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- 26 de janeiro de 2007
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Guerra do Iraque, pipoca e guaraná
O que você tem a ver com a Guerra do Iraque? Se para você, como para muitos, trata-se apenas de um conflito num país distante, segure-se na cadeira, guarde a pipoca e desligue o filme do Rambo. A vocação política faz parte da nossa vocação espiritual e da nossa missão integral, embora para a maioria a tendência é pensar “que Deus olhe o meu e, se tiver tempo, que olhe o do irmão”, ou, nas palavras de Robinson Cavalcanti, “Cada um por si e o diabo por alguns” (A Igreja, o País e o Mundo, Editora Ultimato)
Cavalcanti vai mais além quando diz: “Não percebemos que o compromisso com o reino de Deus nos chama para a denúncia, a pronúncia, a proposta e a ação. A indiferença evangélica quanto aos assuntos políticos é muito bem expressa por Rubem Amorese (Excelentíssimos Senhores, Editora Ultimato) quando afirma: “O evangélico que tem horror a política esterilizou-se em sua fé afastando-se de tudo que se ligue ao assunto. O meu reino não é deste mundo”. E, assim, a Guerra do Iraque vai ficando fora dos nossos boletins dominicais. Tornamo-nos meros espectadores de um filme.
Nesta semana (24) o presidente dos Estados Unidos pediu aos congressistas americanos uma oportunidade para uma nova estratégia no Iraque. O discurso, porém, não convenceu o Partido Democrata, que controla a Casa dos Representantes e o Senado. “O nosso objetivo é um Iraque democrático que respeite a lei, que respeite os direitos das pessoas, que ofereça segurança e um Iraque que seja um aliado na luta contra o terror, e peço a vocês que lhe dêem uma oportunidade”, afirmou.
A luta contra o terrorismo é vista, assim, apenas do ponto de vista da segurança, de uma defesa preventiva, desatrelada da realidade de humilhação cultural e degradação por que passa o Iraque. Sem se falar no custo da guerra, que, segundo especialistas, chegará a pelo menos 670 bilhões de dólares até o fim do ano — mais do que o total da Guerra do Vietnã.
A indiferença a isso tudo é, segundo Robinson Cavalcanti, uma “elaboração de desculpa para o indesculpável, revestida, no caso cristão, de uma embalagem espiritual, uma “espiritualização” do pecado”. (Cristianismo e Política, Editora Ultimato)
Que novos “Moisés” sejam despertados segundo o coração de Deus!
Leia o livro
• Religião e Política, Sim; Igreja e Estado, Não — os evangélicos e a participação política
• Cristianismo e Política — teoria bíblica e prática histórica
• Excelentíssimos Senhores
• A Igreja, o País e o Mundo — desafios a uma fé engajada
Leia mais
• Especial: Transição no Iraque (BBC)
• Especial: Guerra do Iraque (Folha)
• O discurso do presidente Bush na íntegra
• Cronologia do julgamento de Saddam no Iraque
• Instabilidade e conflitos internos são parte de projeto de dominação dos EUA
• Grupo Internacional de Resolução de Conflitos
• Instituto de Notícias da Guerra
• Projeto Crimes de Guerra
Cavalcanti vai mais além quando diz: “Não percebemos que o compromisso com o reino de Deus nos chama para a denúncia, a pronúncia, a proposta e a ação. A indiferença evangélica quanto aos assuntos políticos é muito bem expressa por Rubem Amorese (Excelentíssimos Senhores, Editora Ultimato) quando afirma: “O evangélico que tem horror a política esterilizou-se em sua fé afastando-se de tudo que se ligue ao assunto. O meu reino não é deste mundo”. E, assim, a Guerra do Iraque vai ficando fora dos nossos boletins dominicais. Tornamo-nos meros espectadores de um filme.
Nesta semana (24) o presidente dos Estados Unidos pediu aos congressistas americanos uma oportunidade para uma nova estratégia no Iraque. O discurso, porém, não convenceu o Partido Democrata, que controla a Casa dos Representantes e o Senado. “O nosso objetivo é um Iraque democrático que respeite a lei, que respeite os direitos das pessoas, que ofereça segurança e um Iraque que seja um aliado na luta contra o terror, e peço a vocês que lhe dêem uma oportunidade”, afirmou.
A luta contra o terrorismo é vista, assim, apenas do ponto de vista da segurança, de uma defesa preventiva, desatrelada da realidade de humilhação cultural e degradação por que passa o Iraque. Sem se falar no custo da guerra, que, segundo especialistas, chegará a pelo menos 670 bilhões de dólares até o fim do ano — mais do que o total da Guerra do Vietnã.
A indiferença a isso tudo é, segundo Robinson Cavalcanti, uma “elaboração de desculpa para o indesculpável, revestida, no caso cristão, de uma embalagem espiritual, uma “espiritualização” do pecado”. (Cristianismo e Política, Editora Ultimato)
Que novos “Moisés” sejam despertados segundo o coração de Deus!
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• Especial: Transição no Iraque (BBC)
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