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- 03 de dezembro de 2007
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Imprensa acusada pelas tensões religiosas
(ENVOLVERDE) Entre as causas que explicam os conflitos internacionais costuma-se mencionar a religião, mas há quem desconsideram essa idéia, argumentando que é fomentada pela imprensa. O primeiro-ministro da Malásia, Abdullah Ahmad Badawi, rebateu na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas o argumento de que a religião seja responsável pelas disputas entre nações. De um ponto de vista político – afirmou – a principal causa dos conflitos entre os países islâmicos e os ocidentais “é o repetido uso da força dos poderosos contra os fracos para garantir objetivos estratégicos ou territoriais”.
Outro argumento para compreender as atuais tensões religiosas e culturais é a “insensibilidade” da imprensa e da indústria cinematográfica diante dos valores religiosos e culturais quando se trata de informar e documentar fatos, disse o diretor-executivo do Centro de Mediação Interconfessional na Nigéria, Muhammad Nurayn Ashafa. Em uma reunião sobre compreensão cultural e inter-religiosa no contexto da Assembléia Geral, Nurayn citou um rabino segundo o qual “a religião é como uma chama que pode ser usada para aquecer ou incendiar o lar”.
A ONU, cuja Aliança das Civilizações pretende melhorar a compreensão religiosa e cultural entre nações e povos, admite que “o impacto atual da imprensa em nossa percepção dos outros atingiu um nível sem precedentes”. O direito à liberdade de opinião e expressão também traz responsabilidades. “A imprensa deve, de todos os modos, tentar difundir uma visão equilibrada de todas as culturas por meio da abordagem estereótipos e pré-julgamentos e promover a tolerância e a compreensão mútua”, diz um dos documentos-guia do Diálogo de Civilizações.
E a imprensa faz isso? Os meios de comunicação foram alvo de ataques por serem considerados responsáveis, com ou sem intenção, de instigar ou provocar tensões religiosas ou étnicas em áreas de conflito ou de emitir julgamentos tendenciosos. Quando do atentado na cidade de Oklahoma, no Estado norte-americano de mesmo nome, em abril de 1995, muito antes dos ataques contra Nova Iorque e Washington em setembro de 2001, os primeiros informes da imprensa atribuíram o fato a “organizações terroristas do Oriente Médio”.
Entretanto, a bomba fora colocada por um norte-americano veterano da Guerra do Golfo (1990-1991). Sua ação deixou 168 mortos e centenas de feridos. Talvez, a corrida pelo furo jornalístico leve a apressar um julgamento, afirmou um analista do Oriente Médio que mora em Nova Iorque. Após um atentado cometido há dois anos na Europa, um artigo a respeito dizia: “Uma voz entrecortada em inglês, com sotaque árabe, assumiu a responsabilidade do atentado”. Leia mais.
Fonte: www.envolverde.ig.com.br
Outro argumento para compreender as atuais tensões religiosas e culturais é a “insensibilidade” da imprensa e da indústria cinematográfica diante dos valores religiosos e culturais quando se trata de informar e documentar fatos, disse o diretor-executivo do Centro de Mediação Interconfessional na Nigéria, Muhammad Nurayn Ashafa. Em uma reunião sobre compreensão cultural e inter-religiosa no contexto da Assembléia Geral, Nurayn citou um rabino segundo o qual “a religião é como uma chama que pode ser usada para aquecer ou incendiar o lar”.
A ONU, cuja Aliança das Civilizações pretende melhorar a compreensão religiosa e cultural entre nações e povos, admite que “o impacto atual da imprensa em nossa percepção dos outros atingiu um nível sem precedentes”. O direito à liberdade de opinião e expressão também traz responsabilidades. “A imprensa deve, de todos os modos, tentar difundir uma visão equilibrada de todas as culturas por meio da abordagem estereótipos e pré-julgamentos e promover a tolerância e a compreensão mútua”, diz um dos documentos-guia do Diálogo de Civilizações.
E a imprensa faz isso? Os meios de comunicação foram alvo de ataques por serem considerados responsáveis, com ou sem intenção, de instigar ou provocar tensões religiosas ou étnicas em áreas de conflito ou de emitir julgamentos tendenciosos. Quando do atentado na cidade de Oklahoma, no Estado norte-americano de mesmo nome, em abril de 1995, muito antes dos ataques contra Nova Iorque e Washington em setembro de 2001, os primeiros informes da imprensa atribuíram o fato a “organizações terroristas do Oriente Médio”.
Entretanto, a bomba fora colocada por um norte-americano veterano da Guerra do Golfo (1990-1991). Sua ação deixou 168 mortos e centenas de feridos. Talvez, a corrida pelo furo jornalístico leve a apressar um julgamento, afirmou um analista do Oriente Médio que mora em Nova Iorque. Após um atentado cometido há dois anos na Europa, um artigo a respeito dizia: “Uma voz entrecortada em inglês, com sotaque árabe, assumiu a responsabilidade do atentado”. Leia mais.
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