora residentes no Rio de Janeiro e São Paulo, preocupavam-se também com as cidades do interior. Alexander L. Blackford (1829 – 1890), por exemplo, evangelizou não só a capital de São Paulo, mas também Rio Claro, Lorena, Brotas, Sorocaba, Bragança Paulista, Campinas etc. Quando ia à pequena cidade de Brotas, pregava nas vilas e nos sítios ao redor. Outro exemplo é George Chamberlain (1839 – 1902), fundador da Escola Americana, hoje Universidade Presbiteriana Mackenzie. Mesmo ocupando o pastorado da Igreja Presbiteriana de São Paulo, viajou pelo interior da província e o litoral, evangelizando e abrindo igrejas.
Este exemplo histórico e o livro Cidades do Interior podem ajudar o governo a resolver o problema da carência de médicos e despertar igrejas reformadas e também outras igrejas evangélicas na área de missões nacionais. Há médicos demais e pastores demais nas grandes cidades brasileiras!
Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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