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- 11 de novembro de 2008
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Fórum inter-religioso aborda a construção de igrejas em países islâmicos
(PORTAS ABERTAS) Um fórum católico-muçulmano sem precedentes reuniu-se para reconstruir as ligações entre as duas religiões depois que o papa Bento XVI causou escândalo, relacionando islã e violência durante um discurso em 2006.
O papa teve de se desculpar por seu discurso em Regensburg, Alemanha, depois de citar um texto medieval que atacava alguns dos ensinos do profeta Maomé e indicava que o islã era intrinsecamente violento.
Suas colocações, que, segundo ele, foram tiradas do contexto e não representam sua opinião, provocaram violência em países muçulmanos.
A delegação muçulmana chegou para o fórum de três dias na segunda-feira passada e encontrou o pontífice na quinta-feira.
O líder da delegação católica, cardial Jean-Louis Tauran, disse que os muçulmanos têm permissão para construir mesquitas em países cristãos então seria correto que nações muçulmanas aplicassem a reciprocidade permitindo a construção de igrejas.
“Se muçulmanos têm seus locais de adoração na Europa seria normal que o inverso fosse verdadeiro em sociedades nas quais os muçulmanos são a maioria”, disse o cardial Tauran ao jornal católico La Croix.
Um acordo de reciprocidade não foi uma pré-condição para a conversa, no entanto, este poderia oferecer “vislumbres de esperança” e abrir “um novo capítulo na longa história” do diálogo entre as duas religiões, ele acrescentou.
Em resposta a raiva despertada pela menção do papa em Regensburg, 138 líderes estudiosos e religiosos muçulmanos escreveram no ano passado uma carta para ele alertando que o futuro do planeta dependia de muçulmanos e cristãos estarem em paz uns com os outros.
A delegação de 24 líderes muçulmanos é conduzida pelo grande mufti da Bósnia, Mustafa Ceric, e inclui um aiatolá iraniano e uma norte-americana especialista em estudos islâmicos.
Dentre os membros britânicos da delegação estão o Dr. Anas Al-Shaikh-Ali, presidente da Associação Britânica dos Cientistas Sociais Muçulmanos, e o xeique Dr. Abdal Hakim Murad Winter, professor de estudos islâmicos da Universidade de Cambridge.
As discussões a portas fechadas no Vaticano focaram, na quinta-feira, o “amor de Deus” e, na quarta-feira, o “amor ao próximo”, temas que tocam nas duas prioridades do Vaticano, direitos humanos e liberdade religiosa.
As conversações também tentaram identificar as razões para a tensão entre o cristianismo e o islã, declarou um participante sênior do Vaticano.
“Seria interessante ver se estas tensões são ideológicas, políticas (...) e explorar os fatores de ambos os lados, mais do que as diferenças atuais”, disse Pier Luigi Celata, o Secretário do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso.
O encontro segue uma conferência inter-religiosa que ocorreu em Cambridge no mês passado e um encontro entre o arcebispo de Canterbury, Dr. Rowan Williams, e o grande Mufti do Egito, Ali Gomaa, no qual eles concordaram em fortalecer o diálogo entre universidades islâmicas e cristãs.
Fonte: www.portasabertas.org.br
O papa teve de se desculpar por seu discurso em Regensburg, Alemanha, depois de citar um texto medieval que atacava alguns dos ensinos do profeta Maomé e indicava que o islã era intrinsecamente violento.
Suas colocações, que, segundo ele, foram tiradas do contexto e não representam sua opinião, provocaram violência em países muçulmanos.
A delegação muçulmana chegou para o fórum de três dias na segunda-feira passada e encontrou o pontífice na quinta-feira.
O líder da delegação católica, cardial Jean-Louis Tauran, disse que os muçulmanos têm permissão para construir mesquitas em países cristãos então seria correto que nações muçulmanas aplicassem a reciprocidade permitindo a construção de igrejas.
“Se muçulmanos têm seus locais de adoração na Europa seria normal que o inverso fosse verdadeiro em sociedades nas quais os muçulmanos são a maioria”, disse o cardial Tauran ao jornal católico La Croix.
Um acordo de reciprocidade não foi uma pré-condição para a conversa, no entanto, este poderia oferecer “vislumbres de esperança” e abrir “um novo capítulo na longa história” do diálogo entre as duas religiões, ele acrescentou.
Em resposta a raiva despertada pela menção do papa em Regensburg, 138 líderes estudiosos e religiosos muçulmanos escreveram no ano passado uma carta para ele alertando que o futuro do planeta dependia de muçulmanos e cristãos estarem em paz uns com os outros.
A delegação de 24 líderes muçulmanos é conduzida pelo grande mufti da Bósnia, Mustafa Ceric, e inclui um aiatolá iraniano e uma norte-americana especialista em estudos islâmicos.
Dentre os membros britânicos da delegação estão o Dr. Anas Al-Shaikh-Ali, presidente da Associação Britânica dos Cientistas Sociais Muçulmanos, e o xeique Dr. Abdal Hakim Murad Winter, professor de estudos islâmicos da Universidade de Cambridge.
As discussões a portas fechadas no Vaticano focaram, na quinta-feira, o “amor de Deus” e, na quarta-feira, o “amor ao próximo”, temas que tocam nas duas prioridades do Vaticano, direitos humanos e liberdade religiosa.
As conversações também tentaram identificar as razões para a tensão entre o cristianismo e o islã, declarou um participante sênior do Vaticano.
“Seria interessante ver se estas tensões são ideológicas, políticas (...) e explorar os fatores de ambos os lados, mais do que as diferenças atuais”, disse Pier Luigi Celata, o Secretário do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso.
O encontro segue uma conferência inter-religiosa que ocorreu em Cambridge no mês passado e um encontro entre o arcebispo de Canterbury, Dr. Rowan Williams, e o grande Mufti do Egito, Ali Gomaa, no qual eles concordaram em fortalecer o diálogo entre universidades islâmicas e cristãs.
Fonte: www.portasabertas.org.br
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