Opinião
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Legado & Louvor ajuda a lembrar experiências e pessoas importantes
1970 a 2000 foram décadas muito preciosas e significativas na minha vida, com uma nova maneira de conhecer e me relacionar com Jesus, com a descoberta de que eu era realmente amada e aceita por ele
Por Antonia Leonora van der Meer
Esta nota foi preparada a convite da comissão à frente do projeto Legado & Louvor.
Fiquei muito feliz com a iniciativa do Legado & Louvor, boa ideia para lembrar de experiências e pessoas importantes.
Eu vivi anos antes de 1970, mas de 1970 a 2000 foram décadas muito preciosas e significativas na minha vida, com uma nova maneira de conhecer e me relacionar com Jesus, com a descoberta de que eu era realmente amada e aceita por ele. E ao mesmo tempo surgiram pessoas na minha vida que me influenciaram, encorajaram, desafiaram, e andaram comigo na dedicação à obra missionária, começando com a ABU (Aliança Bíblica Universitária) no Brasil e depois a novos campos e experiências.
Esse foi um tempo muito significativo para mim. Eu cresci num lar evangélico, ouvi a Bíblia desde criança, mas na adolescência e juventude comecei a ter muitas dúvidas, principalmente se eu realmente pertencia à família de Deus. Em 1970 fui convidada para um Curso de Férias da ABU em Goiânia, apesar de ter participado de poucos encontros da ABU. Ali tive uma experiência pessoal da segurança do amor de Deus por mim, foi o dia mais feliz de minha vida. Comecei a compartilhar na família, na faculdade, no emprego. Influência: ABUB, Dr. Russel Shedd, Robinson Cavalcanti. As mensagens e o testemunho de vida desses irmãos, e também dos estudantes presentes me impactou.
Em 1972 mudei-me para Brasília, a convite da Embaixada da Holanda, mas o que me motivou foi ajudar na formação da ABU em Brasília, Goiânia e Anápolis enquanto continuaria meu curso universitário. Influência para tomar essa decisão: Neuza Itioka e Werner Haeuser.
Em 1976 fui muito impactada pelo preparo (como nova assessora) e participação do Congresso Missionário da ABU em Curitiba, o primeiro Congresso Missionário realizado na América Latina, impulsionado pelo Congresso Lausanne. Escrevi os Estudos Bíblicos e as devocionais diárias para o Congresso. Me sentia muito incompetente, mas o dr. Russel Shedd me deu uma palavra de ânimo. Influência forte no Congresso: René Padilla, Samuel Escobar, Dionisio Pape, Roberto Harvey. Dionísio nos desafiou a pensar em Angola e Moçambique. Foi um congresso motivador para os abuenses.
Em 1979 senti a confirmação do chamado para o serviço transcultural, e Deus abriu a porta para eu fazer 2 anos de Curso (1980-1982) com formação bíblica e missionária no All Nations Christian College, na Inglaterra. Quem me encorajou e apoiou foram John Griffin, Martin Goldsmith. Recebi uma formação excelente, e ali senti a confirmação do chamado para servir na África.
Voltei ao Brasil, servindo a ABU e buscando orientação para como ir servir na África. Dieter Brepohl, secretário geral da ABUB, foi ao Congresso Mundial da IFES em1983, e pediram para o Brasil enviar um obreiro para ajudar no ministério pioneiro entre estudantes em Angola, começando em 1983 até 1995, e a partir de 1988 também em Moçambique. Dieter me desafiou e entendi que essa era a direção de Deus. Fui a convite da Aliança Evangélica de Angola, onde servi como secretária do Secretário Geral, comecei organizando grupos de estudos bíblicos entre universitários e secundaristas e fazendo palestras sobre temas de interesse, dei aulas em seminários e institutos bíblicos; fiz treinamentos em igrejas e comecei um ministério de capelania entre as vítimas da guerra nos hospitais em Luanda. Recebi apoio e encorajamento de: IFES, John Stott, Dieter Brepohl, e os angolanos Octávio Fernando, José Evaristo Abias, José Bernardo Luacute, José Gomes, Zeca Yegi Massaqui.
Retornando ao Brasil, já tinha assumido compromisso para servir no ministério no CEM (Centro Evangélico de Missões), como professora, deã, e por dois períodos como diretora, de 1996 a 2013, a convite do Elben Lenz César, que foi pessoa chave na criação do CEM, e sempre foi uma presença importante, encorajando, apoiando, e inspirando no ministério do CEM. O CEM tem a visão de preparar profissionais para servir como missionários, além de encorajar pastores no desenvolvimento de uma visão e compromisso missionário.
Em 1996 também iniciei o ministério de Cuidado Pastoral de Missionários, com apoio de Osmar Ludovico, e depois de João Marcos Sousa e Márcia Tostes. Começou pequeno, mas teve influência significativa na vida de missionários que vinham esgotados e sentiam falta de apoio e compreensão em suas igrejas, ainda não preparadas para esse desafio. Graças a Deus agora o CIM (Cuidado Integral de Missionários) é um departamento da AMTB, tem oferecido cursos e treinamentos online para igrejas e agências e já existe um serviço bem mais eficiente e amoroso aos missionários, por igrejas e agências, em cada fase de suas vidas, e inclusive aos filhos de missionários.
No fim de 1999 participei ativamente do Congresso da Comissão de Missões da Aliança Evangélica Mundial, sob o título da Missiologia Global do Século XXI, e a partir disso recebi o convite para participar da produção do livro Sangue, Sofrimento e Fé. Influência: William Taylor. Com base nessa pesquisa e produção comecei a falar sobre a Teologia do Sofrimento, muito importante para missionários, e para as igrejas.
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