Livros sem papel

Os livros de papel estão com os dias contados? Esta pergunta não passa de lenha para muita fogueira de achismos e bravatas no meio editorial. O fato é que temos poucas certezas sobre o futuro do livro impresso. Fundamentalmente, não sabemos se a chegada dos e-books (livros digitais) significaria mesmo o extermínio dos impressos. Provavelmente, não. Assim como o rádio não acabou com a chegada de produtos que armazenavam áudios. Assim como o cinema não deixou de existir com o surgimento da TV, do vídeo cassete, do DVD.

O consagrado ficcionista norte-americano Philip Roth disse: “não sei como será, mas os livros em papel vão acabar. Surgirá outro tipo de literatura, com recursos audiovisuais e o que mais inventarem”. Já para o intelectual e escritor italiano Umberto Eco, “o livro é como uma colher, um machado, uma tesoura, esse tipo de objeto que, uma vez inventado, não muda jamais. Continua o mesmo e é difícil de ser substituído”.

Enquanto as teorias e os argumentos se multiplicam, vale aproveitar o que o livro tem de melhor: seu conteúdo. Grafias em pedra, peles de animais, papiro. Não importa o formato - se impresso ou não - no final é o conteúdo que permanece e transforma mentes e atitudes.

Nunca é demais lembrar que a Editora Ultimato possui um catálogo de quase 200 títulos. Destes, oito também estão em formato digital. E, em especial, neste ano que comemoramos 45 anos de existência, lançamos uma Série 45 anos de e-books gratuitos com conteúdo publicado na revista.

Boa leitura!


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